Em uma primeira olhada, The First Templar pode parecer apenas um título de pancadaria simples que, embora traga uma temática interessante, ganha a maior parte dos seus pontos nas possibilidades cooperativas. Bem, quer saber? Uma análise mais detida ainda vai revelar exatamente isso. E pode ser ótimo, é claro.
Trata-se aqui do século XIII, uma era de pragas, guerras e poucos banhos — pelo menos na porção europeia do mundo. Para devolver um pouco de paz a um mundo profundamente beligerante, a ideia é assumir o controle de dois cavaleiros templários para... Bem, para sair distribuindo pancadas, flechadas e até mesmo algumas coisas levemente sobrenaturais. “Se queres a paz, prepara-te para a guerra”? Ok, é mais ou menos isso.
Templários e pancadaria
Só que, verdade seja dita, toda a parte dos templários e da contextualização histórica representa para o título da desenvolvedora Haemimont apenas um pano de fundo convidativo. Quando a coisa realmente começa, o negócio é socar tudo o que se mover pela tela, até que todos tenham aprendido “a lição”, naturalmente. E o mais divertido: você poderá fazer isso na companhia de um bom amigo igualmente sanguinário.
A ação aqui é realmente bastante simples. Trata-se, ao menos inicialmente, de alguns poucos golpes e combos pouco elaborados. Entretanto, conforme a pilha de facínoras, assassinos e bandidos vai aumentando, torna-se possível adquirir upgrades interessantes com os pontos de experiência acumulados. Dessa forma, após algum tempo de jogo, tornam-se disponíveis combos mais complexos, contra-ataques e outras formas adicionais de se ganhar “zeal” — espécie de moeda corrente para comprar movimentos especiais.
Todas essas melhorias são desbloqueadas na forma de uma grande árvore de habilidades, a qual se divide em quatro seções independentes — embora jamais seja possível saber quais upgrades são guardados à frente antes de gastar alguns pontos.
Combates à distância e movimentos especiais
Embora a maior parte dos ataques aqui seja liberada com um rápido brandir de espada — ou qualquer outra coisa cortante —, há também algumas variações. Ataques à distância, por exemplo, são uma boa forma de aproximação. Além disso, uma besta (também um arco e flecha, ou adagas) pode complementar muito bem um combo iniciado no corpo a corpo.
Os templários também trazem algumas cartas sobrenaturais na manga. Rezar, por exemplo, pode recuperar alguns pontos de saúde — embora haja um custo inevitável de “zeal”. Alguns trechos também devem reservar típica ação furtiva para derrubar guardas distraídos.
Ademais, ao tomar uma cidade, você ainda poderá assumir o controle de armas de cerco; coisas como trabucos e catapultas. Nesse momento, The First Templar transforma-se em uma espécie de mini games: acerte todos os que se aproximarem dos muros da sua cidade!
Chefes colossais
O que seria um jogo de pancadaria sem chefes de grandes proporções... Sim, eles existem aqui, é claro. Em uma demonstração encarada pelo site Gamespot.com, uma imensa floresta cheia de cães selvagens ganhou ainda uma adição das mais pesarosas, uma criatura que atendia por “Besta” capaz de fazê-lo se arrepender por não gastar mais alguns pontos com combos extras.
Embora pouco tenha sido mostrado até o momento, The First Templar parece ser ótimo para aqueles momentos entre amigos... Amigos particularmente afeitos a pancadaria gratuita, é claro. O lançamento é previsto para 29 de março. Aguarde novidades.
Alguns jogos de video game, mesmo representando uma ficção, tratam com algum respeito as leis que condicionam o mundo do lado de fora da magia gráfica dos consoles. É só se lembrar de jogos como Gran Turismo, Forza Motorspot e tantos outros que infundem bastante seriedade na ideia da simulação — excluindo-se, talvez, os famigerados flashbacks que têm se tornado cada vez mais populares... Enfim.
Mas também há a outra ponta do espectro: jogos que abraçam completamente as possibilidades irreais permitidas por um game e, deliberadamente, chutam as partes pudendas de Isaac Newton e Cia. Desnecessário dizer que é exatamente esse o caso de nail’d, um jogo que se parece mais com uma montanha-russa sem trilhos do que com uma competição off-road típica.
Só que, justiça seja feita, não se trata de uma ideia propriamente original. Na verdade, a desenvolvedora Techland bebe da mesma fonte que alimentava a leva de jogos baseados mais em doses maciças de adrenalina do que nas leis da física — basta se lembrar das cabines extremamente disputadas de Offroad Thunder.
O problema é que esse ideal de velocidade descomplicada e de ação vertiginosa já anda fora de moda há algum tempo, o que, por si só, já colocaria nail’d em um nicho bastante restrito, composto sobretudo por saudosistas e, quem sabe, um ou outro jogador casual. Isso se a matriz original dos anos 80 e 90 fosse realmente respeitada, o que nem sempre é verdade aqui.
Entre os belos cenários, velocidade extrema e propensão para quedas livres, nail’d não deixa de se equivocar no tratamento que normalmente envolve um bom jogo de arcade offroad. Praticamente não há rotas alternativas, as mecânicas exageradamente fáceis tornam a experiência um tanto maçante após algumas poucas horas de jogo e, como se não bastasse, o seu veículo — uma moto ou um quadriciclo — tem o péssimo costume de explodir sem motivo aparente. Vamos aos detalhes.
Aprovado
Frio na barriga
Se existe um ponto em que nail’d realmente obteve sucesso foi na capacidade de provocar vertigens e frios na barriga. É realmente o extremo do arcade: saltos gigantescos, velocidade insana e uma topografia tão acidentada que faria os Cárpatos parecerem quase uma planície — com algum exagero, talvez.
E essa experiência se torna ainda mais insana com o modificador “Boost Madness”, que libera uma carga infinita de nitro, tornando os seus movimentos quase aleatórios — tente acertar a direção da próxima curva se puder!
Mas o ponto alto aqui são realmente os saltos. Sem exagero, algumas pistas são percorridas mais pelo ar do que por terra. Até porque, o desapego de nail’d com as leis da física permite deturpações como a que permite o funcionamento do guidão mesmo quando se está em queda livre, mais ou menos como o princípio que fazia com que Sonic e Mario mudassem de direção mesmo durante um pulo. Enfim, é impossível não deixar sair uma boa dose de stress com isso.
Cartão postal dinâmico
Nail’d talvez não traga os melhores gráficos da atual geração, mas certamente traz algumas das vistas mais pitorescas de que se tem conhecimento em um video game. Senão, faça a experiência: salte de uma das rampas mais “proeminentes” em uma pista.
Durante o tempo de queda livre você pode: (a) ler a biografia completa de Mao Tsé-Tung ou (b) absorver as belas paisagens fornecidas pelas encostas de uma colina ou por uma região costeira. É claro que o seu deslumbramento pode ser sumariamente interrompido por uma explosão praticamente arbitrária do veículo (mais detalhes no tópico “Combustão espontânea”).
Cuidado com os arranhões se você for uma mulher...
Ok, nail’d não traz exatamente uma profusão de opções de personalização. Mas também não faz feio, sobretudo para um jogo arcade. Após optar por uma moto ou por um quadriciclo, você poderá ainda escolher diversos modelos de motor, guidão, amortecedores, rodas, etc., cada um com vantagens e desvantagens para o desempenho do veículo — o que é claramente mostrado através de um gráfico de barras no qual são dispostos cada um dos atributos. Também é possível escolher as cores de cada parte individualmente.
E, sim, também há a possibilidade de conferir a sua assinatura ao visual do piloto quase suicida que vai representá-lo nas pistas insanas de nail’d. Entretanto, há algo de cômico aqui: embora seja possível escolher o gênero do seu piloto (masculino ou feminino), é notável a diferença entre os “uniformes” de cada um.
Embora um homem apareça trajando um macacão típico para pilotagem —devidamente fechado para proteger de eventuais tombos ou do fogo —, uma mulher aparecerá com um traje minúsculo composto pela parte superior de um biquíni, uma blusa das mais improváveis para ocasião e uma calça bastante... Agarrada. Enfim, parece que a abordagem “exploratória” de Dead or Alive Xtreme 2 gerou frutos.
Reprovado
Faltaram rotas alternativas
Explorar terrenos acidentados é sem dúvida um dos maiores atrativos em um título Off-Road. Quase uma tradição, na verdade. Mesmo no longínquo 1997, Top Gear Rally (Nintendo 64) trazia inúmeras rotas alternativas pelas quais um piloto particularmente arrojado poderia tentar a sorte. E isso era demais! Um diferencial mais do que necessário para que se criasse um nicho próprio para o gênero.
Bem, embora nail’d tenha absorvido muito do legado desses pioneiros, esse ponto foi acachapantemente deixado de lado. Mesmo com a ilusão causada pela amplitude dos cenários, existem de fato bem poucas opções de percurso aqui, de forma que a maior parte das suas tentativas deve terminar em explosões sumárias seguidas de um respawn bastante frustrante (confira o próximo tópico).
Combustão espontânea
A cena é bastante recorrente: você termina uma curva terrivelmente acentuada, salta alguma coisa e, ao aterrissar, o seu veículo explode sem absolutamente nenhum motivo aparente — como se houvesse nitroglicerina no tanque. O mesmo pode acontecer quando se passa de um estilo de terreno para outro — da lama para uma plataforma de metal, por exemplo —, e também em uma série de outras ocasiões no mínimo frustrantes.
Ironicamente, o respawn incluído em nail’d deveria servir como um recurso para facilitar a vida do jogador. A concepção básica seria: sempre que uma manobra ou escolha de direção se mostrar irremediavelmente catastrófica, o jogo seria rapidamente interrompido e você apareceria magicamente na pista após uma breve explosão. A boa intenção é óbvia: manter o fluxo de adrenalina constante, com um mínimo de interrupções.
Mas como dizem, “de boas intenções o inferno está cheio”. De fato, o respawn de nail’d é das coisas mais frustrantes do título, sobretudo quando a sua moto vira carvão unicamente por que você resolveu tentar o que obviamente se parecia com uma rota alternativa. Pois é, mesmo sendo plataforma de pedras perfeitamente utilizável, não será possível utilizá-la, já que isso provavelmente não foi previsto pelos desenvolvedores. O resultado é sempre o mesmo: uma reação alquímica que transforma metal imediatamente em carvão.
Curva de aprendizado praticamente inexistente
Inicialmente nail’d representa um desafio considerável, sobretudo se você não for escolado nas mecânicas típicas de jogos de corrida Off-Road. Só que isso muda. E muda rápido demais. No momento em que você tiver decorado a topografia das pistas e a utilização de rampas e boosts de velocidade não foram mais um desafio... Acabou.
Sim, o jogo se torna progressivamente mais difícil com o tempo. O problema é que o desafio de guiar os veículos — que normalmente envolveria acostumar-se às limitações físicas para tirar o máximo de cada máquina — é praticamente nulo. No máximo você conseguirá deslocar a retina em razão das sequências inacreditavelmente rápidas de imagens.Isso acaba por tornar nail’d rapidamente enjoativo.
Vale a pena?
Nail’d é uma espécie de homenagem tardia aos títulos que dominaram os fliperamas e consoles durante os anos 80 e 90. É uma infusão concentrada de adrenalina que deixa tudo mais de lado: leis físicas, questões de mecânica, a resistência do corpo humano a quedas com mais de 20 metros, etc.
Se isso é divertido? Com certeza que é. Só que não vem sem algumas falhas, como a frustrante falta de rotas alternativas e possibilidades de exploração do terreno — sem falar na consequência óbvia disso: a explosão sumária do seu veículo. Além disso, a Techland parece ter reforçado a velocidade e os saltos insanos em detrimento das habilidades individuais do jogador.
Entretanto, verdade seja dita: nail’d pode sim ser um jogo divertido. Talvez não por muito tempo, mas pode. Quer dizer, embora não justifique o hype criado antes do lançamento, ainda é uma bela possibilidade para quem andava saudoso de títulos como Top Gear Rally e Offroad Thunder. Além do que, dizem que quedas livres são ótimas para aliviar o stress...
Falar de multiplayer e FPS no PC é falar de Battlefield. Não há como negar que a franquia da Electronic Arts elevou o gênero a um novo patamar quando lançou sua primeira iteração, em 2002. Além de introduzir um modo inédito aos jogos de tiro em primeira pessoa, BF, como é popularmente conhecido, foi um dos primeiros games a realmente dar ao jogador a sensação de estar em um campo de batalhas.
Desde o princípio, o título focava-se exclusivamente em uma experiência multiplayer, dispensando uma campanha para um só jogador. Com a chegada de Bad Company, em 2008, a Digital Illusions Creative Entertainment (também conhecida como DICE) surpreendeu a todos ao trazer para os jogadores um modo single player, com direito a uma rica história.
Em 2010, quem roubou a cena foi Battlefield Bad Company 2, que seguiu os passos do predecessor, mas mesmo assim conseguiu trazer bastante novidade. O jogo é um dos melhores exemplos para quem gosta de uma campanha sólida e muito tiroteio. Além do modo para um só jogador, você provavelmente vai passar horas e mais horas no multiplayer, que mantém o excelente nível da franquia.
O melhor de tudo é que, além de Bad Company 2, os jogadores que adquirirem o game também tem outra opção para testar suas habilidades. Isso porque a Electronic Arts resolveu lançar uma expansão completíssima para o jogo, trazendo todo o clima da guerra do Vietnã para os video games.
Essa não é a primeira vez que Battlefield aparece nessas terras, já que, em 2004 a DICE lançava Battlefield: Vietnam. Entretanto, agora temos uma engine totalmente nova, que oferece novas possibilidades, conforme conferimos no excelente Bad Company 2. E nada como um retorno a uma das melhores versões da série.
Por apenas US$ 15,00 (menos de R$ 30,00), quem tem Bad Company 2 pode desfrutar de algo que é muito mais do que uma simples adição de novos mapas e novos visuais. Vietnam muda a fórmula de jogo estabelecida por BC2 focando nos combates de curta distância, e consegue trazer, com muita fidelidade, toda a ambientação do caótico evento para os games. Confira.
Aprovado
Direto ao ponto
Bem, depois de adquirir Vietnam, tudo que você tem de fazer é acessar o jogo através do menu do próprio Battlefield Bad Company 2. Uma vez dentro do game, você pode criar um novo soldado, registrando assim suas estatísticas durante as partidas.
Depois disso, há apenas uma coisa a ser feita: partir para a pancadaria. Isso porque a interface do game é bem simples e boa parte das mudanças são dinâmicas, ocorrendo enquanto se joga. Se você já jogou qualquer um dos games da série, então não terá qualquer problema em navegar em Vietnam.
Em jogo, você logo percebe a grande diferença entre Vietnam e Bad Company 2: os combates. Sem dúvidas, esse é um dos pontos mais fortes da expansão, que consegue criar uma experiência única para quem está com BC2 em mãos.
Aqui, o campo de batalha é muito menor. Se você estava acostumado com os locais gigantescos de Bad Company 2, então é melhor começar a treinar novamente, afinal, essa é outra guerra. Nada mais cabível do que ambientes e estratégias diferentes, não é mesmo? Isso faz com que Vietnam não seja “apenas mais um pacote de mapas” de BC2, o que é realmente bem-vindo e até raro no ramo das expansões.
Como estamos tratando de um conflito diferente, que se passa há aproximadamente 40 anos antes dos eventos de Bad Company 2, temos também armas diferentes — eis um dos grandes motivos da maior mudança na fórmula do game. Em Vietnam, você não vai encontrar várias armas equipadas com lunetas e outros acessórios que facilitam, e muito, os tiros à distância, como em BC2.
Em vez disso, o jogador tem as clássicas armas dos jogos de guerra, como a M16A1 e a famosa AK-47. É claro que quem gosta de bancar o atirador de elite também tem sua opção, já que o game oferece várias snipers distintas.
À primeira vista, alguns jogadores podem até achar isso algo ruim, principalmente se estiverem bastante acostumados com as belezinhas tecnológicas de Bad Company 2. Entretanto, basta um pouco de tempo ao lado de Vietnam para perceber que temos em mãos um novo jeito de brigar nos campos de batalha — e por apenas US$ 15.
Queimando tudo!
Falando em armas, vale a pena mencionar a nova leva de ferramentas de destruição trazida por Vietnam. Quem é fã de filmes como "Apocalipse Now" e "Platoon" vai notar que a DICE caprichou no desenvolvimento do game, com um arsenal fiel. O jogador tem em mãos armas de diversos tipos, variando desde rifles automáticos, passando por pistolas e submetralhadoras, até metralhadoras e rifles de longo alcance.
Isso sem contar uma das grandes novidades do jogo: o lança-chamas. Para combinar com o clima aterrorizante dessa guerra, a DICE resolveu introduzir um lançador de chamas ao game, que cai como uma luva quando o jogador está em combates de curta distância. Ele tem um alcance baixo, mas pode ser altamente destrutivo, acabando com a vida de um ou vários inimigos em poucos segundos. Destaque para as chamas, que se comportam com fidelidade.
Vietnam traz o velho sistema de classes (com cinco diferentes) para que os jogadores escolham qual é seu posto ideal. Dentro de cada uma delas, você encontra habilidades específicas. Os médicos, por exemplo, podem reviver os companheiros caídos, enquanto os engenheiros são capazes de consertar qualquer coisa. Há também uma seleção de armas diferentes para cada uma das classes, permitindo que o jogador personalize-as de acordo com suas preferências.
Há também os Specs, que são as especialidades dos soldados. Eles são usados para dar uma leve turbinada nos atributos de seu personagem, oferecendo mais vida, munição e até proteção para os veículos. Para obtê-los, é necessário alcançar determinados níveis. Ou seja, os Specs funcionam como recompensa por todo seu esforço e deixam seu soldado ainda mais poderoso — merecidamente, é claro.
Tudo pela vitória
Vietnam traz quatro modalidades de jogo diferente, todas já existentes em Bad Company 2. São elas: "Conquest", "Rush", "Squad Rush" e "Squad Deathmatch". Quem ainda não teve a chance de conhecer cada uma delas na versão original do game não deve se preocupar.
"Conquest" é o modo clássico que consolidou a série Battlefield. Aqui, o jogador deve dominar vários pontos espalhados pelo mapa, identificados com bandeiras. A equipe que permanecer mais tempo com mais pontos dominados, vence. A disputa pelos objetivos gera conflitos completamente caóticos, que dão o ritmo frenético a Vietnam. Um dos modos mais tradicionais do game e que ainda continua divertido como sempre.
Já em "Rush" as coisas são um pouco diferentes. Temos duas equipes e uma delas deve proteger as centrais de comunicação (identificadas no game como M-Com Stations) enquanto a outro faz de tudo para destruí-las. No início das partidas desse modo, apenas uma pequena parcela do mapa pode ser acessada e os jogadores têm dois pontos objetivos. Conforme a equipe de ataque avança, o mapa vai se abrindo e novos pontos surgem.
É muito bacana notar a progressão da partida, que começa em um espaço pequeno e, no final, atinge proporções gigantescas. Esse é um dos modos mais jogados na internet e sem dúvidas fará você se divertir bastante. O trabalho em equipe é fundamental, seja quando você estiver defendendo ou atacando as bases. Squad Rush funciona de maneira semelhante ao modo supracitado. Entretanto, a modalidade traz equipes divididas também em esquadrões, batalhando para defender ou atacar as M-Com Stations.
Por último, temos o "Squad Deathmatch", que, como o nome sugere, traz uma verdadeira matança. Neste modo, os jogadores são divididos em até quatro esquadrões com quatro soldados cada e o objetivo é simplesmente matar o máximo de inimigos possível. Quem atingir 50 frags primeiro vence.
Sem dúvidas, os modos oferecem bastante diversidade, algo que é ampliado ainda mais graças à variedade de mapas. Até o momento, temos Vantage Point, Hill 137, Cao Son Temple e Phu Bai Valley entre os disponíveis. Mas, em breve, um novo cenário deve aparecer gratuitamente no game, conforme anunciou a Electronic Arts, que espera por 69 milhões de ações em time para liberar o mapa.
No clima da guerra
A atmosfera de Battlefield: Bad Company 2 Vietnam é incrível. Os mapas são muito bem detalhados, com florestas devastadas por napalm e cabanas que parecem ter sido construídas tábua por tábua. Isso sem contar o efeito do sol batendo na tela, que é realmente de ofuscar a vista — no bom sentido, é claro.
O que reforça ainda mais a fidelidade do game com o evento real são as músicas. Quem já jogou o antigo Vietnam deve se lembrar das faixas que tocavam no game, todas dos anos 60 e que tinham tudo a ver com a guerra e a cultura de época. Aqui, as coisas não são diferentes, e você vai ouvir muito Creedence Clearwater Revival e muitas outras bandas.
Além de uma trilha sonora bacana, Vietnam também traz efeitos sonoros que são como a cereja do bolo, prova da capacidade da DICE. Você escuta desde a roupa do jogador batendo nas folhagens até o ruído das granadas no ar. Em alguns momentos, seu personagem até fica surdo, e isso é representado de maneira magistral.
Reprovado
Dependente
Uma das primeiras perguntas que vieram à nossa cabeça quando estávamos jogando Vietnam era a seguinte: Por que não podemos jogar esse jogo sem precisar de Bad Company 2? Você provavelmente deve se lembrar de Battlefield 1943, um remake do clássico BF lançado para PlayStation 3 e Xbox 360 há algum tempo. O game, disponibilizado via download digital, trazia bastante conteúdo, podendo ser comparado facilmente com Vietnam.
Então, por qual razão temos que ter Bad Company 2 se quisermos jogar Vietnam, sendo que a DICE já provou que pode lançar um jogo deste porte de forma isolada? Infelizmente, parece que a Electronic Arts usou Vietnam como um artifício para impulsionar as vendas de Bad Company 2. Uma pena para nós, gamers.
Alguns problemas técnicos
Assim como Bad Company 2, Vietnam também sofre com alguns problemas técnicos. Primeiramente, alguns defeitos na concepção dos mapas podem fazer com que o jogador simplesmente fique preso em determinados locais. Além disso, o game também apresenta alguns problemas ao rastrear as estatísticas do jogador, impedindo que alguns recursos sejam desbloqueados.
Mapas originais
Battlefield: Vietnam trazia dezenas de mapas distintos, com tamanhos e estilos variados. Seria realmente interessante rever esses ambientes na nova versão do game, principalmente com a qualidade gráfica que o jogo apresenta. Quem sabe a EA disponibilize-os como DLC.
Vale a pena?
Battlefield Bad Company 2: Vietnam comprova mais uma vez a capacidade da DICE em criar belos exemplos de uma experiência multiplayer. Mesmo utilizando os mesmos modos de Bad Company 2, a expansão consegue criar uma experiência diferente, graças às limitações do arsenal da época.
Vietnam foca nos combates de curta distância, diferente da versão original, no qual as lunetas e armas de alta precisão impediam que isso acontecesse. Além disso, o título introduz uma nova arma: o lança-chamas. Temos também quatro mapas (com mais um chegando em breve) e uma atmosfera exemplar.
Uma jogada de mestre e que não deve deixar de ser conferida por quem é fã dos jogos de guerra.