kiSabe aquela sua vaga esperança de encontrar Diablo III nas prateleiras durante a primeira metade deste ano? E melhor esquecer. Os motivos não poderiam ser mais nobres é claro. Resumidamente, porque não se trata de simplesmente lançar “mais um jogo”. Trata-se de colocar no mercado “o próximo Diablo”.
Bem, pelo menos esse foi o motivo dado pela Blizzard para a mais nova revisão de sistema do game. Entre as mudanças anunciadas no blog oficial do futuro blockbuster, há diversos pontos que, cá entre nós, já foram alterados mais de uma vez — o que não é necessariamente ruim, é claro. “Enquanto trabalhamos em Diablo III, ouvimos várias vezes que nós temos alterado demais os sistemas, e que o jogo já estaria pronto para o lançamento”, afirmou o diretor do game, Jay Wilson.
Naturalmente, as mudanças praticamente constantes em fundamentos do game justificam certo desconforto por parte dos fãs. Mas Wilson continua: “eu acho o argumento justo, mas também penso que seja incorreto. O nosso trabalho não consiste apenas em lançar um jogo, mas sim liberar o próximo Diablo. Ninguém se lembrará do atraso do game, apenas que ele é grandioso.”
Bem, mas o que exatamente a nova intervenção visceral em Diablo III deve trazer? Na verdade, há uma lista de pequenas mudanças — as quais, ao que parece, podem ter efeitos mais ou menos dramáticos na jogabilidade. Vamos a elas.
Bem, mas o que exatamente a nova intervenção visceral em Diablo III deve trazer? Na verdade, há uma lista de pequenas mudanças — as quais, ao que parece, podem ter efeitos mais ou menos dramáticos na jogabilidade. Vamos a elas.
Scrolls of Identification está fora do jogo
Sim, a Blizzard reconhece que identificar um item estranho representa grande parte do jogo. Mas a tarefa agora se tornou muito mais simples. Ao obter um novo item, basta clicar sobre ele com o botão direito do mouse. Segue-se então um timer, e pronto. A identificação foi feita. Sem restrições: todos os personagens estão aptos.
Mas a Blizzard tem uma boa analogia para explicar a decisão. “Nós adoramos a descoberta dupla de encontrar um presente para, em seguida, desembrulhá-lo, mas não parece que manter encontrar um item e mantê-lo na sua bolsa tenha o mesmo efeito. De agora em diante, será possível identificar quaisquer itens, sem necessidade de carregar Scrolls. O seu personagem de Diablo III é realmente durão agora.”
Um botão dedicado para poções
Eis uma mudanças que deve facilitar a sua vida quando as coisas realmente ficarem complicadas. “Um botão dedicado a poções é algo que nós discutimos várias vezes ao longo do desenvolvimento”, afirmou Wilson. Ao que parece, a Blizzard percebeu que, em ocasiões de emergência, o seu tempo para manipular itens é um tanto escasso.
Entretanto, vale o aviso: “essa foi uma de nossas últimas mudanças, de forma que tanto o botão quanto as mecânicas não funcionam no patch 10 da versão Beta”. Fica a promessa de inclusão do recurso em atualizações próximas, de qualquer forma.
“Decidimos remover Cauldron of Jordan e Nephalem Cube”
De acordo com a Blizzard, Cauldron of Jordan e Nephalem Cube foram criados para permitir uma comercialização simplificada itens, sobretudo naqueles momentos em que não há uma forma rápida de voltar à cidade. “Entretanto, agora que existe a ‘Stone of Recall’, nós achamos que manter Cauldron e Cube no jogo desvirtuaria os benefícios de se voltar à cidade para vender itens, para salvamentos, para forjas e também para interagir com os habitantes”, afirmou Wilson.
O ferreiro agora é capaz de reaproveitar itens
Com a remoção de Nephalemn Cube, deveria existir, é claro, algum dispositivo capaz de reaproveitar itens na cidade. A Blizzard considerou que fazia sentido deixar a incumbência para o ferreiro local... Então é assim que será daqui em diante.
Itens comuns não poderão mais ser sucateados
Eis uma mudança dramática para quem costuma colecionar cacarecos no campo de batalha. Basicamente, itens “brancos” (aqueles que não trazem poderes mágicos) não poderão mais ser reforjados em algo mais útil. “Anteriormente, nós pensávamos que um item derrubado sempre deveria ser útil de alguma forma, com uma melhora nas estatísticas, ou, no caso de itens ‘brancos’, você poderia simplesmente forjá-los novamente.”
Entretanto, algumas pesquisas revelaram à Blizzard que nem tudo o que é coletado serve para alguma coisa. “Diablo II capturou aquela febre por espólios ao derrubar montes de lixo, na maior parte flechas e parafusos (...).”
Alterações nos atributos básicos
Esqueça “defesa”, “ataque” e “precisão”. A Blizzard achou mais conveniente tratar as características reais do seu personagem com “força”, “destreza”, “inteligência” e “vitalidade”. A ideia é conferir a cada classe um atributo central, a fim de “reduzir a sobreposição de itens, diversificar aqueles disponíveis e criar um sistema de itens claro e mais interessante”. Sim, a empresa assume que isso deve alterar dramaticamente o balanceamento do jogo.
Confira os benefícios gerados por cada um dos novos atributos:
Força (Strength)
- +Barbarian damage
- +Armor
Destreza (Dexterity)
- +Demon Hunter damage
- +Monk damage
- +Dodge
Inteligência (IntIntellect)
- +Wizard damage
- +Witch Doctor damage
- +Health from globes
Vitalidade (Vitality)
- +Health
Status serão exibidos diretamente no inventário
Agora será possível registrar as mudanças nas suas estatísticas no momento em que um novo item é experimentado, já que as informações serão exibidas diretamente na interface de usuário do seu inventário. “Pode parecer insignificante, mas os resultados nos agradaram muito”, disse Wilson. De fato, uma solução tão elegante quanto prática.
Uma década de jogabilidade
Talvez a frequência relativamente baixa nos lançamentos de novos Diablo se deva à longevidade invejável de cada título da franquia. Bem, o mesmo deve acontecer com o terceiro elemento da série. “A nossa esperança é que, ao abraçar um design recorrente — no qual questionamos nós mesmos e nossas decisões, Diablo 3 não atenda apenas às nossas expectativas, mas continue a fazer isso por uma década após o seu lançamento”.
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