LittleBigPlanet transforma o PSP em um pequeno grande mundo de diversão.
Não há como negar: os jogos de plataforma são uma característica dos video games. Desde o surgimento de Donkey Kong, na década de 80, o mundo recebe diversos títulos com a mesma proposta-base. O próprio Jumpman, que estrelava no jogo mencionado anteriormente, acabou se tornando uma espécie de sinônimo dos video games — para quem não sabe, Jumpman é, na realidade, o famoso Mario.
Mas, quando o universo dos games passou a ser tridimensional, o gênero teve de se adaptar, e isto não foi nada fácil. Mario passou tranquilo pela transição, mas Sonic, por exemplo, encontrou muitas dificuldades. Basicamente, o estilo continuou a existir, mas através de estruturas bem diferentes do que víamos na década de 80.
Certamente, muitos bons jogos nasceram nesta nova leva. Apesar disso, milhares de jogadores saudosistas sentiam — e ainda sentem — falta dos clássicos da era dourada dos vídeo games. Logo, as desenvolvedoras perceberam isto. Primeiro, vieram os relançamentos. Depois, outros jogos copiando o estilo dos clássicos. Por fim, chegou LittleBigPlanet.
Lançado exclusivamente para PlayStation 3, este título da Media Molecule, uma companhia até então desconhecida, gerou muito alarde entre os jogadores. Tratava-se de um título aparentemente infantil, em que os objetivos eram difíceis de rotular. Mas, as aparências enganam. Ao jogar e conhecer LittleBigPlanet mais afundo, percebe-se que trata-se de um dos jogos mais divertidos de toda esta geração.
Criar níveis, jogar com os amigos, personalizar os simpáticos Sackboys, salvar o mundo do terrível Collector, jogar níveis customizados, resolver puzzles e tirar fotos são apenas algumas poucas possibilidades deste incrível game. Logo após o seu lançamento, todos sorriam em frente aos televisores, sejam críticos ou jogadores. Com gráficos de qualidade, uma engine física impressionante e uma proposta que foca a simples diversão, LittleBigPlanet conseguiu resgatar toda a essência dos video games.
Como trata-se de um game exclusivo para PlayStation 3, muitos jogadores acabaram apenas babando diante toda a beleza de LBP. Mas, a Sony resolveu dar uma colher de chá aos exploradores de plantão, anunciando uma versão do game para PlayStation Portable — agora sim podemos chamá-lo de LittleBigPlanet (Pequeno Grande Planeta, numa tradução livre).
Bem-vindo ao seu sonho
Finalmente, o Baixaki Jogos foi conferir de perto a nova aventura dos Sackboys no PSP. O mundo ainda continua belo como sempre, alimentando por sonhos e ideias que sobem por um cordão umbilical até chegar a LBP — como explica o próprio game —, e as possibilidades conseguem se igualar ao seu irmão mais velho. Mas, quando o universo dos games passou a ser tridimensional, o gênero teve de se adaptar, e isto não foi nada fácil. Mario passou tranquilo pela transição, mas Sonic, por exemplo, encontrou muitas dificuldades. Basicamente, o estilo continuou a existir, mas através de estruturas bem diferentes do que víamos na década de 80.
Certamente, muitos bons jogos nasceram nesta nova leva. Apesar disso, milhares de jogadores saudosistas sentiam — e ainda sentem — falta dos clássicos da era dourada dos vídeo games. Logo, as desenvolvedoras perceberam isto. Primeiro, vieram os relançamentos. Depois, outros jogos copiando o estilo dos clássicos. Por fim, chegou LittleBigPlanet.
Lançado exclusivamente para PlayStation 3, este título da Media Molecule, uma companhia até então desconhecida, gerou muito alarde entre os jogadores. Tratava-se de um título aparentemente infantil, em que os objetivos eram difíceis de rotular. Mas, as aparências enganam. Ao jogar e conhecer LittleBigPlanet mais afundo, percebe-se que trata-se de um dos jogos mais divertidos de toda esta geração.
Criar níveis, jogar com os amigos, personalizar os simpáticos Sackboys, salvar o mundo do terrível Collector, jogar níveis customizados, resolver puzzles e tirar fotos são apenas algumas poucas possibilidades deste incrível game. Logo após o seu lançamento, todos sorriam em frente aos televisores, sejam críticos ou jogadores. Com gráficos de qualidade, uma engine física impressionante e uma proposta que foca a simples diversão, LittleBigPlanet conseguiu resgatar toda a essência dos video games.
Como trata-se de um game exclusivo para PlayStation 3, muitos jogadores acabaram apenas babando diante toda a beleza de LBP. Mas, a Sony resolveu dar uma colher de chá aos exploradores de plantão, anunciando uma versão do game para PlayStation Portable — agora sim podemos chamá-lo de LittleBigPlanet (Pequeno Grande Planeta, numa tradução livre).
Bem-vindo ao seu sonho
Tudo isto, é claro, adaptado especialmente para o pequeno console de bolso da Sony. Ao contrário do que se pode imaginar, a jogabilidade ainda consegue se manter fiel à versão original, mesmo que alguns pequenos elementos tenham sido retirados. Além disso, a possibilidade de criar seus próprios níveis também está de volta, com direito a ferramentas inéditas e muito mais.
Outro elemento que merece destaque é a própria atmosfera do jogo. Do começo ao fim, não há como negar: isto é LittleBigPlanet. Os níveis compartilham bastante semelhanças com o irmão mais velho, trazendo ambientes polidos e desafios divertidos. Até mesmo a trilha sonora consegue manter-se fiel às origens, propiciando trilhas variadas e que se encaixam perfeitamente como um belíssimo pano de fundo para suas aventuras.
Os modos online também estão presentes. Infelizmente, a desenvolvedora — desta vez a Sony’s Cambridge Studio, e não a Media Molecule — deixou de lado um dos pilares mais importantes do primeiro jogo: o multiplayer. Mesmo assim, o jogo oferece funcionalidades através da rede, como compartilhamento de níveis, por exemplo.
As partidas ao lado de amigos podem ter sido deixadas de lado, mas, certamente, os gráficos ainda contam com um capricho notável. Mesmo com um Sackboy aparentemente pequeno, se compararmos, em escala, com a versão para PlayStation 3, os visuais trazem texturas de qualidade e modelos impressionantes, principalmente na criação de níveis. Falando em criação de níveis, o editor consegue fazer com que o jogador se sinta na pele de um verdadeiro designer de jogos, mesmo contando com algumas limitações.
Em suma, LittleBigPlanet para PSP traz novamente o fabuloso pequeno grande mundo para os video games, com direito a toda a diversão da jogabilidade do primeiro título e seu incrível e inconfundível charme. Mesmo sem multiplayer, LBP mostra que podemos sim nos divertir através de uma proposta simples, com um modo campanha que dura cerca de 5 horas, e criar quase qualquer coisa que passe por nossas cabeças.
Aprovado
Do que gostei:
Simples e bem feito
LittleBigPlanet, para PlayStation 3, certamente ficou conhecido pela sua simplicidade. No jogo, existem poucos comandos para jogabilidade. O jogador pode saltar, pressionando o botão X, e segurar-se em objetos utilizando o botão R1. Além disso, existem outros comandos complementares, com os quais o jogador movimenta os braços e altera as expressões do Sackboy.
No portátil da Sony, as coisas não mudaram muito. Novamente, você pode pular, com o mesmo botão, e agarrar-se a objetos apertando o “R”. . O boneco é controlado através do direcional analógico. Além disso, a possibilidade de alterar as expressões de seu Sackboy continua presente. Basta pressionar um dos quatro botões do direcional digital e pronto, seu personagem terá seu humor alterado.
Existem quatro tipos de expressões diferentes, divididas em dois níveis de intensidade. Você pode deixar seu Sackboy muito feliz, pressionando para cima, por exemplo, ou deixá-lo extremamente nervoso, tocando para direita no controle. Com isso, o jogador pode perambular as fases e resolver os desafios com um sorriso estampado no rosto ou com as pernas tremendo de medo. Uma boa dica é tentar fazer com que seu Sackboy se comporte de acordo com a atmosfera, seja ela alegre ou aterrorizante.
Durante o jogo, a premissa também continua bastante parecida. O jogador tem de saltar e correr pelos ambientes do game para, então, chegar ao final de cada fase, onde será exibida uma tela com as informações gerais sobre pontuação e ranking. Mas, nem tudo é tão simples.
Assim como na primeira versão, existem diversos obstáculos espalhados pelos dois planos de cada fase — na versão para PlayStation 3, eram 3 planos. Os objetos variam desde gangorras até inimigos flamejantes. E isto não é tudo. Um dos fatores que realmente chama a atenção em LittleBigPlanet para PSP é a variedade dos níveis. Por incrível que pareça, o jogo consegue apresentar conceitos ainda mais criativos.
No game, o jogador encontrará objetos especiais, os quais podem ser ativados para acionar determinados mecanismos, canhões, alavancas, preguiças (o animal) e até grandes chefes que cospem fogo. Tudo isto, sem dúvidas, alimenta ainda mais a longevidade do título.
Não obstante, você ainda tem de saltar sobre precipícios ou outros elementos perigosos. Com esta frase, fica bem claro que LittleBigPlanet consegue retratar com perfeição a essência de qualquer jogo de plataforma, tornando-o adequado para qualquer jogador que já tenha experimentado títulos deste formato.
E, mantendo a tradição, cada um dos níveis conta com características de diversos continentes e países diferentes. Você passará, desta vez, pela Austrália e também pelo Oriente, além de diversos outros locais que não puderam ser sonhados na primeira versão. Não se preocupe com tempo ou com um possível “Game Over” em suas viagens. LBP para PSP oferece um sistema no qual a cada morte o jogador perde 100 pontos de seu score, mas elimina as vidas limitadas.
O mais interessante é que cada local conta com uma trama distinta — a qual é passada adiante de modo cartunesco, pelos próprios habitantes do local —, aumentando a imersão do título. Uma verdadeira viagem dos sonhos — ou pelos sonhos, se preferir —, que reserva muitas surpresas e serve como incentivo para o jogador. Ao todo existem trinta níveis diferentes, que são verdadeiras obras-primas, seja da parte artística, técnica ou de design.
Interagindo
“Em LittleBigPlanet, todo dia é o Dia Internacional dos Adesivos”. É isto que o simpático narrador diz em um determinado momento do game, comprovando outra característica indispensável do título. Novamente, os adesivos, também conhecidos como “autocolantes” ou “stickers”, retornam para o pequeno grande planeta. Suas funções continuam basicamente as mesmas, mas vamos aos detalhes para quem ainda não está familiarizado com a franquia.
O jogador acessa o menu Pop-it — uma espécie de menu em jogo — e deve selecionar a opção Autocolante para conferir os adesivos disponíveis. Vale ressaltar que, antes do jogo iniciar, você tem a chance de escolher diversas línguas diferentes, incluindo o português (Portugal). Voltando aos adesivos, ao acessar a seção, é possível conferir vários tipos, incluindo alguns especiais que servem como interruptores.
Quando avistar uma espécie de moldura no cenário, identificada por um objeto que relembra um chip, trata-se de uma pista. Ali, devem-se colar adesivos com um formato semelhante para abrir caminhos ou até mesmo desbloquear itens como roupas e bolhas que aumentam sua pontuação.
Obviamente, a interação não para por aí. Conforme mencionamos, existem também alavancas e outros objetos específicos que podem ser arrastados pelo jogador para que ele possa continuar em sua jornada. O bacana é que algumas interações são realmente inusitadas, como quando o jogador deve puxar o bico de um pinguim para continuar desbloquear a passagem.
Isto não é tudo, há momentos mais elaborados em que o próprio cenário interage com seus elementos. Em uma parte do jogo, você notará uma aranha que devora pequenos insetos. O bacana é que, ao se alimentar com os pequenos bichos, ela realiza um movimento perfeito para impulsionar o Sackboy.
Como se não bastasse, LittleBigPlanet oferece a possibilidade de utilizar Jetpacks, aquelas “mochilas” equipadas com jatos de propulsão. Isto altera totalmente a jogabilidade. O botão X passa a ser utilizado para acionar um turbo. O R continua agarrando objetos, mas agora o jogador pode realizar ações diferentes, bancando um verdadeiro “Sackboy de carga”.
Dentre os puzzles do game, existem vários modelos diferentes. O jogador terá de encaixar objetos em lacunas, utilizando, normalmente, alavancas que movimentam as peças na horizontal e na vertical. Há também outros desafios que abusam da física do jogo, como quando se devem equilibrar pesos em gangorras.
Personalização absoluta!
Bocas, cabelos, chapéus, botas, calças, camisetas, acessórios e colares. Estes são apenas algumas das opções que o jogador terá para alterar completamente seu Sackboy. Literalmente, estamos falando de uma personalização da cabeça aos pés. O bacana é que a Sony’s Cambridge Studio conseguiu manter a variedade de peças, mesmo com os limites técnicos do PSP.
Você terá roupas características de cada região para combinar com o local em que sua aventura se passa. Além disso, existem outras roupas mais exóticas para caber ao gosto de qualquer jogador. As peças podem ser encontradas no início do primeiro nível de cada mundo, mas existem, também, outras roupas escondidas pelo cenário. Procure bem e você pode encontrar o que menos espera.
Até mesmo o material que compõe o Sackboy pode ser alterado. Em suma, temos um sistema de personalização tão complete quanto o da versão para PlayStation 3. Sem dúvidas, isto é uma etapa realmente bacana do jogo, que pode fazer com que o jogador passe horas customizando seu personagem.
O fantástico editor de níveis
Se você jogou o primeiro LittleBigPlanet, provavelmente deve se lembrar do mote do game: “Jogar, Criar, Compartilhar”. Nesta versão, ele também se aplica, e isto é realmente bom. Assim como no jogo original, LBP para PSP conta com um excelente editor de níveis que permite ao jogador criar suas próprias fases.
Artistas poderão tentar criar um nível épico do início. Entretanto, o jogo também oferece a possibilidade de utilizar modelos — ou “templates”, como são conhecidas no jogo. Estes moldes são, na realidade, estruturas baseadas nos níveis do modo campanha do título.
Novamente, o jogo conta com diversos elementos e ferramentas diferentes para a construção de níveis. Além das dezenas de itens obtidos na campanha, o jogador também pode usar modelos disponíveis, como objetos com formas de triângulos, quadrados e outros. Resumindo, LBP conta com praticamente tudo que um criador pode necessitar.
O mais interessante de tudo é compartilhar seus níveis e baixar o de outros jogadores. Com a segunda opção, você terá a chance de desfrutar das criações de outros usuários através de um download que pesa somente 160KB — sim, este é o tamanho das fases do game.
O sistema do game ainda consegue registrar quantas pessoas marcaram determinado nível como favorito e mostra, também, a pontuação geral daqueles que já passaram pelo desafio.
Mantendo a classe
Novamente, LittleBigPlanet dá um show nos visuais e no som. Graficamente, o jogo apresenta diversos atrativos já mencionados nesta análise, mas o destaque, realmente, vai para a direção de arte. Outro fator que espanta em LBP, no bom sentido, é a física. Por incrível que pareça, a desenvolvedora conseguiu recriar o motor da versão original, providenciando uma física excelente.
O áudio é um espetáculo. Os efeitos sonoros do irmão mais velho voltam a ilustrar os ruídos do jogo. Além disso, os mesmos narradores também cumprem seu trabalho. Outro elemento que merece destaque é a trilha sonora, com faixas variadas e muito bem encaixadas.
Reprovado
Do que não gostei:
Sem multiplayer?
É, infelizmente, isso é verdade. Como você já deve ter percebido, LittleBigPlanet para PSP não conta com qualquer modo multiplayer. Tudo o que o jogador pode fazer é compartilhar seus níveis. Entretanto, não há como negar que um modo para vários jogadores faz muita falta, principalmente para quem já se divertia com os amigos na versão para PS3.
Para piorar, a campanha do jogo pode ser considerada extremamente curta, atingindo marcas que podem variar de 4 até 5 horas de duração.
Outras limitações
Na versão para PS3, jogadores podiam movimentar os Sackboys de quase qualquer maneira. Entretanto, no PSP não há como controlar os braços, cintura ou cabeça dos Sackboys. Ocasionalmente, você acaba ficando preso ao cenário, pois a movimentação não ocorre como deveria, e o personagem não se movimenta entre os planos automaticamente.
Os controles, principalmente nos momentos de criação, também sofrem com a falta de um segundo direcional analógico. Tudo isto acaba tirando um pouco do brilho do título.
A tela pequena — comparando com os televisores — também deixa as coisas um pouco mais... Digamos… Pequenas. Ao contrário da versão original, em LittleBigPlanet do PSP não podemos observar os detalhes de cada peça dos Sackboys. Durante as aventuras, o boneco também é relativamente pequena.
Na criação, diversos problemas podem assustar o jogador. Não é possível fazer linhas diagonais, pois o layout é dividido em uma espécie de grade. Fora isso, não há como editar o nível de outros criadores.
Conclusão
Certamente, LittleBigPlanet para PSP é um jogo de plataforma e tanto. Fãs do gênero, e, principalmente, da série, irão adorar poder levar seus Sackboys para qualquer canto e através de um jogo de qualidade. Mesmo com algumas limitações, LBP pode ser considerado um dos grandes títulos para PSP lançados este ano.
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