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quarta-feira, 5 de maio de 2010

O E3 está chegando!Não vejo a hora!

A E3 vem aí. O que será que vai rolar por lá?
Finalzinho de abril. Sabe o que isso significa? Que daqui a pouco teremos que começar a usar casacos, mas também que a E3 2010 está a menos de dois meses de distância! E, como bem se sabe, esse é um dos maiores eventos do ano para a indústria de jogos eletrônicos. Inúmeros desenvolvedores, distribuidores e demais envolvidos no meio usam a feira para revelar as novidades mais bombásticas dos video games.
Vale lembrar que em 2007 e 2008 o evento havia sido modificado e reestruturado, atendendo apenas os profissionais da indústria de games, sendo o acesso restrito às pessoas que foram convidadas pelos organizadores. A mudança foi um fracasso e, em 2009, foi decidido que o formato original seria retomado. Uma decisão excelente, visto que a E3 2009 foi um sucesso e levou a glória de volta à feira.
Consequentemente, o Baixaki Jogos, como todo bom fã de games que se preze, começa a especular sobre o que aguarda o público do evento, e quais os impactos das revelações que lá ocorrerão no restante do mercado — e, principalmente, na nossa diversão. Ou seja, resolvemos elaborar uma compilação dos rumores que estão circulando sobre os diferentes projetos que podem ser expostos na E3, além de colocar uma pequena apreciação da probabilidade que consideramos que cada um tem de aparecer.
Para ter uma ideia do tipo de anúncio que ocorre durante a Electronic Entertainment Exposition (vulga E3), aqui estão alguns dos mais importantes da edição passada:
E3 2009:
Project Natal, Halo: Reach (Microsoft)
PlayStation Move, PSPgo (Sony)
New Super Mario Bros. Wii, Super Mario Galaxy 2 (Nintendo)
Como podemos ver, notícias que por si só geram semanas (e, em alguns casos) meses de discussão após o anúncio, e que em casos ainda mais específicos (como o Project Natal e o PlayStation Move), mudam completamente a maneira de jogar video games em determinadas plataformas. Ou seja, os dias 15, 16 e 17 de junho serão alguns dos mais importantes do ano para todos aqueles que gostam de games.
 

Geral

Independentemente da plataforma


 
Algumas das especulações dizem respeito aos jogos como um todo, e não somente a um ou outro console. Esses são os rumores que se encontram na lista abaixo. Poucos, em relação àqueles específicos de empresas, mas geralmente significativos o suficiente para impactarem a todos.
Jogabilidade 3D - Provável
Já existem alguns títulos, como Trackmania Forever, que utilizam a tecnologia. No entanto, espera-se que, após o enorme sucesso de Avatar, as melhorias sejam imensas e que vários outros games ganhem algum tipo de interação com a terceira dimensão. Nas opiniões de alguns, 2010 será o ano em que essa tecnologia irá explodir nos cinemas e consequentemente terá impacto nos games.
A dúvida é se a E3 será o momento de anunciar suporte a isso. Nos computadores a Nvidia já proporciona a experiência a muitos usuários, mas nos consoles isso ainda é inexistente — o que deve mudar em breve, já que a própria Sony planeja lançar em pouco tempo uma atualização ao firmware do PlayStation 3 para adicionar suporte a 3D na plataforma.
Considerando as capacidades atuais dos diferentes consoles, o PS3 e o X360 são os mais prováveis para um eventual lançamento pioneiro de jogos desse tipo. No entanto, a própria Nintendo afirmou que lançará um console portátil 3D que não necessitará de óculos especiais para utilização. A Sony, por sua vez, lançará ainda esse ano TVs com suporte à tecnologia. Ou seja, tudo indica que veremos, ao menos, alguns indícios de projetos nesse sentido durante a E3.
Nova geração de consoles – Improvável
Alguns acreditam piamente, mas esse rumor é extremamente frágil. Não existe razão para o lançamento de um console de próxima geração atualmente, visto que o Wii ainda vende muito bem e o PS3 subiu em popularidade imensamente no ano de 2009. O Xbox 360 também continua firme no ocidente, o que praticamente descarta a possibilidade do lançamento de uma nova plataforma.
PlayStation 4, Xbox 720, os nomes lançados aos ventos são inúmeros, mas nenhum deles traz nada de concreto. E, ao que tudo indica, permanecerão como sonhos na mente daqueles que gostariam de ver consoles mais potentes em suas casas.
 

Nintendo

A líder de vendas

 
A Nintendo não tem mostrado muita coisa impactante desde o lançamento do Wii, ao menos em termos de tecnologia e hardware. Os softwares também têm declinado, com alguns poucos títulos como New Super Mario Bros. Wii erguendo a moral do console da empresa. Alguns até esperam que a dona de Mario desaponte mais uma vez... Será?
Novo Zelda – Provável
Já vimos arte conceitual dele, e de acordo com algumas declarações de funcionários da Nintendo é possível que vejamos algo sobre o título durante a E3 deste ano. Afinal de contas, a série sempre foi um enorme sucesso, independente do console em que apareceu, e é algo que inúmeros fãs aguardam há um bom tempo.
O próprio Miyamoto já disse que veríamos o Zelda Wii em 2010, então é apenas uma questão de tempo. E existe momento melhor para anunciar isso do que a E3? O game seria, sem dúvida alguma, um dos acontecimentos de software mais bombásticos da feira, e geraria comentários suficientes para manter uma expectativa até um eventual lançamento mesmo no final do ano.
Wii HD – Quem sabe?
Os principais defensores da teoria pensam que isto virá na forma de um Wii Two, ou Wii HD, ou uma variante qualquer do console da Nintendo. No entanto, vários funcionários da empresa já negaram coisas desse tipo e, a menos que estejamos todos sendo muito bem enganados e que a companhia tenha conseguido manter sigilo absoluto até agora, é pouco provável que vejamos um novo Wii até junho.
Mesmo assim, seria algo extremamente positivo para conquistar os detratores do console e aficionados por qualidade de imagem que vêem a resolução inferior do Wii como um grande empecilho para a aquisição do console. A Nintendo, indubitavelmente, já conquistou o mercado casual. Será que isso a faria reconquistar os jogadores hardcore?
Nintendo 3DS – Provável
Se a Nintendo pretende expor ao mundo o hardware de seu console com suporte a três dimensões, a E3 é a hora. Todos os olhos estarão voltados ao evento e o fato de não necessitar de óculos especiais certamente atrairá a atenção de todos.
O melhor de tudo é que, caso a concorrência veja que isso é possível, viável e de qualidade, é capaz de começarem a correr atrás de algo parecido — o que pode vir a ser extremamente benéfico para os consumidores. Afinal de contas, aqueles óculos são simplesmente desagradáveis, e poder deixá-los de lado faria muitas pessoas felizes.
 

Sony

Aproveitando o bom momento


 
O crescimento do sucesso de seus consoles certamente ajudou a empresa no ano passado. O lançamento de grandes títulos de sucesso estrondoso certamente foi responsável por parte desse bom desempenho, já que God of War 3, Heavy Rain, Uncharted 2 e vários outros possuíam uma expectativa considerável em torno de si.
PlayStation Move – Provável
O primeiro da lista, obviamente, pois é inegável que a Sony demonstrará mais do potencial do acessório. É bem possível que vejamos games mais elaborados utilizando o sensor de movimento e que alguns títulos de maior renome anunciem a adoção do sistema para alguns de seus aspectos — e não somente os tradicionais jogos desenvolvidos apenas para o Move.
A competição será, certamente, com uma demonstração do Project Natal da Microsoft. Assim como no ano passado, o embate entre as duas tecnologias será um dos pontos centrais da conferência, já que muito se discute a respeito da viabilidade dos controles em jogos tradicionais. Seja como for, o conflito promete!
PlayStation Network Premium – Improvável
Isso nos parece algo de gente com dinheiro e tempo sobrando. Afinal de contas, não existe nada tão exclusivo para justificar a adição de uma tarifa a partes do serviço da Sony, a menos que esteja dando um prejuízo tremendo — e que a empresa esteja escondendo esse fato.
Algumas das características de tal serviço seriam servidores exclusivos a tais usuários, maior variedade de avatares, competições, sistema expandido de troféus e uma maior quantidade de características disponíveis na Home. Como nada disso é remotamente atraente para boa parte dos usuários, achamos difícil que isso aconteça.
Além do mais, isso em nada se parece com anúncios feitos na E3. Algo como uma mensalidade ou anuidade para redes online é sempre recebido de forma negativa por boa parte do público, e as revelações feitas na E3 geralmente são as que possuem amplo apelo junto ao mercado. Ou seja, isso pode até acontecer no futuro, mas é extremamente improvável que ocorra durante a feira.
Novo portátil – Quem sabe?
O mercado de consoles portáteis é um que parece receber bem variantes — basta olhar ao PSP, PSPgo, DS, DSi, DSi XL. E se a Nintendo realmente vai lançar um com suporte a 3D, a Sony provavelmente não irá querer ficar para trás e tentará alguma coisa com os seus produtos.
Muitos apostam em um PSP2, com maior integração junto à plataforma caseira, junto à PSN, gráficos melhores e possuir um drive UMD ao mesmo tempo em que aproveita as inovações de design do PSPgo. Isso também nos parece algo que certas pessoas desejam por fundir a funcionalidade dos dois modelos de portátil de Sony com um poder de processamento ainda maior. Mas com a Nintendo puxando sua carta da manga, quem sabe a Sony não responde...
 

Microsoft

Buscando o público casual

 
Project Natal – Provável
Também em primeiro da lista, o acessório será demonstrado, sem dúvida alguma. Da mesma forma que o Move da Sony, a apresentação provavelmente expandirá os horizontes do que já vimos ser feito com ele, de forma a consolidá-lo perante os críticos e convencer o público de que é uma forma viável de jogar e transformar o console em um centro de mídia ainda mais interativo.
Anúncios de jogos mais expressivos que incorporam o acessório também devem aparecer, um dos mais notáveis sendo provavelmente Fable III, visto que Molyneux já deu algumas indicações da utilização do Natal no título. Fora isso, o objetivo é mais aquecer a expectativa em torno do produto para seu lançamento no segundo semestre.
X360 Slim – Quem sabe?
É difícil dizer com certidão se é possível realizar tal feito sem prestigiar o retorno das 3RL, mas muitos acreditam que uma versão mais esguia da plataforma está a caminho. Ao contrário do PlayStation 3, no qual a fonte poderia ser trazida para fora de forma a reduzir as dimensões do aparelho, no Xbox a redução — caso ocorra — será pouco significativa.
O interesse de alguns é que alguma possível modificação nesse sentido seja acompanhada da integração do console com o Project Natal, em um pacote só. Seja como for, a probabilidade de algo nesse sentido não nos parece ser das mais altas, embora não seja impossível.
Gears of War 3 Provável
Uma das mais fortes franquias do console, que deve ter mais detalhes a seu respeito revelados durante a E3. Afinal de contas, quem não quer saber como termina a trama? Difícil ganharmos uma data de lançamento precisa, mas poderemos saber mais e ter uma ideia de como anda o trabalho realizado por Bleszinski.

Softwares

Nem todas as empresas produzem consoles

No quesito games, é difícil prever exatamente o que pode acontecer. Podemos ver de tudo, desde os já confirmados, como Metal Gear Rising, até as loucuras mais insanas, como um (certamente inexistente) God of War 4, passando por outros inúmeros: inFamous 2, Halo: Reach, Resistance 3, talvez um outro game da Bungie que não seja da franquia Halo...
Embora o mais legal da festa não seja esperar por ela, não importa o que digam nossos pais, é divertido especular sobre as possibilidades que podem alterar radicalmente nossa forma de ver os games. Então não hesite a compartilhar conosco o que você gostaria de ver na feira, ou mesmo o que acha que vai aparecer por lá!

Dia do Livro!

No dia mundial do livro eu sugiro alguns... Jogos!
Para quem não saber, o dia 23 de abril é o Dia Mundial do Livro — organizado pela UNESCO para promover o prazer da leitura. A data foi escolhida por coincidir com o aniversário da morte de Miguel de Cervantes (Don Quixote) e William Shakespeare (Hamlet), entre outros.
Aproveitando a deixa e o lançamento recentes de jogos como Dante's Inferno e Alice no País das Maravilhas — recém adaptada para o cinema e video games—, o 
eu sugiro outras grandes obras da literatura mundial que poderiam aparecer nos consoles.
A ideia não é nova, vários desenvolvedores já tiraram inspiração dos livros para criar novos jogos. Um exemplo é a franquia Xenosaga, baseada nas obras do filósofo alemão Nietzsche — que também inspirou outro jogo, Too Human.
Além destes, também podemos observar as várias adaptações de Don Quixote e a série de jogos inspirados nas obras de Agatha Christie, bem como a presença recorrente de personagens clássicos da literatura como Sherlock Holmes, Zorro e tantos outros. 
Confira aqui cinco sugestões de grandes clássicos da literatura mundial que ainda não apareceram nos video games, mas que renderiam títulos memoráveis. Se o seu livro de cabeceira não está na lista sugira-o nos comentários e apresente a obra para outros jogadores/leitores.
 

Ilíada e Odisseia

Poeticamente épicos


Por definição as epopeias são matéria prima rica para a produção de jogos de video game, haja vista que se tratam, na sua maior parte, de narrativas lendárias ou mitológicas. Entre as primeiras obras do gênero e da própria literatura mundial estão a Ilíada e a Odisseia — ambas atribuídas ao lendário poeta épico grego, Homero.
As duas obras são consideradas as mais antigas da literatura ocidental, datando do século oito antes de Cristo. Primeiro temos a Guerra de Troia (Ilíada) e depois a longa jornada de um de seus heróis de volta para a casa (Odisseia).
Muda o 

nome dele para Aquiles e o jogo está pronto!Em Ilíada, gregos e troianos travam uma guerra que se prolonga por dez anos, tudo isso porque a mulher mais bela do mundo, Helena (filha dos deuses Zeus e Nêmesis), é “raptada” pelo príncipe de Troia, Páris, despertando assim a fúria do seu marido, Menelau (o rei de Esparta). 
Aquiles, Odisseu, Ajax e outros grandes nomes se reúnem em prol da causa grega, apesar dos constantes atritos entre Aquiles e o rei Agamenon (irmão de Menelau e líder dos gregos).
Em meio a combates brutais os heróis clamam pela intervenção dos deuses que intercedem nas batalhas estendendo o conflito por dez anos.
Após uma década de embate a guerra finalmente chega ao fim, com a dizimação de Troia. Os sobreviventes partem para casa e entre eles está Odisseu — protegido de Atena, rei de Ítaca e grande estrategista. Todavia, sua arrogância e os caprichos dos deuses (notadamente Poseidon) acabam alterando o curso da sua jornada, levando-o ao encontro de gigantes, monstros marinhos, bruxas e outras agruras.
Como ficaria:
God of War é um exemplo bem próximo. A saga de vingança de Kratos serviria de base para a adaptação dos poemas homéricos, ou seja, um jogo com muita ação, monstros e mulheres seminuas. O título poderia adicionar alguns elementos de exploração de cenário, ou quem sabe um mundo aberto — especialmente na jornada de Odisseu — aumenta a imersão e conteúdo.
 

Guerra e Paz

RTS e RPG em um jogo histórico

Escrito por Leon Tolstói, Guerra e Paz é uma das maiores (e mais volumosas) obras da literatura mundial. O livro utiliza a história da Rússia, quando das guerras napoleônicas, como pano de fundo para discutir várias questões como a perda do livre-arbítrio, servidão, sociedades secretas e o próprio significado da guerra. Adoro aquele 
clima frio

 de Moscou!
A trama segue cinco famílias da aristocracia russa — Bezukhovs, Bolkonskys, Rostovs, Kuragins e Drubetskoys — durante a Era Napoleônica, mostrando os impactos da guerra na sociedade czarista. 
Como ficaria:
A riqueza e realismo dos detalhes presentes no texto serviriam de base perfeita para um jogo cuja jogabilidade misturasse elementos de RTS com RPG.
Além disso, cada uma das cinco famílias apresenta histórias intrincadas, com uma série de personagens secundários e objetivos escusos — material fértil para um bom RPG, no qual os diálogos e inclinações morais determinariam o curso da trama.
Enquanto isso, os elementos de estratégia em tempo real (RTS) transporiam com precisão todo elemento tático das Guerras Napoleônicas — Guerra da Terceira Coalizão (1805), a Paz de Tilsit (1807) e a Campanha da Rússia (1812).
 

Neuromancer

Entre na Matrix!

 
O primeiro e mais célebre livro de William Gibson ajudou a definir a cibercultura contemporânea, além de abrir as portas para o movimento cyberpunk. Neuromancer, escrito em 1984, introduziu novos conceitos para a época, como as inteligências artificiais avançadas e um espaço virtual comum — um misto de internet e realidade, algo como a apresentada na trilogia Matrix.
Quando você
 é mais máquina do que homem, você ainda é humano?A trama gira em torno de um hacker fracassado que é contratado para executar o maior hack de todos os tempos. Tudo começa quando Case, um ex-hacker (ou cowboy, como são chamados os hackers em Neuromancer), é envenenado por seus antigos empregadores — após descobrirem que ele estava os roubando —, danificando assim o seu sistema neural e impossibilitando-o de se conectar à Matrix.
Drogado, sem dinheiro e sem esperança de cura, Case é abordado por Molly Millions, uma "samurai urbana" aprimorada tecnologicamente que representa os interesses de Armitage, um homem misterioso que oferece curar Case em troca de seus serviços como hacker.
Como ficaria:
Deus Ex é um dos nomes que vem a mente, temas como sociedade pós-moderna, cybercultura e transhumanismo são apelas alguns dos elementos comuns aos dois.
Assim fica fácil pensar em uma forma de trazer a obra seminal de William Gibson para os video games. Adiciona-se ainda alguns elementos de Shadowrun — clássico do Super Nintendo inspirado no sistema de RPG homônimo derivado do universo proposto por Neuromancer — e temos um jogo realmente envolvente.
 

Crime e Castigo

Drama interativo

 
Considerada a melhor obra de Fyodor Dostoevsky, Crime e Castigo, foca a “ação” na angustia mental do protagonista, Rodion Romanovich Raskolnikov — um homem que tenta justificar moralmente o assassinato de uma mulher enquanto lida com a perseguição de um obstinado investigador da polícia.
"Me livro da veia chata e ainda faturo uma grana,

 não tem erro!"A obra é marcada pelo simbolismo e tateia inúmeros temas relevantes até hoje, como os perigos do utilitarismo e racionalismo filosófico radical, além de propor uma profunda análise ontológica.
Rodion Raskolnikov é um ex-estudante com sérios problemas financeiros, e alguns distúrbios mentais. Para resolver sua inconfortável situação, ele concebe um plano para matar e roubar a inescrupulosa, Alyona Ivanovna — espécie de agiota que penhora bens. As coisas não vão como planejadas e ele acaba matando Ivanovna e sua meia-irmã, Lizaveta — que apareceu inesperadamente na cena do crime.
Depois disso, Rodion entra em crise e passa a questionar seus motivos. Enquanto isso, o investigador, Porfiry, começa a seguir a trilha que inevitavelmente o levará até Rodion. Paralelamente, o ex-estudante transformado em assassino, estabelece relações com outros personagens que por sua vez colocarão em cheque a sua fibra moral.
Como ficaria:
Assassinato, investigação, prostitutas... Não estamos falando de Heavy Rain, mas os paralelos indicam o caminho da adaptação de Crime e Castigo para os video games. O jogo da Quantic Dreams mostrou que um drama interativo pode funcionar muito bem como um jogo e com tantos elementos psicológicos presentes na obra de Dostoevsky, fica difícil pensar em um estilo diferente para a sua versão virtual.
 

Macunaíma

O herói do Brasil!

 
A obra modernista de Mário de Andrade mistura critica social com comicidade. Ao criticar o romantismo da academia brasileira o autor propõe uma rapsódia tipicamente brasileira, a começar pelo protagonista, Macunaíma — um homem duplamente preguiçoso. Mais loco que os 
jogos japoneses.
A estrutura inovadora, de narrativa atemporal e desprovida de qualquer ordem espacial mistura elementos surrealistas — com aspectos ilógicos e fantásticos — com críticas à miscigenação étnica, religiosa e a linguagem brasileira.
Nascido às margens do Uraricoera (no meio da Amazônia), Macunaíma — o herói nossa gente — é preguiçoso por natureza, todavia está sempre metido em alguma encrenca. Das suas desventuras amorosas com Sofará (sua cunhada) até a incrível jornada em busca de seu muiraquitã (amuleto) perdido, passando pelos inúmeros encontros com monstros e outras entidades do panteão indígena brasileiro.
Como ficaria:
É difícil conceber Macunaíma em um jogo que não fosse de aventura, talvez com um mundo aberto. As constantes metamorfoses do protagonista — homem, peixe, pato, branco, preto, índio... — e seus encontros aleatórios com divindades, monstros e personagens absurdos certamente renderiam uma jogabilidade variada e divertida. Pense num GTA “modernista tupiniquim”; saem os criminosos entram os “curupiras”, “capeis” e afins.

Apostas de Games 2010!

Vale a pena gastar alguns tostões em 2010? Sim, vale!
Alguns motivos 
para gastar os seus tostões em 2010É bem verdade que 2010 é associado principalmente com novidades tecnológicas. Quer dizer, até o final do ano, provavelmente as apostas para controles interativos, tanto da Microsoft quanto da Sony, já serão mais que demonstrações, promessas e discursos inflamados. Por outro lado, um pouco mais distante dos games, o iPad ainda tem deixado as pessoas com misto de espanto, confusão e expectativa (afinal, o que realmente há na cartola de Steve Jobs?).
Mas, ei!, ainda será um ano de ótimos títulos, certo? Pensando nisso, o Baixaki Jogos resolveu atualizar a lista dos “mais esperados” de 2010. Quer dizer, entre promessas recentes (Fable III) e expectativas já confirmadas (Splinter Cell: Conviction), certamente ainda devem aparecer motivos para se quebrar o cofrinho até o final do ano. Então, vamos a eles.

Red Dead Redemption

Data prevista para o lançamento: 18 de maio de 2010.
Do que se trata: Red Dead Redemption é uma mistura aparentemente bem sucedida entre jogabilidade “sandbox” e velho oeste da Rockstar. A trama se desenrola em 1908, e foca as desventuras do ex-fora-da-lei John Marston, que agora se vê obrigado pelo governo a ajudar na caçada à sua antiga gangue.
Por que vale a pena: o simples fato de a Rockstar anunciar algo já é motivo suficiente para que, pelo menos, se preste atenção. Até porque, talvez o maior chamariz aqui seja a aplicação da consagrada fórmula de GTA em um contexto western, algo absolutamente sem precedentes e — pelo que mostram os vídeos — com um grande potencial. Então, guarde aí seus trocados... e vá assistindo a algum western spaghetti para se ambientar.


Prince of Persia: The Forgotten Sands

Data prevista para o lançamento: 18 de maio de 2010.
Do que se trata: com The Forgotten Sands, a Ubisoft resolveu devolver o malfadado “Príncipe-sem-nome” ao arco de histórias que compunha a trilogia original de Sands of Time — uma prova do sucesso controverso do título de 2008? Quem sabe... Conforme justifica o designer das fases do jogo, Michael McIntyre, “obviamente, coisas realmente ruins aconteceram a ele desde que se tornou o príncipe que ele é em Warrior Within, e essa é a chance de explorar um pouco disso”. Enfim, é hora de descobrir que “coisas ruins” são essas.
Por que vale a pena: embora o título de 2008 não tenha reerguido a franquia da forma que a Ubisoft realmente gostaria — em parte por algumas mecânicas de jogo um tanto equivocadas —, isso certamente não é suficiente para derrubar uma franquia consagrada como Prince of Persia no ostracismo. E, bem, se a Ubisoft percebeu os próprios deslizes, por que não manter a esperança?
Juntar os cacos e reinventar é sempre uma boa pedida...

Fallout: New Vegas

Data prevista para o lançamento: terceiro trimestre de 2010.
Do que se trata: não, Fallout: New Vegas não é uma expansão, nem mesmo uma sequência direta do glamouroso Fallout 3. Trata-se, sim, de um título completamente novo, que vai devolvê-lo à atmosfera pós-apocalíptica do seu antecessor. Entretanto, a decadente Washington DC dá lugar à bem menos devastada Las Vegas, onde as mutações foram bem menos severas — já que o local não se encontrava no epicentro do cataclismo nuclear.
Por que vale a pena: Fallout 3 surpreendeu pela leitura complexa e envolvente de uma realidade pós-apocalíptica. New Vegas deve trazer novamente os elementos que atraíram os holofotes para o título da Bethesda, acrescentando ainda novas mecânicas para dar ordens aos seus parceiros in-game e, atendendo a pedidos, uma dificuldade mais acentuada. A mudança de ambientes é também um bom indício de que a Bethesda continua querendo inovar.

Fable 3

Data prevista para o lançamento: quarto trimestre de 2010.
Do que se trata: O fundador da Lionhead Studios, Peter Molyneaux, foi bastante claro quanto ao motivo da mudança de direção da sua celebrada franquia: “o mercado de RPG está limitado a jogadores hardcore”. Resumidamente, Fable 3, continuação do controverso, rico e cômico Fable 2, deve ser simplificado e intuitivo ao máximo, porém sem ofender a inteligência do jogador. O herói genérico do jogo agora deixará os assuntos mais banais do cotidiano para embarcar em uma corrida pela coroa.
Por que vale a pena: Fable 3 deve abocanhar em cheio as tendências atuais da indústria de games. Os rumores não são nada prosaicos: suporte ao Project Natal, além de possíveis funcionalidades conjuntas com o Twitter. Isso sem contar que a política agora deve figurar entre as suas aptidões. Como um rei, você terá que considerar fatores como impostos, quando entrar em uma guerra, e controlar, de maneira geral, as insatisfações do povo.
Um rei amparado pelo 
Project Natal e pelo Twitter!

Halo: Reach

Data prevista para o lançamento: terceiro trimestre de 2010.
Do que se trata: Reach — quarto título da celebrada franquia da Bungie — aborda o principal planeta colonizado pelos humanos. Um bombardeio dos Covenant (a raça inimiga) surpreende os habitantes do local onde foi realizado o treinamento de uma das figuras mais importantes da franquia: Master Chief, o líder dos soldados Spartan. A história deve discutir algumas questões frequentemente debatidas pelos fãs da série.
Por que vale a pena: se o Mega Drive tinha o Sonic, o Xbox — desde a sua primeira versão — tem Halo. Reach, assim como seus antecessores, deve ser fortemente orientado para os modos multiplayer, embora a campanha não seja menos digna de nota. Entram agora em cena novas camuflagens, a possibilidade de se manter suas preferências para cada nova partida, e diversas novas habilidades. O título deve trazer ainda um novo modo multiplayer exclusivo.

Dead Rising 2

Data prevista para o lançamento: 31 de agosto de 2010.
Do que se trata: assim como no primeiro título, você vai encarnar um dos parcos sobreviventes de uma infestação de zumbis. A diferença é que você não será mais um fotojornalista, mas sim um sujeito metido a machão que é fã de motocicletas — alguém imaginaria um arquétipo mais perfeito para Dead Rising? O shopping de Dead Rising também sai de cena, entrando em seu lugar os inconfundíveis cassinos de Las Vegas.
Por que vale a pena: como tornar uma proposta absurda e divertida ainda mais eficiente? Bem, essa é a resposta que a Capcom pretende encontrar em Dead Rising 2, sequência do viciante morticínio de zumbis “nonsense”, Dead Rising. Mas a novidade mais chamativa até o momento é sem dúvida a adição de um modo cooperativo — sem qualquer explicação para a entrada de outro personagem na história, o que combina bem com o clima “nonsense” do jogo da Capcom.

Splatterhouse

Data prevista para o lançamento: terceiro trimestre de 2010.
Do que se trata: Splatterhouse conta a história do estudante Rick Taylor que tenta salvar sua namorada (Jennifer) que desaparece no interior de uma misteriosa mansão. Rick é então confrontado por toda sorte de criaturas bizarras e/ou assustadoras que provavelmente o teriam matado, não fosse o aparecimento de uma estranha máscara que dá ao desesperado herói vários poderes místicos, transformando-o em um “Juggernaut (algo como “força destruidora”) de pura violência e destruição”. A trama foi originalmente criada pelo escritor de quadrinhos Gordon Rennie.
Por que vale a pena: a expectativa aqui é mais por questões de nostalgia. Splatterhouse é quase um precursor dos jogos de horror. Em uma época em que violência e horror não eram exatamente recorrentes no mundo dos games, Splatterhouse apareceu com uma fórmula bastante ousada, colocando na tela dos consoles da época muito sangue e violência extrema (talvez um pouco menos extrema graças à baixa qualidade gráfica dos jogos da época). Tratava-se de um jogo nitidamente inspirado no clássico horror “trash”, muito popular nos anos 70 e 80.
Diretamente dos anos 
90...

Medal of Honor

Data prevista para o lançamento: terceiro trimestre de 2010.
Do que se trata: Medal of Honor é mais uma edição da aclamada franquia homônima de jogos de tiro em primeira pessoa, concebida pelo diretor de cinema Steven Spielberg (depois de ter dirigido o filme “O Resgate do Soldado Ryan”). Você assume o papel de um Tier 1 Operator, soldados descritos como os mais disciplinado, deliberados e preparados para o campo de batalha.
Por que vale a pena: depois perder terreno para Call of Duty, a franquia tenta agora uma ambientação inteiramente nova — finalmente deixando a Segunda Guerra Mundial. A série também deve rumar agora para uma abordagem mais realista.
Hora de recuperar o 
espaço perdido

 

Super Mario Galaxy 2

Data prevista para o lançamento: 23 de maio de 2010.
Do que se trata: Super Mario Galaxy 2 é a continuação da popular franquia de jogos de plataforma, exclusivo para o Nintendo Wii, que leva a maior estrela pop dos videogames, Mario, a se aventurar no espaço sideral. Desta vez, a princesa foi capturada por alienígenas, portanto o encanador terá de explorar toda a galáxia para salvá-la.
Por que vale a pena: O segundo título 3D de Mario para o Nintendo Wii, Galaxy 2 veio para expandir a experiência de jogo revolucionária apresentada no título original. Transportando o personagem para um mundo onde o vácuo e a gravidade interferem no modo de jogar, o título aumenta a eficiência (e a pertinência, diga-se de passagem) dos controles WiiMote e Nunchuk, Super Mario Galaxy 2 permite que você salte entre astros, ande de ponta-cabeça nos corpos celestes, etc.

DLC's-Outra História!

DLCs: meros pacotes de extras ou verdadeiras extensões dos games?
Você está jogando um game de tiros contextualizado em uma determinada época e espera ansiosamente para colocar as mãos em uma arma específica. Só que essa arma nunca aparece. Motivo? Simples: ela não foi programada pelos desenvolvedores e não consta no jogo.
Com isso, vem a decepção... Mas sempre existe a chance de enviar emails à empresa responsável ou comentar sobre o infortúnio nos fóruns oficiais do título em questão. E, quanto maior o número de pessoas que reclamam a respeito de um problema comum, maior o impacto.
Atualmente, o "feedback" dos jogadores é muito mais valorizado, pois há maneiras de consertar certos problemas mesmo depois do lançamento de um jogo completo. O assunto, aqui, não é pacotes de correções (patches), mas sim os conjuntos de extras que muitas vezes satisfazem os desejos mais íntimos de alguns jogadores com relação a determinados games.

DLC

A famosa sigla dos extras


DLC é um termo bastante expressivo quando o assunto é disponibilização de conteúdos adicionais através de uma rede online. A sigla significa Downloadable Content — conteúdo "downloadeável" — e ilustra os pacotes de extras que são liberados para os jogadores apenas pelas redes online dos consoles e dos computadores. Há casos, é claro, nos quais os DLCs também são agrupados com o título original e distribuídos na forma de discos físicos, como ocorre em Resident Evil 5: Gold Edition.
Vale lembrar que canais de distribuição via internet estão ficando cada vez mais ratificados como os meios mais acessíveis de compra não só de DLCs, mas de jogos completos, filmes e outros conteúdos. É difícil negar que o "entretenimento digital" está evoluindo de uma forma assustadora. Por isso que a maneira ideal de liberar extras de um jogo é através da web.
Em certos casos, os conjuntos de conteúdos adicionais chegam a apresentar tamanhos tão absurdos que são considerados por várias pessoas como verdadeiros pacotes de expansão. Quer um exemplo? Que tal The Taxidermist, de Heavy Rain? Trata-se, na realidade, de uma expansão disponibilizada como um DLC, pois apresenta muitas novidades e cobre um capítulo da Heavy Rain Chronicles. Mesmo curta (cerca de 20 minutos), essa trama conta com cinco finais diferentes.
Muitas companhias fazem questão de "cortar" partes do jogo final para liberá-las em tempos futuros na forma de DLCs. Até mesmo jogos que não costumam receber extras são abalroados pelos críticos. God of War 3 foi recentemente discutido pela mídia nesse sentido, pois o produtor Steve Caterson afirmou que os desenvolvedores da terceira saga de Kratos cortaram o epílogo do game existe a possibilidade de que nós o conheçamos em breve.
Mantendo o charme
É crucial que os DLCs apresentem uma ligação íntima com o game original. Por mais diversas que sejam as novidades apresentadas, não pode haver nenhuma sombra de dúvidas quanto à ligação dos extras com a fórmula inicial. É extremamente chato gastar dinheiro com conteúdos adicionais que não têm nada a ver com o jogo supostamente relacionado a eles.
Pior ainda é queimar grana — virtualmente, no caso — com bônus que não adicionam quase nada à experiência. Ao fazer a compra de um DLC, o gamer deve sempre estar ciente dos conteúdos do pacote para não se decepcionar com os novos itens, seja em quantidade ou em, digamos, "intensidade". Por menores que sejam os gastos, são gastos.
Quando o gasto vira um "investimento", é uma beleza conferir as novidades criadas pelos desenvolvedores. É o caso de Episodes of Liberty City, um título que agrupa dois DLCs (The Lost and Damned e The Ballad of Gay Tony) e pode ser jogado separadamente de Grand Theft Auto IV. US$ 39,99 (aproximadamente R$ 69,32 na taxa de câmbio atual) a menos no bolso, mas muita diversão pela frente.

Por outro lado...

Investimento lucrativo ou não?


De uma perspectiva menos consumidora, a história muda. Observando os DLCs pelo lado das desenvolvedoras e distribuidoras, há muitos fatores que devem ser considerados. Será que realmente vale a pena oferecer novos itens, modos de jogo, extras em geral para os fãs de um game? A relação custo/benefício, certas vezes, não compensa.
Tudo bem que, como mencionado acima, há ocasiões em que os extras já estão prontos, pois não passam de seções cortadas do game original. Criar novidades? Sem problemas. Agora, encaixá-las perfeitamente no contexto do jogo sem criar novos problemas não é uma tarefa fácil. Bugs diversos sempre consistiram em um dos principais inimigos das desenvolvedoras, não é mesmo?
Quando o assunto é uma série um game de peso ("blockbuster"), fica mais fácil divulgar extras atraentes e convidar os fãs a conhecerem as novidades. Apenas alguns itens ou novos modos de jogo desafiadores? Tanto faz, pois o sucesso do título original já foi estabelecido anteriormente e não é preciso depender de DLCs para fazer uma maior divulgação do nome.
Nomes de sucesso prolongado
Guitar Hero, Rock Band... Franquias musicais normalmente oferecem extras — normalmente na forma de novas faixas de artistas famosos — por muito tempo. Semanalmente, o pessoal da Harmonix oferece desafios diversificados na forma de músicas variadas para quem já dominou praticamente todas as trilhas originais dos jogos rítmicos.
A dupla Mass Effect 2 e Cerberus Network também é um ótimo exemplo. O código de acesso à Cerberus Network vem junto com a cópia do game — digital ou física — e, uma vez que o jogador registra o número dentro do jogo, atualizações aparecem gratuitamente para os gamers. Interessante, não?
Enquanto isso, Kasumi's Stolen Memory custa 560 Microsoft Points (560 BioWare Points no PC), o conjunto Alternate Appearance Pack custa 160 Microsoft Points (160 BioWare Points no PC) e os pacotes Squad Picture Pack 1 e 2 (exclusivos para Xbox 360) custam 80 Microsoft Points cada um. Se você procura novidades sobre o segundo Mass Effect, faça sua escolha.
Curiosamente, Cross Edge é um título que não foi tão bem recebido pelos críticos e por boa parte dos fãs de RPG, mas a quantidade de itens adicionais é impressionante. Diversos pacotes de itens (custando US$ 3 — cerca de R$ 5,20 — cada um) podem ser adquiridos por aqueles que aprovaram o trabalho da NIS America. Dá para entender?
Uma vez que as ideias a respeito de recursos extras para um jogo famoso comecem a crescer "descontroladamente", surge uma nova possibilidade: mais um jogo. Só que, nesse caso, os desenvolvedores devem saber como trabalhar as ideias de uma maneira única com o propósito de diferenciar satisfatoriamente o novo título do(s) outro(s) da série.

Em geral, bem-vindos

Sempre opcionais, felizmente


Ratificando: é fundamental que as empresas saibam caprichar tanto na qualidade dos extras quanto nos preços de distribuição dos pacotes. Poucos itens e nenhuma adição significativa? Então preços baixos, por favor. Mas se surgem novos modos de jogo ou extras que realmente adicionem desafios surpreendentes à fórmula já conhecida, o valor financeiro aumenta.
De qualquer maneira, a palavra diz tudo: extra. Portanto, não é necessário se estressar e correr atrás dos DLCs para obter diversão. Basta adquirir o jogo original, que, em teoria, é o suficiente. Só que, retomando o pensamento inicial, é importante buscar conteúdos adicionais se você sentiu falta de "alguma coisa" durante a experiência. Um pequeno aviso: mesmo em DLCs já liberados, há a chance de que os desenvolvedores não tenham disponibilizado a "coisa" da qual você sentiu falta.
Os extras estão cada vez mais amplos e atraentes, conforme mostram as últimas notícias sobre games. Assim, as companhias acabam atiçando as pessoas, sendo que o jogador que não se satisfaz inteiramente com o jogo tem a opção de enviar algum dinheiro às empresas responsáveis pelo título e se divertir por mais tempo ou... Se contentar com o conteúdo original.
Títulos que possuem DLCs? Centenas. Além dos citados acima, os seguintes games modernos contam com bônus disponíveis via download (muitos ainda não lançados):
Enfim, a lista é longa.
O futuro
Não há como saber, obviamente, como será o futuro dos DLCs. Mas opiniões de grandes figuras no mundo dos games mostram que existem tendências alternativas para a distribuição de extras. Em entrevista ao site GamesIndustry.biz, o presidente da Epic fez algumas previsões interessantes.
Michael Capps acredita que os extras do futuro poderão ser encaminhados a consumidores que alugam títulos ou compram jogos usados. Capps afirmou que a principal revendedora de games da Epic tem um maior lucro no mercado de "segunda mão".
Assim, o presidente da desenvolvedora de Gears of War diz que certos desenvolvedores estão pensando em cobrar US$ 20 de quem compra um jogo usado para que esses consumidores "desbloqueiem" o game completo. O título seria reduzido a uma versão demonstrativa se o desbloqueio não fosse efetivado. Os DLCs, nesse caso, seriam obrigatórios para aqueles que não querem apenas uma demo.
Mas essa é apenas uma possibilidade que foca o mercado de jogos usados e alugados. Somente o tempo vai dizer como os extras serão distribuídos e quais os novos tipos de conteúdos adicionais que os desenvolvedores criarão.

Slim-Uma Longa História!

A história dos regimes nos consoles.
Quem nunca ouviu falar de um console slim? Possivelmente, se você viveu a era do saudoso PlayStation, então provavelmente deve saber do que estamos falando. Muitos devem lembrar-se da chegada do magérrimo PlayStation One, que trazia os mesmos recursos do console original, mas em formato muito mais compacto. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, estes regimes já fazem parte da história dos games há um bom tempo.
Desde o surgimento dos consoles, muitos video games ganharam versões mais magras. Além de receber um design mais moderno, algumas plataformas também ganhavam novos recursos. Entretanto, algumas delas, por incrível que pareça, acabaram deixando algumas funções para trás em troca de um corpo mais atraente — ou não.
Mas, quem começou com esta ideia? Como eram os primeiros consoles Slim? Quais foram as mudanças? Para ajudar a entender um pouco a história destes regimes, o Baixaki Jogos resolveu preparar um especial selecionando alguns dos mais curiosos casos de dieta no mundo dos games. Vamos lá!

O começo de tudo

A primeira redução de peso


Durante a década de 1970, diversos consoles inundaram o mercado do entretenimento eletrônico. Um dos principais é o Magnavox Odyssey, reconhecido como o primeiro console caseiro do mundo. Este video game trazia consigo diversos games, incluindo até mesmo uma versão diferente de Pong, para Atari 2600, que seria lançado apenas dois anos depois.
Contudo, a primeira redução de peso só ocorreu com a chegada do Fairchild Channel F, perto da metade da década de 1970. Certamente, um nome não muito conhecido, mas que merece destaque por ser um dos precursores das alterações que hoje são conhecidas como slim. Em termos de design, o console não era muito atraente, algo que ficou ainda mais evidente com a chegada do Atari.
O primeiro Channel F
Para competir com sua rival, a Fairchild Semiconductor resolveu lançar o Channel F System 2. Basicamente, a estrutura era a mesma, mas o design havia sido mudado drasticamente. Para completar, alguns recursos foram adicionados, como controles com cabos removíveis e saída para som da TV.
O console não aguentou por muito tempo, principalmente por ser lançado durante a famosa Crise Americana dos Video Games, que quase levou boa parte das empresas do ramo à falência. Mesmo assim, ele ainda é relembrado por muitos como o primeiro console a trazer um visual mais magro.
A versão mais magra do console
 

Reduzindo os custos

Melhorando a beleza


Não demorou até que a Atari começasse a fazer algo parecido. Em 1977, o primeiro Atari 2600 chegava às lojas, em formato de caixa e detalhes em madeira. Inicialmente, o console agradava o público não só pelos jogos, mas também pelo visual — adequado para a época. Entretanto, com o passar dos anos, novas máquinas foram surgindo e muitas traziam designs mais modernos, deixando o Atari com cara de ultrapassado.
Achou bonito?
Sendo assim, a companhia decidiu unir o útil ao agradável. Mesmo chegando atrasado, o Atari 2600 Jr., como era popularmente conhecido, trazia o clássico console sob um visual bem mais moderno. Bem, nesta época, diversos de peso já haviam estreado, com o próprio Nintendo Entertainment System (NES ou Nintendinho 8-bits).
Independentemente disto, a Atari decidiu lançar seu antigo console como uma excelente alternativa para aqueles que desejam desfrutar de vários clássicos por um preço muito leve — o vídeo game custava apenas US$50. O console, além de mais belo, também trazia componentes mais baratos, o que permitia as vendas a baixo custo.
Que tal a versão slim do 2600?
Com a chegada do Atari 5200, em 1982, a companhia tentaria, posteriormente, adotar uma estratégia semelhante ao console. Entretanto, devido à crise dos video games, o Atari 5200 Jr. acabou não saindo do papel e a Atari encarava sérios problemas.
Entretanto, esta fase é importante por estrear uma estratégia que seria — e ainda é — extremamente utilizada pelas companhias do ramo: o corte de custos. Graças às revisões nos modelos, muitas empresas conseguem uma desculpa para baixar os custos e, de quebra, lançar algo diferente para o consumidor, o que aumenta a longevidade do próprio console. Uma bela dieta, não é mesmo?
 

Dietas que pegaram

A terceira geração e o começo de uma febre


Esta era, marcada, principalmente, pelo lançamento do NES, trouxe novos ares ao universo do entretenimento eletrônico. Primeiramente, temos um dos portáteis mais importantes da história dos games chegando em 1989: o Game Boy. Provavelmente você já deve ter ouvido falar dele, e também deve saber de suas várias versões que passaram pelos bolsos dos jogadores até poucos anos atrás.
O primeiro Game Boy era realmente pesado, mesmo sendo considerado um portátil. O console de bolso necessitava de quatro pilhas AA e pesava aproximadamente 300 gramas. Mas, depois de quase sete anos, a Nintendo decide revisitar o console, lançando o Game Boy Pocket — agora sim, um video game de bolso.
A nova versão era mais leve e necessitava de apenas duas pilhas AAA. Além disso, a companhia também trouxe uma tela maior e uma nova tecnologia de imagem. Mesmo assim, o console suportava os mesmos games da versão clássica do Game Boy.
A série de consoles Game Boy é conhecida, também, pelas suas revisitações aos consoles. Praticamente todas as edições da marca acabaram sendo revisadas, trazendo modelos mais modernos e com novos recursos para os consumidores. O mesmo acontece com o Nintendo DS, que também recebeu várias modificações.
O Game Boy e suas várias faces
Mas, voltando para a era dourada, existem também outros consoles que merecem ser mencionados. Primeiramente, o próprio Nintendo Entertainment System. Todos devem associar o nome com a famosa caixa branca com slot para cartucho. Entretanto, o video game também recebeu uma versão mais moderna, conhecida como NES-101. Trata-se de um modelo raro, vendido pelo curto período de um ano, e com um design que relembra bastante seu sucessor.
O estranho NES-101
Créditos: Xihix
A Sega também participou da brincadeira com o seu saudoso Master System. O console, lançado sete meses após o Nintendinho 8-bits, é uma das plataformas que mais recebeu alterações no visual, ao lado do lendário Mega Drive. Uma curiosidade: ambos continuam sendo vendidos no Brasil, graças à Tec Toy, que continua oferecendo suporte aos dois consoles.
O Master System surgiu como o Sega Mark III. Este console foi lançado em 1985 para competir como Family Computer e trazia retrocompatibilidade aos jogos do SG-1000, também da Sega. Posteriormente, exatamente a mesma máquina que estava sob a carcaça do Sega Mark III chegava às lojas como o Master System, console que já era uma versão slim no momento em que nasceu.


O Master System antes de se tornar o Master System
O próprio Master System, contudo, também recebeu versões aprimoradas. Uma delas é o Sega Master System II, lançado no começo da década de 1990. Este console, além de ter uma fabricação mais barata, não possuía o botão reset nem o (inútil) slot de expansão. Além disso, a plataforma também trazia, na memória interna, o jogo Alex Kidd in Miracle World, um forte competidor para o encanador bigodudo da Nintendo.
A versão mais compacta do Master SystemNo Brasil, o Master System ainda vive firme e forte. Além disso, diversas versões exclusivas do console foram lançadas em nosso país. A Tec Toy apresentou o Sega Master System III, uma versão ainda mais compacta que a segunda. Mas, o que realmente chamava a atenção era o Master System Compact, que invejou jogadores do mundo todo.
Trata-se de um console desenvolvido pela Tec Toy que transmitia sinais através de uma antena, dispensando conectores a cabo. Basicamente, o jogador segurava o console como um controle, pois os botões também eram situados no próprio periférico. Uma versão especial para as garotas também foi lançada, trazendo um console na cor rosa.
 

Super e Mega

Mais transformações


Na década de 1990, a Sega e a Nintendo iniciavam uma batalha que seria conhecida como a primeira guerra de consoles. Ambas empresas utilizaram todos recursos disponíveis para enfrentar seus adversários, o que acabou resultando em um verdadeiro show de novidades para os consumidores.
Quando o Mega Drive chegou às lojas, em 1989, a Sega iniciava uma campanha agressiva contra a Nintendo e seu console da terceira geração, o NES. Com a chegada do Super Nintendo, a briga esquentou ainda mais, e a Sega passou a lançar versões aprimoradas de seu console.
O Mega Drive II
Uma delas foi o Mega Drive II (aqui conhecido como Mega Drive III), uma espécie de versão slim e mais moderna do console da dona do Sonic. Mesmo trazendo um visual mais bacana, o console acabou perdendo vários recursos e entradas. Além disso, houveram alterações nos botões e, obviamente, no custo de produção. O console aparecia diferente em cada parte do mundo, variando de cor e até formato em regiões como Europa, Américas e Asia.
Já a Nintendo demorou para lançar uma versão mais magra de seu Super console. A versão original do SNES, disponibilizada em em 1991, só ganhou um regime em 1997, com a chegada do Super Nintendo Junior — como era conhecido popularmente. O console também era barato e não foi anunciado como um slim, mas apenas como Super Nintendo Entertainment System — da mesma maneira que a versão original.
Alguém lembra dele?
 

Um estranho no ninho

Era de poucos regimes


O pequeno e solitárioNa quinta geração, poucos consoles ganharam versões mais magras. Obviamente, o mais notável é o PlayStation, que, posteriormente, retornou como PSOne. A versão original do console, lançada em 1995, trazia gráficos de qualidade e trocava os cartuchos pelos CDs.
No ano 2000, a Sony introduzia um dos únicos consoles slim da época: o PSOne. Este caçula era drásticamente menor que seu irmão mais velho e, logo no lançamento, se tornou um verdadeiro sucesso — superando até mesmo o recém lançado PlayStation 2 por algum tempo.
Para turbinar ainda mais o pequeno, a Sony ainda lançou uma pequena tela LCD e um adptador para ligar o console em veículos. O PSOne era compativel com todos os títulos da linha PlayStation, mas trazia algumas diferenças em relação ao anterior — além das cosméticas, é claro. Basicamente, o console contava com uma interface visual diferente e também era protegido contra os chips de modificação, dificultando assim a pirataria. Fora isso, o console também não apresentava as portas paralelas e serial da versão original.

Assumidamente magro

A Sony e sua aposta


Mantendo a classeFinalmente, em 2004, a Sony lança o primeiro console assumidamente slim. O PlayStation 2 Slimline carregava em seu nome a grande mudança feita pela empresa, se tornando o primeiro console realmente slim. Com o regime, o console também perdia algumas funções, como a possibilidade de inserir um disco rígido e a ausência da fonte interna.
Mesmo assim, muitos consumidores sairam ganhando, já que o console, além de menor, também fazia menos barulho e possuia uma saída ethernet para conexões em rede local. Contudo, alguns problemas também assombraram os jogadores, principalmente devido ao superaquecimento da plataforma.
Contudo, o PlayStation 2 Slim foi um sucesso. Até hoje, o console continua sendo vendido, e recebeu ainda mais aprimoramentos em 2008, ano em que a Sony incorporou a fonte no console e adicionou uma BIOS revisada para impedir o acesso de hackers.
 

O presente e o futuro

Como serão as próximas dietas


Atualmente, o único console Slim é o PlayStation 3. Entretanto, curiosamente, a Sony não divulga o aparelho como uma versão Slim, mas sim como o novo PlayStation 3 — algo semelhante com o que ocorreu com o Super Nintendo. Mesmo assim, não há como negar que o Cavaleiro Negro perdeu alguns quilos e ficou mais barato. Outros consoles também perderam peso nesta geração, como é o caso do PlayStation Portable, que recebeu várias versões mais magras, e também o Nintendo DS.
A febre dos slims parece que não terá um fim tão cedo. Além de ser uma excelente maneira para reduzir os custos, conforme mencionamos anteriormente, estas versões ainda trazem novidades para os usuários e fornecem um ar de novidade à marca. Possivelmente, ainda veremos muitos consoles slim, como o tão especulado Xbox 360.
Como serão os próximos Slim?
E você, o que acha dos consoles que passam por regimes? Não deixe de comentar!