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sábado, 21 de janeiro de 2012

Análise-Galaxy 5


Créditos ao site meiobit.com , pela autoria da análise.
Link original: http://meiobit.com/85810/analise-samsung-galaxy-5/
Samsung Galaxy 5.
Samsung Galaxy 5. (Clique para ampliar)
O Windows Phone 7 surge como o “terceiro cavalo” no páreo dos sistemas móveis, mas ainda é uma realidade distante para nós, brasileiros. Hoje, quem busca um smartphone moderno tem à disposição iOS e Android.
O iOS aparece como uma opção (bem) premium na figura do iPhone. O sistema da Google tem outra abordagem, por ser aberto qualquer empresa pode instalá-lo num aparelho e lançá-lo no mercado. Isso tem alguns contratempos, como a maciça fragmentação da base e o descaso de fabricantes na hora de atualizar o sistema, mas por outro lado essa liberdade permite que a “janela” de preços dos modelos equipados com o sistema seja bem flexível.
No topo da tabela (de preços) temos AtrixXperia Arc e outros parrudos chegando próximo dos R$ 2 mil. E na de baixo? Brigam hoje pelo posto de Android mais barato do Brasil o ZTE X850 e o Samsung Galaxy 5. Adquiri esse último recentemente, para uso pessoal, por pouco mais de R$ 300 e, após quase duas semanas com ele, chegou a hora do veredito: o Galaxy 5 vale a pena?
Confira a resposta na análise que segue!

Pequeno valente

O form factor do Galaxy 5 é o mesmo dos modelos da linha de dumbphones para “dumb teens” da Samsung, aCorby. Em outras palavras, é um aparelho leve, pequeno e uma característica curvatura na lateral, nesse caso na cor prata.
E já que tocamos no assunto “cor”, é bom falar desde já no terrível black piano que… bem, com exceção da parte prateada citada acima, impregna o restante do aparelho. É um saco, basta sacar o celular para atender uma ligação e, não importa o quão limpo ele esteja, ao voltar para o bolso da calça ele estará novamente cheio de impressões digitais por todo o corpo. Com alguns dias de uso, pequenos risquinhos visíveis contra a luz surgiram. A situação é tão crítica que me vi obrigado a comprar uma daquelas capinhas bregas de silicone. Como o Galaxy 5 é pequeno, acabou que o volume extra não impactou tanto no manuseio. Ficou parecendo um mini-Defy ;-)
Se por ser um aparelho com tela (capacitiva!) sensível a toques a ausência do teclado numérico joga bem para baixo a quantidade de botões físicos na parte frontal, a Samsung parece ter ficado ressentida com isso e entupiu o rodapé do Galaxy 5 com botões. São sete (!), mais o d-pad quadridirecional. Com o tempo dá para se habituar a eles, até gostar da facilidade que proporcionam, mas fica claro que alguns são redundantes ou mesmo dispensáveis (o d-pad, principalmente).
Bateria, SIM card e cartão microSD.
Bateria, SIM card e cartão microSD. (Clique para ampliar)
Além desses frontais, o Galaxy 5 conta com dois outros botões na lateral esquerda, os de volume. Abaixo deles fica a entrada mini USB, que serve tanto para a transferência de dados, quanto para o carregador de parede. A saída de áudio, no padrão 3,5 mm, fica no topo e… e é só. A lateral direita e a parte inferior do aparelho são lisas.
A tela do Galaxy 5, como já dita, é sensível a toques e capacitiva. Não tem multitouch (buuu!) e, infelizmente, é bastante pequena e limitada. São 2,8″ que abrigam o Android com resolução QVGA (240×320). Com Retina Display e resoluções qHD por aí, o aperto da tela incomoda às vezes.
Mas incomoda menos do que eu, pessoalmente, esperava. Certas aplicações naturalmente sofrem bastante com essa limitação, como navegação web e aplicativos de mapas; em muitas, basta abrir o teclado virtual para a porção visível da aplicação se resumir ao campo do formulário que está sendo preenchido — quando não apenasparte do campo. Não são problemas exatamente terríveis, embora incomodem um tiquinho.
Para o meu rol de aplicativos, o tamanho não faz muita diferença e, de quebra, ajuda na portabilidade, já que tela menor implica num aparelho menor e, em muitos casos, esse incluído, mais leve.
Tela do Galaxy 5: 2,8" para 230x320.
Tela do Galaxy 5: 2,8" para 230x320. (Clique para ampliar)
A tela é bastante responsiva e a qualidade de construção passa confiança, parece bem sólida, ainda que seja puro plástico. Remover a tampa da bateria é meio difícil, é preciso apelar para a força e, nessa, o medo de quebrar alguma coisa está sempre presente. Aliás, para inserir o cartão microSD (um de 2 GB vem no pacote) é preciso remover a tampa traseira… O slot para o SIM card fica de baixo da bateria. Essa, de 1200 mAh, aguenta um dia de uso intensivo numa boa, entre algumas fotos, redes sociais via EDGE/Wi-Fi (ele também suporta 3G, é que onde eu moro não tem cobertura) e alguns joguinhos. A autonomia nominal em redes 2G é de 521h em standy-by e 9h30 de conversação.

Android e desempenho

O Galaxy 5, quando lançado, vinha com o Android 2.1 “Eclair”. Depois, ganhou atualização oficial para o 2.2 “FroYo”. O meu, especificamente, já chegou atualizado com a versão 2.2 — ainda bem, assim não precisei instalar o KIES só para atualizar o bicho.
A Samsung fez um trabalho bem decente na adaptação do Android à telinha QVGA do Galaxy 5 com a TouchWIZ, sua personalização do sistema. Há diversos pontos modificados, da home screen aos menus, passando pela agenda de contatos e aplicativos pré-instalados, como o Layar, toda a suite de aplicativos da Google, orkut (!) e alguns outros. Embora traga o Android Market sem restrições, a Samsung também incluiu um atalho para a sua própria lojinha, a Samsung Apps, com impressionantes… 12 aplicativos. É sério, são só 12 mesmo.
Não sei se é impressão ou se algo foi feito nesse sentido, mas a legibilidade dos textos é acima do esperado para uma tela com essa resolução. Mesmo fontes bem pequenas podem ser lidas sem muito esforço. Tem-se a sensação de que aplicaram algum efeito de esmaecimento, tipo o Clear Type, na interface. Méritos para a Google ou para a Samsung, não sei dizer ao certo; mas que ficou bom, isso ficou.
Boa legibilidade, apesar da baixa resolução.
Boa legibilidade, apesar da baixa resolução. (Clique para ampliar)
Com processador ARM11 de 600 MHz e 256 MB de memória, o desempenho do Galaxy 5 salta à vista, em muito ajudado pela baixa resolução da tela. Não é o ápice de performance, é bem verdade; com alguns aplicativos abertos ao mesmo tempo, o aparelho começa a engasgar, mas pela faixa de preço em que se situa, dá para dizer que seu comportamento é melhor que o esperado, com transições suaves e abertura relativamente rápida da maioria dos aplicativos. Até Angry Birds, o tradicional, não a versão Lite, roda!
Um aplicativo padrão, o Gerenciador de recursos, permite ver em tempo real quanto de memória está sendo consumida (além de liberá-la), quais aplicativos estão abertos e outras funções técnicas. Uma mão na roda e um aplicativo a menos — “task killers” são desnecessários nesse contexto.

Câmera, telefonia e outros recursos

Indo direto ao ponto, a câmera do Galaxy 5 é uma lástima. Tem 2 MP e foco fixo, sem flash ou qualquer outra configuração mais avançada, com exceção de geolocalização e smile shot. Ela me “obriga” a usar o picplz; os filtros disfarçam a podridão das fotos tiradas :lol:
Algumas imagens (sem qualquer tipo de edição; clique para ampliá-las):
Imagem-exemplo do Galaxy 5 (1).
Imagem-exemplo do Galaxy 5 (2).
Imagem-exemplo do Galaxy 5 (3).
A câmera ainda grava vídeos, em QVGA a 15 fps. Bem inútil, em outras palavras.
Se na parte visual o celular desanima, na parte sonora ele é uma grata surpresa. A saída de áudio é mono, fica localizada na traseira e emite som alto o suficiente para se fazer ouvir. Mas é na hora do bate-papo, no speaker frontal, que o Galaxy 5 brilha: a qualidade do áudio durante as chamadas é muitíssimo boa. Som cristalino, um dos melhores que já experimentei.
Ao atender chamadas, aliás, a tela trava, já que o aparelho carece de sensor de proximidade. Com dois toques na tela, ela é destravada. Parece uma saída meio porca, mas na prática funciona bem.
O Galaxy 5 vem bem recheado de recursos. Tem GPS, Wi-Fi, 3G, acelerômetro, Bluetooth 2.1 com A2DP e suporte a rádio FM.

Conclusão

Antes, uma pequena análise em vídeo:
O Galaxy 5 está anos-luz atrás do seu irmão mais velho, o Galaxy S, e come poeira de praticamente todos os demais Android do mercado, mesmo alguns mais antigos. Por outro lado, uma combinação de fatores bem peculiares e raros de serem vistos nessa indústria vital tornam o pequenino da Samsung um “must buy” para quem quer ter um smartphone de verdade sem gastar muito, virar escravo das operadoras e seus planos pós-pago ou entrar no cheque especial.
Eu descontruiria essa junção de fatores nos seguintes: Android atualizado (2.2), hardware bem integrado(processador mais ou menos + tela pequena = bom desempenho) e preço (afinal, que outro modelo você compra com R$ 300?).
Ele não se propõe a rodar games do Tegra Zone, nem a fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo, mas faz tudo o que qualquer outro Android faria por um usuário médio, que conversa, troca mensagens, navega na web, tira algumas fotos (ok, isso ele não faz bem, mesmo) e interage em redes sociais. Pode fazer uma ou outra tarefa dessas com “aperto”, devido à tela, mas nada que a impossibilite ou a torne incômoda. E pelo que ele custa, entrega mais do que muitos concorrentes mais caros.
O Galaxy 5 é marketeado como o primeiro Android de quem sempre viveu com dumbphones. É um público interessante para esse aparelho, mas não único. Reiterando o que foi dito acima, o Galaxy 5 é ideal para quem procura um bom custo/benefício, um celular barato, guerreiro e compacto.
Pontos fortes: leve e pequeno; desempenho acima do esperado para um celular nessa faixa de preço; interface otimizada para a resolução diminuta da tela.
Pontos fracos: corpo em black piano; tela pequenina (2,8″) e de baixa resolução (QVGA, 240×320); câmera extremamente ruim

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