Encarne a Guerra, não somente o deus dela.
Enquanto God of War 3 se aproxima, um outro competidor no gênero dos jogos de ação e aventura em terceira pessoa promete oferecer uma concorrência interessante ao já classico título do espartano. A semelhança existe também no nome, já que em Darksiders o jogador controla War. A diferença é que ele não é o deus da guerra, mas sim o cavaleiro do apocalipse da guerra.Identidade própria
No entanto, não se trata de uma cópia barata ou algo simplesmente inspirado no famoso título. A própria ambientação já revela isso: como mencionamos, você é um dos cavaleiros do apocalipse, Guerra, e acidentalmente causa o apocalipse na Terra ao ser convocado ao planeta. A humanidade é aniquilada e você acaba descobrindo que tudo não passa de uma trama de um demônio chamado “The Destroyer” — O Destruidor.
Considerando que você é um cavaleiro, não pode deixar que esta injustiça seja cometida, não é mesmo? Por isso, parte para tirar satisfação com este indivíduo que acabou utilizando seus poderes para planos próprios. Sem se importar com quem se mete na sua frente, obviamente; incomodou, levou, não importa se são anjos, demônios ou o que quer que seja.
O interessante é que não o faz sozinho. Você possui um fiel “escudeiro” chamado The Watcher — O Observador — acompanha sua jornada, instruído pelo “Charred Council” — Conselho Carbonizado — que é uma organização cujo objetivo é manter o equilíbrio entre o Paraíso e o Inferno. Por mais estranhos que estes nomes sejam, eles de fato parecem ser personagens importantes em eventos que determinarão o destino do mundo.
Este seu aliado não combaterá ao seu lado, mas ele providencia várias coisas úteis: localização de objetivos, informações sobre fraquezas de chefes de cenário e várias outras necessidades do protagonista. E não é o único que auxiliará Guerra em sua jornada, já que um demônio chamado Vulgrim serve de mercador — ele vende objetos, armas e habilidades que servem os mais variados propósitos.
A única coisa que ele pede em troca é a moeda do jogo, que aparece na forma de almas, encontradas ao derrotar inimigos, destruindo objetos ou abrindo baús. Elas também podem fornecer, além de servirem como moeda, pontos de vida ou de ira (wrath, em inglês). Estes últimos servindo como fonte de poder para utilização de golpes e habilidades especiais, como uma barreira de espadas em volta do personagem, por exemplo. Além disso, existem alguns artefatos que podem ser trocados por itens específicos com Vulgrim.
Um bom arsenal
Sendo quem é, Guerra possui uma quantidade impressionante de armas à disposição, uma mais exótica do que a outra: a principal é sua espada, chamada de Chaoseater (comedora de caos); há também uma foice; uma arma de fogo; um shuriken (uma daquelas estrelas ninja); e um gancho com uma corrente.
Obviamente, elas não estão todas em seu bolso logo no início do jogo, e é preciso que você as adquira e aprimore gradativamente. O que é interessante é a repercussão das diferentes melhorias feitas às armas no decorrer da partida: elas se modificam também visualmente no mundo de jogo. Por exemplo, sua espada — que já é bastante bizarra, com rostos gritando e um tamanho descomunal — pode adquirir um brilho fantasmagórico.
Considerando que a destroçar esses inimigos um atrás do outro é grande parte da diversão de games deste gênero, o excelente modelo de física e som que acompanham estas mudanças certamente é muito bem-vindo, e deve auxiliar enormemente na imersão.
Esta espada que mencionamos parece ser a primeira arma encontrada. Depois dela, pode-se comprar outras de Vulgrim, entre elas a foice. Que, aliás, de foice só tem o formato. Sua utilização é bastante peculiar, e enquanto pode ser utilizada normalmente a partir de golpes que alcançam mais longe do que os de espada, ela pode também ser arremessada nos inimigos como um bumerangue, para em seguida voltar às suas mãos — só que ela roda na vertical.
Existe outra arma com funcionamento similar, a que parece um shuriken, que também funciona de forma parecida com um bumerangue, mas que possui outras propriedades “à la” Zelda: pode ativar dispositivos, interruptores e até mesmo atear fogo a certos itens. Isto sem falar em várias armas temporárias, como bombas, que são encontradas ao longo do título. Certamente não vai faltar opção para Guerra.
Desafiador
Não vamos revelar spoilers aqui, mas basta dizer que os inimigos — principalmente os chefes — de Darksiders serão bastante interessantes. Não se trata apenas de descer o braço até que ele beije o asfalto, já que é necessário resolver alguns quebra-cabeças em determinadas situações também. O que não é nada mal, já que adiciona maior profundidade à jogabilidade.
Estes quebra-cabeças aparentemente irão permear toda a experiência, já que vários dos níveis focarão neles. O objetivo dos desenvolvedores parece ser a criação de algo além de um simples “hack n’ slash”, um verdadeiro jogo de aventura completo. O que é uma boa ideia, caso pretenda competir com o fenômeno God of War.
A apresentação impressionante de Darksiders, com seus gráficos e trilha sonora de qualidade, prometem chegar às mãos dos jogadores ainda no início do mês que vem, em Janeiro de 2010. Ficaremos esperando para conferir se ele é realmente tudo aquilo que promete.
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