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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Band Hero-Ps3

Versão pop da franquia Guitar Hero chega para conquistar o público casual.
Em linhas gerais, Band Hero é a versão pop, mais acessível e voltada para família da tradicional franquia Guitar Hero. A Activision aposta no público casual e deixa de lado os deuses e demônios do rock, para dar lugar as rainhas e ícones do pop internacional.

Assim sendo, Band Hero torna-se o primeiro título da série a levar a classificação etária “maiores de 12 anos”. Calma, isso não precisa ser algo ruim, isso porque o jogo é uma edição bem peculiar de Guitar Hero 5, poderíamos até brincar dizendo que este é o Guitar Hero: Taylor Swift (se é que tal bizarrice musical fosse possível).

Aprovado
Party Play

Como já foi dito, Band Hero é uma versão “açucarada” de seu predecessor direto, Guitar Hero 5. Assim, um dos grandes trunfos do GH5, o Party Play, retorna para mais um show. Nesse sistema de jogo você pode escolher a música e começar a tocar, sem ficar navegando por vários menus.

E se a sua paciência também anda escassa, nem precisa escolher a música, já que o jogo oferece uma música aleatoriamente, diretamente na tela de apresentação do título — de você poder acessar as outras opções de jogo. Basta entrar no ritmo e embarcar no show.


Rosa, roxo e radical!Além disso, as modalidades multiplayer também contam com a entrada automática e discreta de novos jogadores a qualquer momento (mesmo após o início da música) — trata-se do famoso drop-in/drop out. Os jogadores também podem encarar os divertidos modos competitivos da opção “RockFest” — que retorna depois de seu estreia em Guitar Hero 5.

“Tá liberado“

Se a proposta é ser acessível e casual, oferecer todas as músicas do jogo desde o início é uma necessidade. E é justamente isso que acontece em Band Hero, todas as 65 faixas do jogo podem ser tocadas sem qualquer restrição.

Outro ponto interessante é o suporte a importação de trilhas dos jogos Guitar Hero World Tour, Smash Hits e mais de sessenta músicas de Guitar Hero 5. Tudo isso é feito através do menu, “Import Songs”, sendo que a transferência custa algo em torno de US$ 3,50.


Slick visuals

Os gráficos acompanham a evolução apresentada em Guitar Hero 5. Os modelos, mais belos e detalhados, são acompanhados de efeitos de luz vibrantes e coordenados. No entanto, tudo isso recebe uma caracterização toda especial (rosa e cheia de brilho) — deixando clara a predisposição pop adolescente e casual.

Além disso, o popular sistema de criação e edição de personagens está de volta, contando também com os já conhecidos protagonistas da série (devidamente transformados em artistas pop) e outros grandes nomes do gênero musical — que emprestam suas feições para o jogo. Por sinal, os donos do Xbox 360 também podem utilizar seus avatares, como personagem (estranhamente interessante).

Jamming

O GHStudio — estúdio de gravação virtual — é tão divertido e funcional quanto o presente em Guitar Hero 5. Diferenciando “palhetadas” de acordo com a intensidade e outros recursos como “bends”, “slides” e “vibratos”, o sistema de mixagem é interessante por render interessantes jam sessions, que por sua vez podem ser gravadas e editadas pelo jogador.


Reprovado

Cadê o “bis”?

No disco são apenas 65 faixas disponíveis, número consideravelmente inferior as 85 trilhas de Guitar Hero 5. É verdade que o jogo suporta a importação de músicas de outras edições da franquia, porém o disco poderia ter recebido mais faixas.

Preso ao controle


Yesssssssss!Os vocalistas ainda estão presos aos controles. Infelizmente, em Band Hero o jogador que assume os vocais da banda não é capaz de ativar o star Power (o especial que multiplica o bônus de pontuação) pelo microfone, tendo que utilizar o controle para tal.

Restrito

A caracterização do jogo e a consequente escolha das faixas restringe muito o público — o que não significa dizer que um gênero, artista ou faixa é necessariamente ruim, ou pior do que outra. No entanto, isso atrai fãs do gênero (até então não explorados pelas franquias de jogos musicais) e afasta a maioria dos que não simpatizam com o estilo.

Rosa, mas ainda é Guitar Hero 5

Apesar da excelente estilização do jogo, Band Hero não passa de um Guitar Hero 5 pintado de rosa. Faltaram características próprias — além do visual — que diferenciassem o título dos outros, algo decepcionante, visto que a Activision pretende explorar essa derivação como uma franquia independente.

Conclusão

Gostando ou não, Band Hero é uma versão levemente modificada de Guitar Hero 5. Mas isso não é necessariamente ruim, já que o seu predecessor foi uma das melhores edições da série. O que decepciona é justamente a falta de atributos próprios, que poderiam diferenciar Band Hero das outras versões da linha Hero.

Todas as funcionalidades de GH5 estão aqui (drop-in/out, GHStudio, etc.) — algo esperado em qualquer continuação da franquia —, no entanto esta tudo com uma moldura adocicada, colorida e cheia de “gliter”.

O modo carreira é superficial (por conta do reduzido número de faixas presentes no jogo), porém essa é a proposta do jogo — voltado para o público casual. As faixas são um verdadeiro top das paradas pop, o que agrada em cheio aos fãs do gênero, mas afasta totalmente os não interessados nesse estilo musical.

Band Hero é um bom jogo, mas para um publico bem específico. No apagar das luzes, mesmo com todos seus atributos, os jogadores ficaram com a impressão de que se trata de mais um “cash in” da Activision, que tenta espremer mais alguns milhões da franquia Hero.

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