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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Tropico 3-Xbox 360

As repúblicas das bananas migram do PC para o X360!
Se você acha que Tropico 3 já foi lançado e não há sentido em escrever uma prévia a respeito, está certo. Em parte. De fato, o game já está disponível há algum tempo para usuários de PCs, mas os donos de X360 só receberão o título em fevereiro do ano que vem. Portanto, resolvemos dar uma olhada nas mudanças e adaptações que foram feitas para a versão dos consoles deste hilário gerenciador de cidades.

Fiel à versão original, mas com muletas

Como já noticiamos em nosso teste da demo para computadores, lá em setembro, o jogador assume o papel do presidente de uma república das bananas — termo que se refere a países com democracia frágil (se é que têm uma) e que são controlados por alguns poucos que fazem o possível para se manter no poder. Não muito diferente de muitos dos países da América Latina atual, mas o cenário é aquele do meio do século XX.

Como o cerne das informações já foi revelado por nós naquela ocasião, vamos nos ater às diferenças existentes entre o que se vê nos PCs e nos consoles. A primeira, e de longe a mais gritante, é gráfica. Embora os desenvolvedores tenham feito de tudo para manter todos os detalhes e a liberdade de câmera exposta anteriormente, a plataforma simplesmente não consegue aguentar o tranco.

É óbvio que na demo você não consegue chegar a esse tamanho todo

O que isto quer dizer? Que as quedas de frames são frequentes e incômodas, existe um certo atraso entre o comando dado no controle e a resposta do game (principalmente na hora de movimentar a câmera), e quanto mais coisa aparece na tela, pior fica. Difícil dizer se é uma questão de má otimização da engine do jogo ou se o X360 simplesmente não possui os recursos existentes no PC, mas o fato é que não ficou tão bom.

Isto não quer dizer que o jogo esteja mais feio. Longe disso, inclusive. Os gráficos são os mesmos vistos nos computadores, os efeitos de clima e de movimentação dos habitantes da ilha ainda estão presentes — o problema fica mesmo por conta da performance do jogo como um todo, que deixa muito a desejar. Definitivamente algo a ser trabalhado nós próximos meses que precedem o lançamento.

Além disso...

Outro ponto incômodo é a configuração dos controles. Na demo que testamos, não podíamos alterá-la — e o layout dos botões realmente não é o melhor que já vimos em uma adaptação de games do gênero para consoles. Empurrar o análogico direito para frente para afastar a câmera? Qualquer pessoa imaginaria que isto a faria se aproximar...

Várias das escolhas não são intuitivas, principalmente as que fazem uso do direcional. Elas frequentemente se confundem, várias vezes você acaba alterando o que não quer e ainda por cima muitas das escolhas são irreversíveis. Isto é bem demonstrado pelo aparecimento aleatório de eventos na tela, enquanto você pode estar apertando o botão A — o que é o de confirmação. Assim, às vezes você acaba realizando acordos ruins sem querer.

Gráficos belos, sim, mas a performance...

Além dos controles, a forma de posicionar as construções também é muito pouco confortável. As construções se movem pelo mapa vagarosamente, o jogo sempre pausa quando você o faz, girá-las requer tempo... Tudo faz com que você gaste muito mais tempo do que o necessário para tarefas simples, que no PC eram realizadas em questão de segundos.

Considerando que o jogo pode durar um tempo razoável, estas perdas constante de tempo acabam frustrando o jogador — e podem inclusive ter impacto na jogabilidade em si. Um bom exemplo é quando tínhamos, durante uma fase da versão demonstrativa, em torno de quinze construções em andamento; e elas não iam para frente porque o jogo estava constantemente sendo pausado enquanto as posicionávamos no mapa.

Ainda assim o mesmo jogo

Quase um resort! Apesar destas dificuldades, que, sabíamos, seriam um tanto quanto inevitáveis em uma versão para consoles, o jogo permanece o mesmo. O humor continua, a trilha sonora tipicamente caribenha retorna imutável e Juanito continua enchendo a paciência de “El Presidente” incansavelmente. A experiência é, portanto, a mesma dos computadores.

Fica, portanto, apenas nosso aviso com relação à interface, aos controles, e à performance gráfica. O jogo original é excelente, logo, se os desenvolvedores conseguirem resolver estes problemas ou minimizá-los antes do lançamento para X360, o console da Microsoft receberá um excelente gerenciador de cidades. Ay, caramba!

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