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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Podem os games render bons livros?

Podem os games render bons livros?
Livros...Em nosso último especial sobre cinema e vídeo games, falamos brevemente sobre livros e a dependência dos jogos eletrônicos na adaptação para o cinema antes de incorporarem elementos de romances. Embora aquela série de artigos já tenha terminado, resolvemos fazer um breve epílogo sobre o caminho inverso: livros e gibis que se inspiraram (ou complementam) em games.

O interesse, como sempre, não surgiu do nada. Várias pessoas comentaram que gostariam de ler algo de qualidade que utilizasse os cenários de seus jogos favoritos, e resolvemos explorar um pouco este lado menos conhecido da literatura. Geralmente, estes produtos são bastante desconhecidos aqui no Brasil, sendo vendidos primariamente nos Estados Unidos e na Europa.

As coisas são dificultadas ainda mais pela ausência de traduções para o português da maioria destas histórias. Embora grande parte dos gamers esteja familiarizada com o inglês devido à falta de tradução na grande maioria dos títulos, ler um romance com centenas de páginas em língua estrangeira é outro desafio, bem mais complicado. Por isso, passam quase despercebidos no mercado nacional, sendo vendidos através de importadoras ou encomendas.

Assim sendo, nosso especial desta vez é mais expositivo, já que exploraremos alguns exemplos de livros — e também alguns gibis — que obtiveram relativo sucesso junto ao público. É claro que não conseguiremos cobrir todos, mas o objetivo é o de sempre com nossos artigos: apresentar alguns elementos básicos para que os interessados possam procurar mais a fundo posteriormente.

É de se esperar que os títulos que possuem histórias mais elaboradas — especialmente aqueles apoiados em franquias de peso — tenham um maior número de publicações. Afinal de contas, estas marcas é que possuem capital suficiente para investir em outras formas de mídia. Passemos então a estas adaptações, que podem render ainda mais horas de entretenimento a fãs de games.

Warcraft
O gigante que tudo abrange


Que a Blizzard é enorme, todos sabemos. Afinal de contas, é preciso sê-lo para fundir-se com a Activision. Logo, nada mais normal do que encontrá-la logo no início de nossa lista, já que a empresa é bem conhecida por expandir suas franquias a outras mídias.
Warcraft, em especial, resultou em vários outros produtos além dos jogos eletrônicos. Desde camisetas e canecas até livros e gibis, a marca é bem estabelecida.

Histórias épicas de um mundo épico

A série de livros começou em 2001 e o mais recente foi lançado este ano. Com treze produtos, é uma das maiores (senão a maior) séries adaptadas. Segue uma lista abaixo das publicações:

  • Warcraft: Day of the Dragon
  • Warcraft: Lord of the Clans
  • Warcraft: Of Blood and Honor
  • Warcraft: The Last Guardian
  • Warcraft: War of the Ancients Trilogy: The Well of Eternity; The Demon Soul; The Sundering
  • World of Warcraft: Cycle of Hatred
  • World of Warcraft: Rise of the Horde
  • World of Warcraft: Tides of Darkness
  • World of Warcraft: Beyond the Dark Portal
  • World of Warcraft: Night of the Dragon
  • World of Warcraft: Arthas: Rise of the Lich King

O mais recente, Rise of the Lich King, coincidiu com o lançamento da expansão do MMORPG,
Wrath of the Lich King, e foi escrito por Christie Golden, que também escreveu Lord of the Clans e Rise of the Horde. Os outros tiveram diferentes autores e cada um colocou sua perspectiva no texto, ao mesmo tempo em que trabalhava de forma próxima com a Blizzard para criar algo coerente com a mitologia já existente.

Além dos livros, os gibis de Warcraft também já tiveram várias versões. Desde um coreano, mais ao estilo mangá, até o atual chamado World of Warcraft, que se baseia fortemente nos eventos do jogo online. Todos estes produtos, desde os livros até os gibis, exploram várias facetas do universo que não aparecem nos games, além é claro das figuras tradicionais conhecidas dos fãs.

A Horda sempre foi importante

Assim, são uma fonte rica em elementos que ajudam a construir o mundo de Azeroth e envolver o jogador de uma forma mais ampla, dando a sensação de grandiosidade que permeia a marca. Vale notar que, enquanto todas estas outras formas de mídia são desenvolvidas em parceria com terceiros, os funcionários da Blizzard trabalham em conjunto com eles para que nada fuja do direcionamento que a empresa deseja dar à franquia.


Halo
Outro colosso dos games


Outra franquia que certamente vale a pena ser mencionada é
Halo. Com várias publicações sob seu nome, ela também pode ser considerada uma marca que utiliza pesadamente este formato para ampliar o escopo de seu universo fictício. A forma de expansão é a mesma utilizada pela Blizzard: parceria com escritores para que criem trabalhos seguindo o direcionamento da empresa.

Assim, foram lançadas, até hoje, seis obras:

  • Halo: The Fall of Reach
  • Halo: The Flood
  • Halo: First Strike
  • Halo: Ghosts of Onyx
  • Halo: Contact Harvest
  • Halo: The Cole Protocol

A tradição de colocar o nome da franquia antes do título do livro pode ser explicada facilmente: se trata de uma forma de ligar o produto ao seu ponto de origem. Equanto bastante gente (ao menos mais de 11 milhões!) saberia que “Arthas: Rise of the Lich King” lida com o mundo de Warcraft, pouquíssimas pessoas adivinhariam que “The Flood” trata dos acontecimentos mostrados em Halo: Combat Evolved.

Master Chief inspirou romances

Halo também aproveita os gibis para expandir-se. Existem inúmeras adaptações, sendo até mesmo difícil compilar uma lista de todas elas, mas alguns exemplos são Halo: Uprising e Halo: Evolutions. Vale lembrar que todas estas publicações são apoiadas pela Bungie, desenvolvedora da franquia, e os romances são — assim como os de Warcraft — considerados parte da história oficial do universo.


Resident Evil
O favorito da moçada também em papel


É claro que não poderíamos deixar de fora esta
franquia. Em parte porque possui um vasto catálogo de adaptações literárias, mas também porque vocês, usuários, provavelmente se revoltariam caso não a inseríssemos! No entanto, a marca é exposta nos livros de forma um pouco diferente dos outros casos aqui descritos. Isto porque cada romance geralmente trata de um game específico da série, com poucos explorando o universo sem ligação com títulos específicos. Seguem todos eles:

  • The Umbrella Conspiracy
  • Caliban Cove
  • City of the Dead
  • Underworld
  • Nemesis
  • Code: Veronica
  • Zero Hour

Fãs da série podem, sem dúvida, enxergar a conexão entre cada um deles e os respectivos jogos eletrônicos. Além destes livros, existe também uma série japonesa, que não foi trazida para o ocidente — e que portanto limita ainda mais nossas chances de algum dia colocar as mãos nela.

Será que um dia contarão a história deles em papel?

Quanto aos quadrinhos, a Wildstorm — falaremos dela mais adiante — foi responsável por criar uma série que começou em 1998, mas não durou muito tempo. Mais recentemente, ela foi revivida e agora está em produção uma nova continuidade, que deve ter seu próximo capítulo em 2010 e cujo nome é simplesmente “Resident Evil”. Fora estas, existiram várias outras adaptações pontuais que exploravam temas específicos.


Mass Effect
RPGs, sempre uma fonte rica


Mencionamos um MMO, um FPS e agora um RPG mais tradicional. O primeiro
Mass Effect foi também um grande passo em direção à criação de um mundo de ficção científica bastante rico e interessante. E a Bioware não iria deixar de capitalizar nisso. Assim, foram lançados dois livros ambientados no universo do game, cada qual ampliando a história que havia sido vista no primeiro título da série.

  • Mass Effect: Revelation
  • Mass Effect: Ascension
Personagens que marcaram

Por enquanto — em grande parte por ser uma franquia bem mais nova do que as outras duas que detalhamos acima — não há nenhum gibi que aproveite os elementos de Mass Effect. No entanto, existe previsão para o lançamento de um: Mass Effect: Redemption irá explorar os eventos que se passam logo antes do segundo game da franquia e deve ser lançado já em Janeiro de 2010.


Diversos
Menores... Por enquanto


Além dos grandes nomes que trouxemos como exemplo acima (e que retratam exclusivamente franquias que surgiram nos games), existem inúmeras outras adaptações realizadas em menor escala. Como já esclarecemos, tudo depende de capital para investimento, vontade de expansão e também de solidez da marca. Não adianta querer lançar algo de um jogo pouco conhecido. Mas vários dos títulos bons do mercado de jogos eletrônicos possuem adaptações.

Modern Warfare 2

Ghost é um cara icônico O excelente shooter — candidato interno aqui na empresa a melhor FPS do ano — possui uma série em gibis chamada Modern Warfare 2: Ghost. Ela foca no carismático personagem e explora seu passado, as razões para seu nome e até mesmo o porquê da utilização de uma máscara de caveira. O curioso é que está sendo produzida pela mesma empresa que é responsável pela atual série dos gibis de World of Warcraft, a WildStorm Productions — uma subsidiária da DC Comics.

Gears of War

Outro grande nome do gênero FPS, que possui dois romances publicados sob sua marca:

  • Gears of War: Aspho FieldsQuem não está curioso para saber o que aconteceu antes dos games?
  • Gears of War: Jacinto’s Remnant

Ambas foram escritas por Karen Traviss, uma autora inglesa já conhecida no ramo por seus trabalhos com ficção científica e, mais especificamente, com o universo de Star Wars. A primeira foi lançada em 2008 e a segunda em 2009 — e, se a confirmação de um Gears of War vier em breve, talvez vejamos também uma terceira publicação para acompanhá-lo!

The Elder Scrolls

Grandioso, como os livros Após o grande sucesso do quarto game da franquia, Oblivion, os desenvolvedores resolveram expandi-la com — a princípio — dois livros que exploram os temas do jogo. O primeiro, “The Infernal City”, foi lançado há pouco tempo, no final de novembro deste ano. A temática segue o estilo dos games, acompanhando um grupo de aventureiros que possuem objetivos individuais e destoantes.

Como esta lista já está ficando bastante extensa, paramos por aqui. No entanto, existem muitos outros exemplos que poderíamos ter citado e vários que são igualmente interessantes. Sabemos que muitas vezes é difícil largar nossos queridos games e sentar para ler algo — mesmo que relacionado a eles. Mas é uma prática importante e, se podemos juntar o útil ao agradável, por que não fazê-lo? Ainda estamos aperfeiçoando uma língua estrangeira...

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