Agora você pode acessar ao Blog pelo seu celular Android!
Breve para download, e também brvemente para iPhone e iPads!
terça-feira, 24 de maio de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Anomaly:Warzone Earth-Pc
No ano de 2018, enquanto atravessa pela atmosfera terrestre, uma nave extraterrestre se parte em dois grandes pedaços que acabam caindo nas cidades de Bagdá e Tóquio. Logo após o acidente, um estranho campo de força encobre as áreas atingidas pelos destroços, logo batizadas de “anomalias”.
Em Anomaly: Warzone Earth, cabe ao jogador assumir o papel do comandante das tropas que irão adentrar essa zona misteriosa e tentar acabar com a ameaça de outro planeta. Embora o enredo pareça familiar aos fãs de games de tiro, em que histórias envolvendo um herói exterminador de inimigos alienígenas que deve destruir a base inimiga são comuns, este é um título de estratégia, mais especificamente do gênero Tower Defense.
A inovação fica por conta da função designada pelo jogador, que, ao invés de defender o seu território como é tradicional no estilo, deve comandar os veículos que compõem o ataque à área controlada pelo inimigo.
As opções que terão de ser feitas durante a ofensiva vão desde a escolha das unidades que irão compor a ofensiva até qual será o caminho percorrido pelos seus aliados. Além disso, é dever do jogador utilizar as suas habilidades especiais para auxiliar o seu esquadrão na tarefa de atravessar percorrer o território inimigo e chegar ao seu objetivo.
Aprovado
Fluidez no comando
Existem dois campos de ação para o comandante, cada um com a sua respectiva tela de visualização. O primeiro deles é o que permite planejar o caminho realizado pelos veículos que irão realizar o ataque. Para isso, a tela muda para um mapa mais simples da cidade, em que aparecem as rotas disponíveis, os inimigos encontrados pelo caminho e o tempo que será gasto para percorrer tudo. Tudo de um jeito que não fará nem o gamer mais obcecado por planejamento reclamar.
Após isso, o líder do esquadrão deve acompanhar as suas unidades enquanto faz o reconhecimento da área e auxilia as suas tropas com as suas habilidades especiais. Há desde bombas de fumaça que diminuem a precisão das unidades extraterrestres até itens que criam distrações para que o seu batalhão passe por zonas abarrotadas de inimigos sem serem notado.
Um dos destaques do título é que todas essas ações podem ser realizadas praticamente apenas com o mouse, sendo que o teclado só chega a ser utilizado em ações pouco corriqueiras — como a aceleração do ritmo de jogo (necessária para passar pelos poucos momentos em que a calmaria atinge o game) e o acesso ao menu de compras e obtenção de upgrades.
Ambientação sonora de qualidade
Anomaly: Warzone Earth possui uma trilha sonora capaz de criar uma atmosfera envolvente, afinal, a música consegue casar bem a tensão e a expectativa iniciais aos ataques assim como a ação dos combates. Além disso, alguns pequenos cuidados, como a utilização de instrumentos orientais nas missões passadas em Tóquio, funcionam como a cereja do bolo nesse aspecto.
Outro ponto que merece destaque é o trabalho de dublagem realizado. Embora a história não se aprofunde na caracterização dos personagens, tanto a narração como os diálogos são bem produzidos, além de muitas vezes bem-humorados.
Turismo de guerra
O jogo se passa nas capitais do Iraque e do Japão. Em cada uma delas, o cenário é bastante convincente. Se em Bagdá é possível perceber tanques de petróleo e de gás em meio ao clima desértico, em Tóquio é possível encontrar todos os prédios e ruas largas, assim como alguns de seus pontos turísticos, como a Torre de Tóquio.
O jogo se passa nas capitais do Iraque e do Japão. Em cada uma delas, o cenário é bastante convincente. Se em Bagdá é possível perceber tanques de petróleo e de gás em meio ao clima desértico, em Tóquio é possível encontrar todos os prédios e ruas largas, assim como alguns de seus pontos turísticos, como a Torre de Tóquio.
Além disso, os detalhes que diferenciam as cidades não são apenas a chuva da capital japonesa em contraste com o sol de Bagdá. Marcações nas vias de trânsito, assim como o estilo dos carros de cada uma fazem a diferença e tornam o visual agradável (ainda que em meio a cenários de devastação).
Elite da tropa
Dizem que um dos segredos que levou Alexandre, o Grande, a conquistar seu vasto império era o fato dele estar sempre junto à sua infantaria na hora das batalhas. A simples presença de seu comandante elevava a moral dos homens de seu exército de um modo que os inspirava a massacrar seus inimigos de forma avassaladora.
No caso de Anomaly: Warzone Earth, o seu papel na liderança do esquadrão que invade o território ocupado pelos alienígenas, além de decidir a melhor rota a ser seguida, é acompanhar os veículos aliados e protegê-los de quaisquer perigos.
Para isso, além das bombas de fumaça e das falsas tropas que distraem os extraterrestres, existem as possibilidades de reparar os seus veículos danificados e do próprio comandante participar diretamente dos ataques.
Na verdade, é fundamental neste game que se faça isso. Afinal, a utilização dessas habilidades é limitada e a escolha dos momentos em que elas serão utilizadas podem definir a vitória ou a derrota. Isso incrementa o nível de desafio do jogo de um modo que só favorece a diversão.
Reprovado
Cara, cadê meu anti-aliasing?
Considerando o tamanho do jogo, é possível afirmar que as cidades são de fato bem detalhadas, além de que é interessante percorrer as suas ruas. No entanto, os gráficos são serrilhados mesmo em suas definições nas configurações máximas.
Além disso, dentro das opções disponíveis, não é possível encontrar nenhuma que personalize cada um dos recursos individualmente. É possível apenas ajustar entre as definições “mais baixas” e “mais altas”. Não é nada que altere significantemente a experiência de jogo. Contudo, é sempre interessante poder personalizar as opções de modo que o game funcione da melhor forma possível.
Sério que eu já salvei a Terra?
São ao todo 14 missões no modo principal, divididas entre as duas cidades do game. Os objetivos são variados e o número, a princípio, satisfaz. Contudo, as primeiras seis missões na cidade de Bagdá parecem funcionar mais como um tutorial para que os jogadores conheçam a mecânica e as opções do jogo.
Dessa forma, o desafio de verdade parece começar apenas quando se chega à capital do Japão e não necessita de muito mais do que um fim de semana para ser terminado. Para suprir isso, uma vez que a campanha de cada cidade é concluída, é desbloqueado um modo de jogo infinito diferente para cada um dos cenários.
Pode ser que isso eleve o tempo de vida de Anomaly: Warzone Earth para alguns, principalmente os que gostarem do game. Todavia, a partir do momento em que restam apenas esses modos, os desafios deixam de inovar e, consequentemente, de cativar o jogador.
Vale a pena?
Principalmente para os fãs de estratégia, Anomaly: Warzone é uma boa pedida. Afinal, ele é uma intervenção bem-sucedida no consagrado gênero Tower Defense e oferece um número razoável de unidades para comandar e enfrentar, assim como uma experiência bem divertida.
Além disso, o título oferece um bom padrão de qualidade e uma história que, apesar de não ser muito aprofundada, convence o jogador. Quem ainda assim estiver em dúvida se vale a pena arriscar, pode pensar em levar em conta também os seus baixos requisitos mínimos, assim como o seu preço.
segunda-feira, 14 de março de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Franquias anuais: você sempre terá o que jogar
Parte da estratégia de marketing para divulgação de um game é investir no hype, criando expectativa e liberando informações a ritmo de conta gota, de forma a deixar os gamers famintos pelo lançamento. Com a chegada do game às prateleiras, toda esta excitação, porém, acaba morrendo aos poucos pois o objeto de desejo finalmente está disponível.
Algumas empresas tentam estender o interesse dos jogadores utilizando DLCs e acrescentando novas informações à história, como é o caso de Resident Evil 5 ou Red Dead Redemption. Esta solução, porém, tem um prazo de validade bem mais curto, já que estes episódios extras normalmente apresentam apenas trechos adicionais que, por mais que sejam criativos, não passam de um tempero a mais no game original.
Porém, que tal não deixar o hype morrer nunca, e brindar os fãs com um novo game enquanto eles ainda estão se divertindo com o anterior? Esta é a estratégia adotada pelas desenvolvedoras de franquias anuais, que lançam um jogo após o outro. Esta tática, apesar de sempre manter os títulos vivos na memória dos gamers, pode nem sempre funcionar, pois na maioria das vezes, a velocidade é privilegiada em detrimento da criatividade.
Campeonatos anuais
Quando se fala em games lançados anualmente, é impossível não pensar nas séries FIFA e Pro Evolution Soccer. Ambas dominam com folga o mercado de games de futebol e são campeões absolutos do gênero na opinião da maioria dos fãs da bola. Também são jogos que chegam anualmente ao mercado.
Quando terminam os campeonatos mundiais, inicia-se a rodada de negociações, na qual clubes compram e vendem seus jogadores, novos times surgem no topo da classificação e as tabelas para o ano seguinte são drasticamente modificadas. Apenas isto já é motivo para a criação de um novo jogo das franquias de futebol, com novos atletas e escalações atualizadas.
O problema é que, no caso de Pro Evolution Soccer, as novidades param por aí. A cada lançamento anual, o game é elogiado pela boa simulação das dinâmicas nos campos, mas recebe duras críticas devido à falta de inovação e criatividade. Alguns fãs argumentam que esta constância é benéfica, já que sempre é possível saber o que esperar de um novo PES. Para outros, porém, a falta de diferenciação é um problema sério.
Este é um fator do qual os games da série FIFA tentam não sofrer. A cada edição, a Electronic Arts tenta se reinventar e adiciona inovações a seu game. Alguns fãs chegam a afirmar que, a partir de sua versão 2010, a franquia finalmente ultrapassou Pro Evolution Soccer, seu principal rival, e finalmente recuperou o topo do ranking quando o assunto é futebol.
Mal chegamos em 2011 e versões atualizadas de FIFA e Pro Evolution Soccer já estão nas lojas. E como não poderia deixar de ser, novos episódios das duas franquias já estão no forno para o ano que vem.
Não são apenas os games de futebol que são lançados anualmente. A Electronic Arts, autoridade quando se fala em jogos esportivos, possui uma série de outros jogos do tipo lançados um após o outro. Alguns exemplos são NBA e suas variações, NFL, NHL e Tiger Woods PGA Tour.
Problemas contratuais invadem as pistas
Assim como o futebol e o basquete, por exemplo, a Fórmula 1 também é um esporte de muito destaque mundial e tem tudo para receber jogos anuais. Contratos geralmente complicados e valores de licenciamento e desenvolvimento muito altos, porém, fazem com que os direitos da modalidade pulem de desenvolvedora em desenvolvedora, impedindo assim a geração de um fluxo constante de jogos.
A modalidade chegou a ficar sem nenhum game entre 2007 e 2008, devido a dificuldades de contrato com Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e altos valores de licenciamento. Em 2009, porém, bons ventos ajudaram a resolver os problemas com a papelada, e o circo da velocidade voltou a ter bons jogos anualmente, por meio da união entre Sumo Digital eCodemasters.
Em 2010, a franquia chegou a seu auge e, após muitos anos, finalmente recebeu um jogo digno do glamour das corridas que são assistidas aos domingos na televisão. F1 2010 trouxe opções inovadoras, gráficos belíssimos e circuitos fiéis, que reproduzem a temporada da competição com fidelidade. Um deleite para os fãs.
Para alegria dos aficionados por velocidade, F1 2011 já está nos planos e, por contrato, a Codemasters possui os direitos de produzir ainda mais um game da modalidade em 2012.
Inconstância em alta velocidade
Já que estamos falando em velocidade e franquias, como não citar Need for Speed? Os mais novos devem enxergar a série como sinônimo de carros tunados e perseguições policiais. Jogadores mais experientes provavelmente se lembram de quando os jogos da Electronic Arts exigiam do jogador apenas o essencial dos games de corrida: chegar em primeiro.
Em uma tentativa de fugir da mesmice e, de olho nos números de vendagem, a desenvolvedora reinventa completamente a franquia, transformando-a em algo completamente novo a cada três ou quatro lançamentos. Como edições de Need for Speed são lançadas anualmente, o resultado é uma perda completa da identidade da série e envelhecimento rápido das formas utilizadas pela EA
A primeira inovação surgiu ainda na era PlayStation, quando as provas simples ganharam ares de corridas ilegais em Hot Pursuit. Na série, além de chegar em primeiro, era preciso escapar da polícia, que armava bloqueios nas estradas e usava táticas para impedir o avanço dos corredores.
Com o sucesso de filmes como “Velozes e Furiosos”, a franquia foi completamente repaginada mais uma vez e assumiu de vez seu ar clandestino. Os carros de corrida e as pistas comuns deram lugar às ruas de uma cidade durante a noite, com carros tunados e som muito alto embalando as provas ilegais. Esta fórmula foi aproveitada até a exaustão, com nada menos do que oito títulos lançados entre 2003 e 2010.
O cansaço da ideia, claro, se refletiu em recordes de vendas e mais uma vez Need for Speed precisou se reinventar. Após voltar ao antigo estilo de Hot Pursuit em mais um lançamento, a Electronic Arts se prepara agora para bater de frente com Gran Turismo e Forza Motorsportutilizando a série SHIFT, que dá espaço à simulação, e traz o game de volta aos circuitos de corrida.
A Electronic Arts promete que Need for Speed SHIFT 2: Unleashed será o melhor game da série já lançado. Com foco no realismo, o jogo trará uma grande quantidade de carros e diversas opções de personalização dos veículos, incluindo alterações de performance. Para diferenciá-lo dos concorrentes, a desenvolvedora inclui um sistema de danos preciso e efeitos visuais que ampliarão a sensação de velocidade.
A guerra nunca acaba
Para muitos, Call of Duty é o FPS definitivo. A série, que saiu das batalhas antigas nos palcos da Segunda Guerra Mundial, foi consagrada quando aderiu à modernidade e colocou o jogador dentro dos combates que antes eram apenas assistidos pela televisão. Hoje, CoD é praticamente sinônimo de tiroteio em primeira pessoa, e sua fórmula é copiada por um sem número de games de ação.
Ao contrário de Need for Speed, porém, cada lançamento de Call of Duty ultrapassa com larga vantagem os números de vendagem do título anterior. O tiroteio não parece dar sinais de cansaço pois, apesar de ainda não existir confirmação oficiais, boatos dão conta que três novos jogos da série já estão em desenvolvimento, dois ainda retratando combates modernos e um terceiro abordando um futuro não muito distantes.
Qual a diferença, porém, que faz com que o uso de uma mesma fórmula tantas vezes ainda gere resultados positivos? Para a Activision Blizzard, distribuidora do game, o método aparentemente é diversificar os cenários em que o tiroteio acontece, adicionando também tramas interessantes, um bom trabalho de dublagem e, claro, bons gráficos.
Mesmo os títulos que se passam durante a Segunda Guerra Mundial são bem diversificados, nunca retratando o mesmo episódio dos conflitos. Já os games da era moderna acontecem em períodos completamente distintos. Enquanto Modern Warfare, por exemplo, se passa no Oriente Médio, Black Ops, o mais recente, conta uma história da Guerra Fria, com fases localizadas em Cuba e no Vietnã, por exemplo.
Os recém-chegados à onda
Desde 2003, os fãs de filmes de terror sabem que todo Halloween é época de Jogos Mortais. As armadilhas inusitadas e o banho de sangue da série de filmes aparentemente chegaram a um fim no ano passado, quando o sétimo longa se intitulou o último. Nos games, porém, a série está apenas começando.
Saw: The Video Game foi lançado em 2008, seguido de Flesh & Blood em 2009. Ambos contam histórias que se passam entre os filmes originais, e podem ser inclusive considerados parte da cronologia da série. Nos jogos, a história gira em torno do detetive David Tapp, um dos personagens centrais do primeiro longa, interpretado por Danny Glover.
Na ocasião do lançamento do segundo título, a Konami Productions afirmou que os games de Jogos Mortais também se transformariam em uma série, assim como os filmes. Por enquanto, porém, não há informação sobre um terceiro título da franquia nem confirmação de que ela realmente continuará com o final da saga nos cinemas.
A Ubisoft também pretende transformar um de seus títulos mais bem sucedidos, Assassin's Creed, em uma franquia anual. Entre 2009 e 2010, a série já recebeu dois títulos de sua linha do tempo principal, além de outros para consoles portáteis e até redes sociais como o Facebook.
A saga dos assassinos da Era Vitoriana ainda não possui um título da cronologia central anunciado para este ano, mas 2011 ainda está começando. Por enquanto, há apenas planos de um novo game da série para o Nintendo 3DS, intitulado Assassin’s Creed: Lost Legacy. Boatos, dão conta de que, para sustentar o ritmo mais acelerado de lançamento, a Ubisoft estaria planejando levar os games para outros períodos históricos, experimentando a receita de sucesso de Call of Duty. Como nada foi confirmado oficialmente por enquanto, só nos resta esperar para ver.
Red Dead Redemption:Undead Nightmare-Ps3-Xbox 360
Red Dead Redemption é um dos principais jogos do ano passado. Sua grandiosidade, também rendeu uma série de prêmios de Jogo do Ano. Alguns podem até discordar, mas o jogo da Rockstar seria absoluto se, em 2011, um certo Deus da Guerra não tivesse ressurgido.
Para a Rockstar, porém, apenas criar um jogo desta magnitude não foi suficiente. Era preciso expandir, abrir novos caminhos e cativar uma parcela ainda maior de jogadores. Para fazer isso, por que não utilizar um dos temas mais queridos quando o assunto é terror: os temíveis zumbis. Foi assim que nasceu Undead Nightmare.
O extra foi lançado primeiramente nas redes online do PlayStation 3 e Xbox 360 e, meses depois, também chegou às prateleiras, ao lado dos outros DLCs já disponibilizados antes para o game. Aos moldes de Grand Theft Auto: Episodes From Liberty City, as expansões aparecem como um jogo independente. Ou seja, com Undead Nightmare, não é possível jogar o modo normal de Red Dead Redemption, mas por outro lado, também não é preciso possuir o disco do jogo original.
A história começa de forma pacífica, com John Marston já de volta com sua família. A paz é destruída rapidamente quando sua mulher e filho são infectados por uma misteriosa doença. Então, cabe a ele abandonar sua casa mais uma vez e partir pelos caminhos tortuosos da fronteira Estados Unidos - México em busca da cura.
Aprovado
Sopro de vida
Ao contrário da maioria dos DLCs, que adicionam apenas pequenos episódios aos games, Undead Nightmare é um episódio consistente, que possui sua própria trama, personagens e segredos. Mesmo os mais viciados, que já haviam completado 100% dos objetivos e obtidos todos os troféus ou achievements, não resistirão em retornar ao mundo de Red Dead Redemption para mais uma aventura.
Atenção: O parágrafo a seguir contém spoilers. Caso não queira saber o final do modo normal de Red Dead Redemption, pule para o trecho após o vídeo.
A trama inclusive, pode ser encaixada sem problemas na história do Red Dead Redemption original, por ter começo, meio e fim que não interferem na cronologia. Para aqueles que odiaram ficar presos a Jack Marston após a morte de seu pai no final do game normal, poder jogar novamente com John é um prato cheio.
Velhos personagens também voltam a aparecer em Undead Nightmare e, como no game normal, auxiliam John em sua empreitada. Os trambiques de Nigel West Dickens estão de volta, assim como as loucuras de Seth, apenas para citar dois exemplos. Desta vez, porém, os personagens assumem um tom mais sombrio e surreal perante toda a situação.
Mesmo se passando nos mesmos cenários e cidades do jogo normal, a invasão dos zumbis adicionou um novo ar à fronteira dos Estados Unidos com o México. As cidades aparecem destruídas, e o jogador pode simplesmente ignorar o apelo dos seus moradores ou auxiliá-los, recuperando (periodicamente) o domínio humano sobre os locais.
Para animar os maníacos por missões alternativas, a Rockstar incluiu novos animais para serem caçados, novas armas que podem ser utilizadas (incluindo um canhão que dispara pedaços de zumbis) e novas roupas para John. O resultado é um game praticamente novo, que promete fisgar os jogadores por pelo menos algumas horas.
Modo online de respeito
Uma das maiores críticas em relação a Red Dead Redemption se relacionava ao modo online, que apresentava opções pouco criativas. A jogabilidade pela internet também sofre com a atitude dos jogadores mais experientes que, em vez de continuarem evoluindo seu personagem por meio das missões pré-programadas do game, preferem caçar novatos pelos cenários.
A Rockstar deu atenção especial ao multiplayer e respondeu aos críticos com Undead Overrun, um dos modos cooperativos mais frenéticos dos últimos tempos. Com suporte para até quatro jogadores ao mesmo tempo, o objetivo é apenas um só: sobreviver o máximo possível, já que a morte é inevitável.
No modo, os grupos de jogadores são colocados contra mortos-vivos infinitos, que atacam em grupos cada vez maiores e mais poderosos. O objetivo é matar um determinado número de zumbis, ativando a próxima horda antes que o tempo chegue ao fim. Caso isso aconteça, a morte súbita é ativada e os inimigos se tornam mais rápidos e poderosos até que matem todos os jogadores presentes na partida.
Os usuários conectados a Undead Overrun, normalmente, seguem as regras do jogo. Também pudera, no modo, matar seus companheiros é uma desvantagem e, quanto mais personagens vivos, mais fácil será sobreviver às infindáveis hordas de mortos-vivos.
Tudo isso e muito mais
Até aqui, falamos apenas de Undead Nightmare, tema central deste pacote. Isso não significa, porém, que o título se resume apenas a isso. Caso o jogador se canse da jogatina com zumbis, é possível se aventurar pelo mundo “normal” de Red Dead Redemption, pois o game conta também com os três DLCs lançados para o modo online do título.
Intitulados Legends & Killers e Liars and Cheats, os pacotes adicionaram novas opções ao modo online, incluindo personagens e missões cooperativas. Os objetivos variam dos incluídos na versão original de Red Dead Redemption, e agora incluem mesas digitais de Poker e dados, corrida de cavalos, guerras entre gangues rivais e a possibilidade de criar seus próprios bandos.
Reprovado
Bugs e mais bugs
A primeira impressão que se tem ao jogar Undead Nightmare é que o DLC foi programado às pressas para o lançamento. O resultado, como já dito acima, é um game muito bom, mas nada polido. Enquanto alguns problemas podem ser encarados como uma curiosidade interessante e engraçada, outros podem destruir a experiência e irritar os jogadores.
Um exemplo de glitch que se tornou lenda entre os jogadores acontece com o Unicórnio, uma das criaturas míticas que podem ser dominadas durante o game. Após ser morto com um tiro na cabeça, o cadáver do animal simplesmente sai pulando descontroladamente pelo cenário até desaparecer no horizonte.
Outros erros, porém, não são tão divertidos quanto estes. Em determinado momento da trama, ao chegar no México, Marston é levado a um convento no qual as freiras têm graves problemas de textura em suas roupas. Em uma das salas da área, ainda, o personagem atravessa o chão e, quanto mais corre, mais afunda até simplesmente desaparecer do cenário. O problema só é resolvido com uma reinicialização do game.
Também é possível encontrar inimigos que não morrem e, diversas vezes, ao se acelerar demais com um cavalo, Marston simplesmente “alcança” o limite do cenário, que é montado instantaneamente aos olhos do jogador.
Alguns destes problemas foram corrigidos em uma atualização posterior ao lançamento, mas muitos permanecem. Não há informação sobre uma solução para eles em um futuro próximo.
Problemas gráficos persistem
Como nem tudo são flores, os problemas gráficos que assolavam principalmente a versão para PlayStation 3 persistem em Undead Nightmare. O principal deles é a taxa de quadros por segundo, que cai consideravelmente quando há muitos elementos simultaneamente. Esta falha é percebida principalmente no modo Undead Overrun, que conta com diversas explosões, raios e zumbis, todos agindo ao mesmo tempo.
Quando o assunto é anti-aliasing, o Xbox 360 leva vantagem. Texturas, sombras e objetos do cenário são exibidos de maneira mais suave, ao contrário da versão PlayStation 3, que sofre com serrilhados constantes. A resolução do jogo, que não chega a 720p, também é um ponto negativo neste quesito.
Estes problemas, porém, em nada atrapalham a diversão, e com exceção das quedas na contagem de quadros por segundo, não devem nem ser percebidos pelos gamers. A não ser, claro, que se coloque as duas versões rodando lado a lado. Apesar de também possuir seus problemas, a versão para o console da Microsoft é superior à da Sony.
Curta duração
Apesar de ser bem consistente e apresentar uma boa história, Undead Nightmare pode decepcionar devido à sua curta duração. O modo pode ser terminado em cerca de sete horas e quem esperava passar muito tempo na frente da TV acabando com os zumbis pode ficar frustrado.
Claro, o pacote apresenta uma série de missões adicionais e inclui novos troféus para deleite dos jogadores. Tudo isso, porém, poderá soar para alguns jogadores apenas como extras de perfumaria.
Jogo justo?
Em seu lançamento, cada um dos DLCs de Red Dead Redemption custava US$ 10, ou cerca de R$ 17. Portanto, nada mais justo do que cobrar 30 dólares por Undead Nightmare em sua edição física, certo? Caso você já possua o game original, errado.
Apesar da comodidade de comprar todos os conteúdos de uma só vez, nada além disso justifica o preço alto do disco, uma vez que nas redes dos consoles os dois primeiros DLCs já sofreram uma redução de preço. No aspecto financeiro, a compra do pacote só vale a pena para aqueles que não possuem o console conectado à internet ou, por qualquer motivo, estão impossibilitados de acessar a PlayStation Network ou Xbox LIVE.
A compra do pacote físico compensa somente àqueles que estão interessados apenas no modo com zumbis, e não querem conhecer o game original. Neste caso, a aquisição deve ser encarada como um game qualquer, e não como adicional a outro.
Vale a pena?
Undead Nightmare é um extra que, como poucos, adiciona muito ao game que o originou. Ao mesmo tempo, é independente o bastante para funcionar como um jogo único. É mais um daqueles games que justificam cada centavo gasto na compra.
De maneira geral, a Rockstar mais uma vez mostra a que veio com este game e, além de agradar aos fãs convictos de Red Dead Redemption, também acena na direção dos aficionados por terror e dos que preferem games mais curtos. Undead Nightmare, apesar de não ser indicado para todas as idades, é indicado para a maior parte dos jogadores.
Assinar:
Postagens (Atom)