De fato existem teorias cientificas que defendem a existência de uma memória genética; uma carga oculta de informações carregadas através dos séculos e que, em teoria, determinam que você compartilhe parte das suas informações genéticas com, sei lá, um menestrel, um antigo monarca ou, é claro, um temerário assassino.
Mas, se essa teoria ainda não pode ser totalmente comprovada ou refutada, é bem certo que outra teoria, de cunho econômico, é bastante válida: jogos que encheram os cofres uma vez, certamente poderão fazer isso novamente. Durante o processo, alguns inconvenientes e “glitches” menores ainda podem ganhar uma correção, tornando o produto final ainda mais primoroso.
É exatamente isso que define Assassin’s Creed 2, sequência do aclamado título que serviu para lançar as bases de um ainda tateante Xbox 360. Mas o que exatamente se pode esperar da segunda incursão do malfadado Desmond Miles na controversa máquina Animus? Foi exatamente isso que eu conferi recentemente.
Entre os destaques da sequência, certamente figura o trabalho primoroso da Ubisoft na reconstrução da histórica Florença. Basicamente, a equipe viajou de mala e cuia para a Itália, a fim de absorver a atmosfera geral, cujo desfecho ainda inclui mais de 30 imagens de construções e localidades históricas; imagens que foram posteriormente utilizadas para a construção de diversas texturas do jogo.
Entretanto, vale aqui um aviso de suma importância: no texto abaixo, você pode acabar encontrando um ou outro “spoiler”, já que diversas informações recentemente liberadas explicam como, exatamente, o protagonista Ezio deixou sua pacata fida em Florença para assumir o legado de uma linhagem de assassinos.
Animous 2.0
Em Assassin’s Creed 2, você assume o controle de Desmond Miles — o viajante genético — alguns momentos após o final do primeiro título. Novamente ele está com Lucy, que tem apenas alguns minutos para conectá-lo à Animous.
Entretanto, em vez de desembarcar algures durante as Cruzadas, Desmond agora literalmente nasce em meio ao caldeirão fervente da renascença, assumindo o controle de Ezio Auditore. Após alguns contratempos, você encontra então o novo time como qual Lucy tem trabalhado, que aparecem então portando a versão 2.0 da Animous.
Em seguida, Desmond é novamente conectado ao seu ancestral Ezio, que agora já não é mais um recém-nascido, mas sim um sujeito jovem. Nesse ponto, é interessante reparar na atenção que a Ubisoft deu para o desenvolvimento da parte mais, digamos, prosaica de AC II.
Você terá aqui a possibilidade de conhecer a sua família na época, conforme o seu irmão o convida para uma corrida através dos telhados, a sua irmã que você acerte as contas com um namorado traidor — isso sem falar no seu tio Mario, que realmente se apresenta dizendo “It’s-a-me, Mario!”. Perambulando um pouco pelo telhado, você ainda dá de cara com o novo item colecionável de AC II: as penas.
E existe ainda uma namorada na história. Você pode encontrá-la e, utilizando alguns botões, beijá-la e até mesmo tirar a sua roupa (nada como alguma apelação!). Mas a história se desenvolve, é claro. Mais adiante, Ezio descobre que sua família foi injustamente acusada, e que um juiz aparentemente aliado parece ter um papel central na condenação final que, finalmente, acaba levando os familiares de Ezio para o cadafalso; trata-se, enfim, do estopim perfeito para que Ezio assuma a sua linhagem de assassinos.
Para assumir de vez a sua faceta de assassino e vingar sua família, Ezio assume então os equipamentos de seu pai, incluindo capa, armadura e sua fiel espada. Aparentemente, as batalhas serão o ponto central de AC II.
Gerenciando a sua Villa
Possivelmente, uma das maiores diferenças de Assassin’s Creed 2 é que você poderá construir a sua Villa, incluindo aí um ostensivo solar lotado de obras de arte além de lojas, igrejas e mesmo bordéis que você poderá construir ao redor — o que acabará atraindo mais moradores para o local.
Completando as salas da sua mansão, Ezio ostenta diversos quadros (cada um com a imagem de um respeitável fidalgo morto por Ezio), além de armaduras. A sua mansão traz ainda uma sala para treinamento, onde novos golpes podem ser liberados. O salão das estátuas ainda traz uma homenagem a diversos assassinos famosos através das eras.
Para liberar as placas de cada uma dessas estátuas, você terá que se aventurar pelos diversos calabouços das cidades, que são uma espécie de desafio secundário em AC II. Ao final, será então desbloqueada a estátua de Altair — convenientemente colocada no centro do salão —, quando então se tornará acessível a sua armadura (a mais poderosa do jogo).
Comandando os assassinatos
As informações recentes também mostram um pouco mais sobre como será comandar Ezio. Basicamente, na versão para Xbox 360, o botão “X” servirá para golpear, enquanto que o “B” fará com que Ezio agarre os inimigos. Sempre será possível também encadear os golpes em combos, além de arremessar os inimigos contra outros inimigos ou simplesmente soltá-los das beiradas dos prédios.
Ezio também será capaz de bloquear e executar uma miríade de contrataques — isso além de roubar inimigos caídos para garantir uma consulta ao médico; uma cura completa com o médico custa 50 contos, enquanto que um frasco com medicamento (que aparentemente faz exatamente a mesma coisa) custa 75 contos.
Assassin’s Creed II ainda resolve um considerável inconveniente do primeiro título, que eram as longas e penosas viagens. Para tanto, entram em cena os “travel shops”; pela módica quantia de 100 contos você poderá desembarcar em qualquer lugar em um piscar de olhos.
No mais, AC II ainda traz belas imagens de Veneza, onde você poderá até mesmo realizar uma espécie de versão renascentista de GTA roubando gôndolas — isso sem falar em contratar ladrões e prostitutas para uma distração ocasional... dos seus inimigos.
Assassin’s Creed II tem lançamento programado para dia 17 de novembro. Fique ligado em novidades aqui no Blog de Dicas.
Veja o video do trailer neste link.
http://www.youtube.com/watch?v=yp_AlOMcdjw
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