Steven Spielberg capricha nos blocos com a sequência de Boom Blox.
Você provavelmente deve conhecer o nome Steven Spielberg. Famoso por filmes como E.T.: O Extraterrestre, Indiana Jones, Jurassic Park e diversos outros, Spielberg também conta com um pé nos video games. Um de seus grandes sucessos das telonas parece ter migrado diretamente para os games sob a forma de Medal of Honor, um dos grandes títulos de guerra da quinta geração dos consoles. Felizmente, Spielberg não parou por aí.Uma de suas obras mais recentes para o universo do entretenimento eletrônico chama-se Boom Blox. Certamente, este título conta com uma proposta muito diferente se compararmos com o trabalho de guerra de Spielberg, mas, mesmo assim, merece atenção.
Trata-se de um jogo em que o objetivo é mover diversos blocos para realizar missões distintas. Na teoria, parece simples e, na prática, as coisas não são diferentes, o que faz de Boom Blox um jogo cativante e para toda a família. Tudo isto regado por um motor físico realmente bacana, além de uma atmosfera muito bem humorada.
Felizmente, o sucesso da franquia fez com que a Electronic Arts, responsável pelo título, pensasse em uma possível sequência. Em 2009, Boom Blox:Bash Party chega às lojas com uma fórmula semelhante, mas trazendo adições que tornam o título ainda mais agradável.
Agora, temos ainda mais destruição, problemas resolvidos, novas modalidades e, obviamente, um excelente multiplayer. Dificilmente encontramos um puzzle que consegue fazer o que Bash Party faz com tanto estilo. Mas, vamos ao que interessa: os blocos. Que comece a destruição!
Bem, se você já desfrutou do primeiro jogo, provavelmente não terá dificuldades em se adaptar e esta versão revigorada. Para auxiliar, o jogo oferece um nível de treinamento antes que o jogador possa arriscar embarcar nos desafios. Não encare isto como um empecilho, pois o modo é rápido e realmente útil.
Nesta etapa, você aprenderá os princípios básicos do jogo, envolvendo as diversas ferramentas para suas atividades destruidoras. Primeiramente, o jogador saberá como lançar bolas, algo que será extremamente utilizado durante e jogo e serve como base para os demais movimentos. Para realizar esta ação, basta mirar na tela com o Wii Remote, pressionar o botão A — responsável por travar a mira — e movimentar o joystick como se estivesse lançando uma boa — mas sem soltá-lo, para o bem de sua TV e mesada.
Durante o tutorial, você aprenderá também a lidar com as outras ferramentas disponibilizadas pelo game. Uma delas é a mão, que funciona como uma gosma que gruda nos objetos permitindo que o jogador movimente-os. Mas, cuidado: esta ferramenta proporciona movimentos extremamente sensíveis (e malucos), podendo resultar na destruição completa do cenário.
Outra ferramenta é o estilingue. Assim como a mão, ela também pode gerar resultados catastróficos. Para utilizá-la, basta pressionar o botão A no objeto que deseja utilizar como munição para sua arma. Depois disto, faça como se estivesse puxando o elástico de um estilingue e solte. Esta ferramenta funciona como uma catapulta de blocos e o jogador tem a chance de mirar em, praticamente, qualquer direção.
Falando em direção, Bash Party permite que o jogador gire a câmera em qualquer direção, basta pressionar o botão B e movimentar o Wii Mote. Se desejar, também é possível utilizar o direcional analógico do Nunchuk para mover o cenário. Sem dúvidas, um recurso muito útil que pode facilitar sua vida nos quebra-cabeças mais difíceis.
Voltemos para as ferramentas. Outras novidades interessantes incluem a “Virus Ball”, uma espécie de esfera infecciosa que é capaz de contaminar os objetos que cercam o alvo acertado; e uma bomba, que, como o nome sugere, explode ao tocar nos objetos. Lembre-se que é a força de seus lançamentos influenciam na jogabilidade.
Bash Party oferece mais de 400 níveis diferentes, incluindo um modo single player que possui fases de diversos temas distintos. Além disso, o jogo conta com uma série de objetivos, como derrubar um número de blocos dentro de um limite de tempo ou conseguir o máximo de pontos dentro de algumas jogadas. Ao final de cada fase, você é premiado com dinheiro — que pode ser utilizado para desbloquear novos desafios — e uma das três medalhas tradicionais (bronze, prata e ouro).
O jogo se distancia um pouco da proposta do primeiro, pois, em vez de cautela, há mais apetite para destruição. Mas, nem por isso Bash Party deixa de ser divertido — muito pelo contrário. Spielberg e a EA acertaram mais uma vez na fórmula, criando um jogo que apresenta poucos problemas e muitos blocos e diversão.
Aprovado
Do que gostei:
Caixas nunca foram tão interessantes
Novamente, a EA conseguiu demonstrar que o Wii ainda tem gás para queimar, graças a sua engine física memorável. Em Bash Party, temos blocos e objetos voando para todos os lados — sem qualquer queda na taxa de quadros por segundo. Além disso, os movimentos são completamente convincentes e colaboram para toda a experiência do jogo. A interação entre os objetos é interessante e age, muitas vezes, como esperamos. Em poucos segundos, destruir e lançar blocos torna-se algo muito natural.
Obviamente, as caixas não são os únicos objetos do game. Existem elementos de diversos formatos e propriedades. Alguns deles, por exemplo, explodem ao serem tocados. Existem ainda outras formas que possuem características peculiares, como os blocos-vírus e os explosivos.
Como se não bastasse, os personagens do jogo também contribuem, literalmente, para a diversão do game. Estas simpáticas criaturas de aparência diferente, mas sempre com a mesma fisionomia retangular, podem interferir diretamente nos seus desafios, lançando bolas e empurrando objetos. Se você preferir, pode até utilizá-las como objetos, lançando-as e observando o estrago. É claro que tudo isto é muito engraçado.
Arte exemplar
Boom Blox Bash Party não possui texturas espetaculares ou efeitos de tirar o fôlego, entretanto, quando o assunto é direção de arte, o jogo dá um show. Spielberg conseguiu criar um universo muito simpático, com criaturas extremamente divertidas e ambientes interessantes repletos de variedade. E tudo isto utilizando poucos recursos, limitando-se a blocos e outras formas geométricas.
Variedade incrível
Se você estava descontente com o primeiro jogo, prepare-se para se espantar com a variedade de Bash Party. Agora, você conta com uma imensa variedade de jogabilidade. Além dos recursos novos de jogabilidade, como a mão e outras ferramentas, o jogo também oferece níveis com características diferentes. Existem fases sob a água e até mesmo no espaço, o que altera completamente a gravidade e o, consequentemente, a maneira de resolver os quebra-cabeças.
Como se não bastasse, o título ainda presenteia o jogador com diversos itens diferentes que podem ser utilizados no modo de criação de níveis. A possibilidade de criar suas próprias fases só aumenta a diversão e a longevidade do título. O jogador pode criar praticamente qualquer coisa e da maneira que desejar. E ainda é possível baixar os níveis de outros jogadores através do código de amigos do Wii.
Cada uma das seções do parque de diversões, que são como mundos, oferece diversos desafios. O mais bacana é que o jogo oferece vários “brinquedos” e cada um se comporta de maneira diferente.
Melhor com os amigos
Bash Party é um jogo para a galera. Sem dúvidas. Mesmo sendo bacana quando estamos jogando sozinho, a experiência se torna ainda mais interessante se você desfrutar do game ao lado de alguns companheiros. Existem duas maneiras para se jogar: cooperativamente ou competitivamente. O melhor de tudo é que não é necessário desbloquear níveis ou terminar todo o modo carreira para desbloquear os níveis. O jogador pode simplesmente ir direto para o multiplayer e jogar qualquer um dos 400 níveis do jogo.
Aqui a variedade também é absurda. Alguns quebra-cabeças exigem que os jogadores joguem todos de uma só vez, resultando em uma jogatina completamente frenética e caótica. Ainda é possível jogar criando times e desfrutar dos níveis personalizados. O resultado é uma das melhores experiências multiplayer do Wii.
Reprovado
Do que não gostei:
Caixas e confusão
Em alguns momentos, os controles podem se tornar realmente confusos, principalmente quando a ferramenta estilingue está sendo utilizada. O jogador muitas vezes acaba desorientado, pois a sensação de profundidade confunde. Algumas vezes os controles não respondem como deveriam, principalmente quando o jogador lança os objetos.
Outro fator que pode incomodar os jogadores é a própria fundamentação do game. Como informamos, Bash Party é centrado em minigames. Sendo assim, não há qualquer aventura ou narrativa decente, apenas uma série de jogos divididos em cenários diferentes. Isto pode cansar.
Conclusão
Se você gosta de quebra-cabeças, não deixe de conferir Bash Party. Spielberg e a EA novamente mandaram bem em um jogo que desafia você e ainda consegue ser extremamente engraçado. O título ainda conta com um multiplayer muito bacana, que divide a proposta para todos, mas multiplica a diversão. Os blocos nunca foram tão interessantes.
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