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sábado, 28 de novembro de 2009

Virtua Fighter 4-Ps2

Nem todos os jogos antigos saem de moda!
A série Virtua Fighter teve origem em 1993 e foi o primeiro jogo de luta em três dimensões, tendo sido um dos dois primeiros jogos 3D do estúdio SEGA AM2, sendo lançado para PCs, Sega Saturn e Sega 32X.

Cenários elaborados e iluminação interessante

O segundo jogo foi lançado, em 1994, para os mesmos consoles, e posteriormente também no PlayStation 2. Já Virtua Fighter 3 chegou exclusivamente ao Sega Dreamcast em 1996, e em 2001 Virtua Fighter 4 aportava no PlayStation 2.

O quarto jogo da franquia inseriu dois novos jogadores, Vanessa Lewis e Lei-Fei, totalizando 14 lutadores na versão original e 16 na versão evolution, que contava com dois jogadores a mais, um judoca e um lutador de muay thai.

Vanessa é estadunidense e seu estilo de luta é luta livre, enquanto Lei-Fei é um monge tibetano cuja aparência é muito similar à do personagem Avatar, do anime de mesmo nome. Estes personagens possuem um poder de combate maior que os outros adversários, visto que foram criados especialmente para o novo jogo.

Sistema de combate excelente

Em Virtua Fighter 4, cada personagem possui um estilo de jogo único, sendo que o jogo mantém o sistema de controles original, onde existe um direcional com 8 direções (cima, baixo, esquerda, direita e diagonais) e três botões de ação: soco, chute e defesa.

Mesclando da forma correta os direcionais e botões de ação do jogo, o personagem executa uma série de golpes diferenciados, permitindo uma variedade bastante interessante, apesar não ser tão impactante quanto outros jogos de luta.

Golpes diversificados e interessantes

O visual gráfico do jogo é simplesmente encantador, levando em consideração que o título foi lançado ainda em 2001, há cerca de 8 anos, sua iluminação possui um nível de qualidade impressionante.

Na época de seu lançamento, muitos críticos consideraram o jogo como sendo o melhor título de luta tridimensional dos últimos três anos, principalmente pela jogabilidade simples e cativante.

Como o jogo foi desenvolvido para fliperamas, o controle do PlayStation 2 oferece uma facilidade enorme: enquanto determinados movimentos seriam combinações de dois botões, como é o caso da agarrada, no PS2 basta pressionar um dos botões de cima, no caso citado, por exemplo, é o L1.

Novatos mas brilhantes


Assim, algumas das combinações acabam sendo facilitadas e tornando o jogo ainda menos difícil e, ao mesmo tempo, muito mais emocionante, principalmente para quem seleciona os novos personagens: Lei-Fei e Vanessa.

Lei-Fei: velocidade e poder de combate

No caso de Lei-Fei, específicamente, os golpes são muito velozes, e os adversários raramente conseguem acompanhar seus ataques, principalmente quando o lutador resolve subir sobre a perna do inimigo e dar um chute em sua cara, caindo de frente para ele novamente, pronto para executar outros ataques.

Vanessa também possui características interessantes: uma delas é a possibilidade de utilizar duas técnicas de luta diferenciadas, bastando pressionar L2 para alternar entre eles. Entretanto, isso impede aos jogadores que selecionarem Vanessa realizar o combo de soco apenas pressionando L2, como ocorre com os outros lutadores.

Infelizmente o jogo não oferece uma variedade de personagens tão grande como outros títulos (a exemplo de SNK, King of Fighters e Marvel Vs. Capcom), além de não possuir modo história nem mesmo uma possibilidade de desbloqueio de personagens ou itens, o que encurta a vida útil do título em qualquer modalidade single player.

Por outro lado, o jogo é uma ótima pedida para lutas entre amigos, oferecendo combates eletrizantes para dois jogadores. O modo treino também é muito interessante, por oferecer uma forma simples e eficiente de ensinar o jogador a realizar os ataques especiais de cada jogador.

Akira e Kage estão de volta

A trilha sonora do jogo também não deixa a desejar, resultando, finalmente, num pacote completo digno do olhar atento de qualquer fã de jogos de luta que possua um PlayStation 2. Vale a pena dar uma atenção para o jogo.

Além disso, levando em consideração que tanto o console antigo da Sony quanto o jogo não custam mais tão caro quanto na época de seus respectivos lançamentos, vale a pena adquirir o jogo, que pode ser encontrado fora do Brasil até mesmo por 5 dólares.

LittleBigPlanet-Psp

LittleBigPlanet transforma o PSP em um pequeno grande mundo de diversão.
Não há como negar: os jogos de plataforma são uma característica dos video games. Desde o surgimento de Donkey Kong, na década de 80, o mundo recebe diversos títulos com a mesma proposta-base. O próprio Jumpman, que estrelava no jogo mencionado anteriormente, acabou se tornando uma espécie de sinônimo dos video games — para quem não sabe, Jumpman é, na realidade, o famoso Mario.

Mas, quando o universo dos games passou a ser tridimensional, o gênero teve de se adaptar, e isto não foi nada fácil. Mario passou tranquilo pela transição, mas Sonic, por exemplo, encontrou muitas dificuldades. Basicamente, o estilo continuou a existir, mas através de estruturas bem diferentes do que víamos na década de 80.

Certamente, muitos bons jogos nasceram nesta nova leva. Apesar disso, milhares de jogadores saudosistas sentiam — e ainda sentem — falta dos clássicos da era dourada dos vídeo games. Logo, as desenvolvedoras perceberam isto. Primeiro, vieram os relançamentos. Depois, outros jogos copiando o estilo dos clássicos. Por fim, chegou LittleBigPlanet.

Aplausos pelo show! Lançado exclusivamente para PlayStation 3, este título da Media Molecule, uma companhia até então desconhecida, gerou muito alarde entre os jogadores. Tratava-se de um título aparentemente infantil, em que os objetivos eram difíceis de rotular. Mas, as aparências enganam. Ao jogar e conhecer LittleBigPlanet mais afundo, percebe-se que trata-se de um dos jogos mais divertidos de toda esta geração.

Criar níveis, jogar com os amigos, personalizar os simpáticos Sackboys, salvar o mundo do terrível Collector, jogar níveis customizados, resolver puzzles e tirar fotos são apenas algumas poucas possibilidades deste incrível game. Logo após o seu lançamento, todos sorriam em frente aos televisores, sejam críticos ou jogadores. Com gráficos de qualidade, uma engine física impressionante e uma proposta que foca a simples diversão, LittleBigPlanet conseguiu resgatar toda a essência dos video games.

Como trata-se de um game exclusivo para PlayStation 3, muitos jogadores acabaram apenas babando diante toda a beleza de LBP. Mas, a Sony resolveu dar uma colher de chá aos exploradores de plantão, anunciando uma versão do game para PlayStation Portable — agora sim podemos chamá-lo de LittleBigPlanet (Pequeno Grande Planeta, numa tradução livre).

Bem-vindo ao seu sonho

Finalmente, o Baixaki Jogos foi conferir de perto a nova aventura dos Sackboys no PSP. O mundo ainda continua belo como sempre, alimentando por sonhos e ideias que sobem por um cordão umbilical até chegar a LBP — como explica o próprio game —, e as possibilidades conseguem se igualar ao seu irmão mais velho.

Tudo isto, é claro, adaptado especialmente para o pequeno console de bolso da Sony. Ao contrário do que se pode imaginar, a jogabilidade ainda consegue se manter fiel à versão original, mesmo que alguns pequenos elementos tenham sido retirados. Além disso, a possibilidade de criar seus próprios níveis também está de volta, com direito a ferramentas inéditas e muito mais.

Outro elemento que merece destaque é a própria atmosfera do jogo. Do começo ao fim, não há como negar: isto é LittleBigPlanet. Os níveis compartilham bastante semelhanças com o irmão mais velho, trazendo ambientes polidos e desafios divertidos. Até mesmo a trilha sonora consegue manter-se fiel às origens, propiciando trilhas variadas e que se encaixam perfeitamente como um belíssimo pano de fundo para suas aventuras.

Os modos online também estão presentes. Infelizmente, a desenvolvedora — desta vez a Sony’s Cambridge Studio, e não a Media Molecule — deixou de lado um dos pilares mais importantes do primeiro jogo: o multiplayer. Mesmo assim, o jogo oferece funcionalidades através da rede, como compartilhamento de níveis, por exemplo.

A ausência de multiplayer doeu

As partidas ao lado de amigos podem ter sido deixadas de lado, mas, certamente, os gráficos ainda contam com um capricho notável. Mesmo com um Sackboy aparentemente pequeno, se compararmos, em escala, com a versão para PlayStation 3, os visuais trazem texturas de qualidade e modelos impressionantes, principalmente na criação de níveis. Falando em criação de níveis, o editor consegue fazer com que o jogador se sinta na pele de um verdadeiro designer de jogos, mesmo contando com algumas limitações.

Em suma, LittleBigPlanet para PSP traz novamente o fabuloso pequeno grande mundo para os video games, com direito a toda a diversão da jogabilidade do primeiro título e seu incrível e inconfundível charme. Mesmo sem multiplayer, LBP mostra que podemos sim nos divertir através de uma proposta simples, com um modo campanha que dura cerca de 5 horas, e criar quase qualquer coisa que passe por nossas cabeças.

Aprovado
Do que gostei:

Simples e bem feito

LittleBigPlanet, para PlayStation 3, certamente ficou conhecido pela sua simplicidade. No jogo, existem poucos comandos para jogabilidade. O jogador pode saltar, pressionando o botão X, e segurar-se em objetos utilizando o botão R1. Além disso, existem outros comandos complementares, com os quais o jogador movimenta os braços e altera as expressões do Sackboy.

No portátil da Sony, as coisas não mudaram muito. Novamente, você pode pular, com o mesmo botão, e agarrar-se a objetos apertando o “R”. . O boneco é controlado através do direcional analógico. Além disso, a possibilidade de alterar as expressões de seu Sackboy continua presente. Basta pressionar um dos quatro botões do direcional digital e pronto, seu personagem terá seu humor alterado.

Existem quatro tipos de expressões diferentes, divididas em dois níveis de intensidade. Você pode deixar seu Sackboy muito feliz, pressionando para cima, por exemplo, ou deixá-lo extremamente nervoso, tocando para direita no controle. Com isso, o jogador pode perambular as fases e resolver os desafios com um sorriso estampado no rosto ou com as pernas tremendo de medo. Uma boa dica é tentar fazer com que seu Sackboy se comporte de acordo com a atmosfera, seja ela alegre ou aterrorizante.

Durante o jogo, a premissa também continua bastante parecida. O jogador tem de saltar e correr pelos ambientes do game para, então, chegar ao final de cada fase, onde será exibida uma tela com as informações gerais sobre pontuação e ranking. Mas, nem tudo é tão simples.

Assim como na primeira versão, existem diversos obstáculos espalhados pelos dois planos de cada fase — na versão para PlayStation 3, eram 3 planos. Os objetos variam desde gangorras até inimigos flamejantes. E isto não é tudo. Um dos fatores que realmente chama a atenção em LittleBigPlanet para PSP é a variedade dos níveis. Por incrível que pareça, o jogo consegue apresentar conceitos ainda mais criativos.

No game, o jogador encontrará objetos especiais, os quais podem ser ativados para acionar determinados mecanismos, canhões, alavancas, preguiças (o animal) e até grandes chefes que cospem fogo. Tudo isto, sem dúvidas, alimenta ainda mais a longevidade do título.

Não obstante, você ainda tem de saltar sobre precipícios ou outros elementos perigosos. Com esta frase, fica bem claro que LittleBigPlanet consegue retratar com perfeição a essência de qualquer jogo de plataforma, tornando-o adequado para qualquer jogador que já tenha experimentado títulos deste formato.

O bom e velho estilo plataforma

E, mantendo a tradição, cada um dos níveis conta com características de diversos continentes e países diferentes. Você passará, desta vez, pela Austrália e também pelo Oriente, além de diversos outros locais que não puderam ser sonhados na primeira versão. Não se preocupe com tempo ou com um possível “Game Over” em suas viagens. LBP para PSP oferece um sistema no qual a cada morte o jogador perde 100 pontos de seu score, mas elimina as vidas limitadas.


O mais interessante é que cada local conta com uma trama distinta — a qual é passada adiante de modo cartunesco, pelos próprios habitantes do local —, aumentando a imersão do título. Uma verdadeira viagem dos sonhos — ou pelos sonhos, se preferir —, que reserva muitas surpresas e serve como incentivo para o jogador. Ao todo existem trinta níveis diferentes, que são verdadeiras obras-primas, seja da parte artística, técnica ou de design.

Interagindo


“Em LittleBigPlanet, todo dia é o Dia Internacional dos Adesivos”. É isto que o simpático narrador diz em um determinado momento do game, comprovando outra característica indispensável do título. Novamente, os adesivos, também conhecidos como “autocolantes” ou “stickers”, retornam para o pequeno grande planeta. Suas funções continuam basicamente as mesmas, mas vamos aos detalhes para quem ainda não está familiarizado com a franquia.

O jogador acessa o menu Pop-it — uma espécie de menu em jogo — e deve selecionar a opção Autocolante para conferir os adesivos disponíveis. Vale ressaltar que, antes do jogo iniciar, você tem a chance de escolher diversas línguas diferentes, incluindo o português (Portugal). Voltando aos adesivos, ao acessar a seção, é possível conferir vários tipos, incluindo alguns especiais que servem como interruptores.

Quando avistar uma espécie de moldura no cenário, identificada por um objeto que relembra um chip, trata-se de uma pista. Ali, devem-se colar adesivos com um formato semelhante para abrir caminhos ou até mesmo desbloquear itens como roupas e bolhas que aumentam sua pontuação.

Obviamente, a interação não para por aí. Conforme mencionamos, existem também alavancas e outros objetos específicos que podem ser arrastados pelo jogador para que ele possa continuar em sua jornada. O bacana é que algumas interações são realmente inusitadas, como quando o jogador deve puxar o bico de um pinguim para continuar desbloquear a passagem.

Interação absurda Isto não é tudo, há momentos mais elaborados em que o próprio cenário interage com seus elementos. Em uma parte do jogo, você notará uma aranha que devora pequenos insetos. O bacana é que, ao se alimentar com os pequenos bichos, ela realiza um movimento perfeito para impulsionar o Sackboy.

Como se não bastasse, LittleBigPlanet oferece a possibilidade de utilizar Jetpacks, aquelas “mochilas” equipadas com jatos de propulsão. Isto altera totalmente a jogabilidade. O botão X passa a ser utilizado para acionar um turbo. O R continua agarrando objetos, mas agora o jogador pode realizar ações diferentes, bancando um verdadeiro “Sackboy de carga”.

Dentre os puzzles do game, existem vários modelos diferentes. O jogador terá de encaixar objetos em lacunas, utilizando, normalmente, alavancas que movimentam as peças na horizontal e na vertical. Há também outros desafios que abusam da física do jogo, como quando se devem equilibrar pesos em gangorras.

Personalização absoluta!


Bocas, cabelos, chapéus, botas, calças, camisetas, acessórios e colares. Estes são apenas algumas das opções que o jogador terá para alterar completamente seu Sackboy. Literalmente, estamos falando de uma personalização da cabeça aos pés. O bacana é que a Sony’s Cambridge Studio conseguiu manter a variedade de peças, mesmo com os limites técnicos do PSP.

Você terá roupas características de cada região para combinar com o local em que sua aventura se passa. Além disso, existem outras roupas mais exóticas para caber ao gosto de qualquer jogador. As peças podem ser encontradas no início do primeiro nível de cada mundo, mas existem, também, outras roupas escondidas pelo cenário. Procure bem e você pode encontrar o que menos espera.

Até mesmo o material que compõe o Sackboy pode ser alterado. Em suma, temos um sistema de personalização tão complete quanto o da versão para PlayStation 3. Sem dúvidas, isto é uma etapa realmente bacana do jogo, que pode fazer com que o jogador passe horas customizando seu personagem.

Que tal um urso rosa?

O fantástico editor de níveis


Se você jogou o primeiro LittleBigPlanet, provavelmente deve se lembrar do mote do game: “Jogar, Criar, Compartilhar”. Nesta versão, ele também se aplica, e isto é realmente bom. Assim como no jogo original, LBP para PSP conta com um excelente editor de níveis que permite ao jogador criar suas próprias fases.

Artistas poderão tentar criar um nível épico do início. Entretanto, o jogo também oferece a possibilidade de utilizar modelos — ou “templates”, como são conhecidas no jogo. Estes moldes são, na realidade, estruturas baseadas nos níveis do modo campanha do título.

Novamente, o jogo conta com diversos elementos e ferramentas diferentes para a construção de níveis. Além das dezenas de itens obtidos na campanha, o jogador também pode usar modelos disponíveis, como objetos com formas de triângulos, quadrados e outros. Resumindo, LBP conta com praticamente tudo que um criador pode necessitar.

Níveis como você quiser O mais interessante de tudo é compartilhar seus níveis e baixar o de outros jogadores. Com a segunda opção, você terá a chance de desfrutar das criações de outros usuários através de um download que pesa somente 160KB — sim, este é o tamanho das fases do game.

O sistema do game ainda consegue registrar quantas pessoas marcaram determinado nível como favorito e mostra, também, a pontuação geral daqueles que já passaram pelo desafio.

Mantendo a classe


Novamente, LittleBigPlanet dá um show nos visuais e no som. Graficamente, o jogo apresenta diversos atrativos já mencionados nesta análise, mas o destaque, realmente, vai para a direção de arte. Outro fator que espanta em LBP, no bom sentido, é a física. Por incrível que pareça, a desenvolvedora conseguiu recriar o motor da versão original, providenciando uma física excelente.

O áudio é um espetáculo. Os efeitos sonoros do irmão mais velho voltam a ilustrar os ruídos do jogo. Além disso, os mesmos narradores também cumprem seu trabalho. Outro elemento que merece destaque é a trilha sonora, com faixas variadas e muito bem encaixadas.


Reprovado
Do que não gostei:

Sem multiplayer?

É, infelizmente, isso é verdade. Como você já deve ter percebido, LittleBigPlanet para PSP não conta com qualquer modo multiplayer. Tudo o que o jogador pode fazer é compartilhar seus níveis. Entretanto, não há como negar que um modo para vários jogadores faz muita falta, principalmente para quem já se divertia com os amigos na versão para PS3.

Para piorar, a campanha do jogo pode ser considerada extremamente curta, atingindo marcas que podem variar de 4 até 5 horas de duração.

Sim, você está sozinho desta vez

Outras limitações

Na versão para PS3, jogadores podiam movimentar os Sackboys de quase qualquer maneira. Entretanto, no PSP não há como controlar os braços, cintura ou cabeça dos Sackboys. Ocasionalmente, você acaba ficando preso ao cenário, pois a movimentação não ocorre como deveria, e o personagem não se movimenta entre os planos automaticamente.

Os controles, principalmente nos momentos de criação, também sofrem com a falta de um segundo direcional analógico. Tudo isto acaba tirando um pouco do brilho do título.

Cuidado para não se confundir A tela pequena — comparando com os televisores — também deixa as coisas um pouco mais... Digamos… Pequenas. Ao contrário da versão original, em LittleBigPlanet do PSP não podemos observar os detalhes de cada peça dos Sackboys. Durante as aventuras, o boneco também é relativamente pequena.

Na criação, diversos problemas podem assustar o jogador. Não é possível fazer linhas diagonais, pois o layout é dividido em uma espécie de grade. Fora isso, não há como editar o nível de outros criadores.

Conclusão

Certamente, LittleBigPlanet para PSP é um jogo de plataforma e tanto. Fãs do gênero, e, principalmente, da série, irão adorar poder levar seus Sackboys para qualquer canto e através de um jogo de qualidade. Mesmo com algumas limitações, LBP pode ser considerado um dos grandes títulos para PSP lançados este ano.

God of War 3-Ps3

Eu já testei a brutal aventura de Kratos.
God of War 3. Este nome ecoa na mente de praticamente todos os jogadores desta geração, que aguardam ansiosamente pela nova aventura do lendário guerreiro Kratos. Desde quando o herói estreou no PlayStation 2, com jogos regados por sangue e destruição, o mundo nunca mais foi o mesmo. Com a chegada do PlayStation 3, o mundo só falava em God of War 3.

Seu anúncio estremeceu a Terra, e suas demonstrações arrancaram regozijos de qualquer jogador. Durante a Electronic Entertainment Expo (E3) de 2009, uma versão demonstrativa revelou um pouco da jogabilidade do game, deixando todos boquiabertos. A intensidade das batalhas era explícita, e Kratos continuava brutal como sempre.

Felizmente, através de um sorteio realizado na PSN, o Baixaki Jogos teve acesso a esta versão demonstrativa. E o que podemos dizer? God of War 3 é um dos melhores jogos desta geração. Enfrentamos guerreiros esqueléticos, chefes, subchefes e até mesmo o próprio Hélios. Tudo sob um ritmo frenético e banhado pela violência característica de God of War. Confira detalhes abaixo e prepare-se para uma das maiores aventuras desta geração.

O retorno de Kratos

Logo de cara, já notamos que a Sony Computer Entertainment, mais precisamente seu estúdio de Santa Monica, não está para brincadeira. Depois de sermos avisados de que esta não representa a versão final do jogo, pois muita coisa ainda pode mudar, somos apresentados a um menu que conta com somente uma opção ao lado da metade do rosto do furioso Kratos. Tudo o que se tem a fazer aqui é pressionar Start — ou observar Kratos por alguns instantes até que um vídeo de introdução seja exibido. Depois disto, a pancadaria começa.

Dinamicamente, a câmera se desloca para trás, e Hélios passa queimando pelos céus em sua carruagem. Kratos então nota que vários humanos estão sendo aniquilados pelos guerreiros esqueléticos. Friamente, o herói parte para sua vingança. No início, você terá de aniquilar apenas alguns guerreiros de pequeno porte, e provavelmente não terá problemas com isto.

Mas como irei arrebentar meus inimigos? Com a Blades of Athena, é claro! Os comandos são simples e de fácil aprendizado. Você utiliza o botão quadrado para desferir ataques rápidos, e com o triângulo Kratos golpeia com mais força. É possível realizar alguns combos com estes dois botões, resultando em ataques ainda mais devastadores. Além disso, o jogador pode também manter pressionado o botão L1 para utilizar golpes especiais com as lâminas, mas estes exigem um pouco mais de tempo para serem desferidos, deixando Kratos vulnerável.

Acho que alguém está nervoso

O jogador ainda conta com o medidor de energia no topo da tela, que também mostra quantos globos vermelhos foram coletados e a “munição” de seu arco e flecha. Falando em flechas, para utilizar seu poderosíssimo arco de fogo basta apertar o botão R2. Com isto, a arma surgirá e o jogador poderá mirar em seus inimigos com a ajuda de um mecanismo que trava a mira. Atirar é algo simples e intuitivo, e pode ser muito útil para evitar que alguns engraçadinhos se aproximem de Kratos.

Para alterar de um alvo para o outro, basta movimentar o analógico direito na direção desejada. Mas, além disto, este analógico também serve para realizar movimentos evasivos já conhecidos por fãs da série. Novamente, não é possível movimentar a câmera — que se posiciona sempre de maneira agradável.

Finalizando com muita brutalidade


Os agarrões também aparecem no game para deixá-lo ainda mais violento. Basta pressionar o botão círculo próximo aos inimigos — mas, lembre-se que nem todos podem ser agarrados — para que Kratos abrace-os. Depois disto, você pode finalizá-los de diversas maneiras. Uma delas é pressionando, novamente, o botão círculo, fazendo com que o deus de guerra aniquile o oponente com seus próprios punhos.

Você também pode pressionar o botão triângulo depois de agarrar um guerreiro oponente. Com isto, o resultado é ainda mais cinematográfico — e brutal, obviamente. Kratos levanta o inimigo e rasga-o ao meio em uma cena que demonstra o poder do espartano. Por último, mas não menos interessante, há a opção de utilizar seu oponente como escudo, pressionando o botão quadrado.

Escudo? Mas como assim? Se você está achando que Kratos irá simplesmente ficar parado enquanto aplica um “mata-leão” no oponente está muito enganado. O herói é brutal demais para fazer isto. Sendo assim, Kratos agarra o oponente e simplesmente começa a correr utilizando ele como proteção e, simultaneamente, arrebentando qualquer um que veja pela frente. Um verdadeiro “strike”, se usássemos termos do boliche.

O guerreiro ainda conta com a opção de flutuar no ar, graças às asas de Ícaro. Para utilizá-las, basta manter pressionado o botão X, que também é responsável pelos saltos. Kratos pode saltar duas vezes e flutuar por um curto período de tempo, permitindo acesso a locais de difícil alcance. Mas, em alguns momentos, nem mesmo as asas serão capazes de mostrar o caminho para o deus da guerra.

Os taxis de God of War


Felizmente, você conta com alguns inimigos munidos de asas e que possuem a habilidade de voar. Mas como assim? Kratos irá convencê-los a ceder uma caroninha? Não exatamente. Quando você visualizar um destes oponentes, basta provocá-los atirando uma flecha. Depois disto, eles começarão a voar, e o jogador pode aproveitar-se saltando e pressionando o botão círculo. Com isso, Kratos lança suas Blades of Glory nos oponentes e obriga o pobre coitado a seguir o caminho desejado.

Olha o passarinho! Em alguns eventos, você terá de saltar da criatura para alcançar a próxima plataforma ou até mesmo para conseguir outra “carona”. Em vez de recompensar o piloto com moedas, Kratos dá belas espadadas em seu corpo, e o resultado é fenomenal, com penas e sangue voando para todas as direções.

Mas, as coisas podem apertar ainda mais, como quando surge o centauro da demo. Entretanto, Kratos tem uma bela solução para este problema: suas luvas de ferro. Imagine que Kratos é um boxeador, mas suas luvas são feitas com ferro e com o intuito de danificar ainda mais o oponente em vez de amenizar o impacto.

Trata-se da Cestus, uma segunda arma disponibilizada na demonstração — ao lado da Blades of Athena. Com ela em punhos, surge uma nova combinação de golpes, assim como novos, e devastadores, golpes especiais — aqueles disparados quando o jogador segura o botão L1, lembra? Sem dúvidas, a Cestus cai como uma luva — com o perdão do trocadilho — quando temos de enfrentar o centauro.

Nos momentos finais da vida do monstrengo, você terá de completar uma espécie de minigame de contexto, algo já conhecido pelos jogadores. Basta seguir os comandos que aparecem na tela para que Kratos avance e acabe rasgando o intestino do centauro. Felizmente, esta não é a única batalha contra chefes da demo.

E ainda tem mais?!


Logo depois de enfrentar o quadrúpede, o jogador parte para outro combate épico, desta vez contra uma espécie de quimera. Esta luta é dividida em etapas, e o jogador pode notar que a fera está cada vez mais brava. Não iremos detalhar para não estragar a brincadeira, mas prepare-se para muito sangue. Depois disso, o jogador tem de utilizar as ferramentas do ambiente para detonar Hélios.

Durante a demonstração, o jogador também tem acesso a uma nova ferramenta: a cabeça de Hélios (!). Depois de ganhá-la — na força, obviamente — Kratos tem a chance de utilizá-la como lanterna e para descobrir certos segredos. Um toque brutal e interessante.

Mas, antes disto, o herói tem de enfrentar um gigantesco ciclope e uma tropa inteira de inimigos esqueléticos. Nesta etapa, uma boa dica é focar seus ataques no gigante, pois, depois de certos golpes, você pode assumir o controle da criatura. Montado no ciclope, Kratos utiliza sua espada para incentivar o monstrengo a atacar os demais seres que se tornam simplesmente insignificantes perante o poder do gigante.

Volta aqui!

A parte final da demonstração é alucinante. Kratos tem de aproveitar-se de uma corrente de vento para escapar do local em que se encontrar. Com suas asas, o herói voa rapidamente em direção a saída localizada no topo. Durante o trajeto é necessário desviar de diversos obstáculos, como vigas e pedras flamejantes. Depois disto, a logo de God of War 3 é estampada na tela, e o jogador permanece alguns segundos estático e boquiaberto.

Esperando pelo melhor

Certamente, a demo de God of War III impressiona, e não poderia ser diferente. Entretanto, não há como negar que os gráficos contam com um nível aquém do esperado. Mesmo tratando-se de uma versão de junho de 2009, o visual não impressiona, principalmente quando observamos os inimigos pouco detalhados e as paredes mais próximas. Em suma, os gráficos são bons, mas poderiam ser muito melhor. Resta esperar pela versão final.

A ação, por outro lado, é completamente brutal, mantendo um ritmo constante até o abrupto final da demo. Sem dúvidas, teremos um jogo e tanto. Março de 2010. Esta é data em que o mundo estremecerá com a fúria do deus da guerra.

BlazBlue: Continuum Shift-Ps3

Novos personagens, cenários, ataques e muita pancadaria na versão atualizada.
Enquanto a Capcom e outras companhias fazem um excelente trabalho em converter os antigos clássicos do reino dos pixels para o mundo das três dimensões, outras desenvolvedoras resistem bravamente à transição, combinando a tecnologia com arte de alta resolução.

Uma das nobres remanescentes das duas dimensões no gênero de luta é a Arc System Works (responsável pela criação da série Guilty Gear e seus inúmeros títulos), que lançou no ano passado um dos melhores jogos que esta geração teve até o momento: Blazblue: Calamity Trigger.

Depois de colher bons frutos com o título e seus estonteantes gráficos em HD (dotados de animações soberbas) e de ouvir os conselhos dos fãs, agora a desenvolvedora volta com uma nova versão, intitulada
BlazBlue: Continuum Shift. Confira o trailer abaixo:

A primeira coisa a ser observada é que não se trata de uma continuação direta para o primeiro jogo, mas sim os mesmos conteúdos com algumas adições (a exemplo dos personagens e cenários), além de um rebalanceamento pesado dos ataques, que serão descritos mais abaixo. Esta estratégia é muito próxima à adotada para os jogos do PlayStation 2 (da série Guilty Gear).

Novos? Apenas nos ringues!


Das alterações realizadas, a que mais chamará a atenção dos jogadores é a adição de dois personagens, chamados de Hazama e Tsubaki Yayoi. Curiosamente, este é o primeiro jogo no qual eles participarão diretamente das lutas, uma vez que estiveram presentes como personagens complementares na narrativa do game anterior.


Os dois novos lutadores

Entrando em detalhes mais específicos, Hazama é um dos agentes da NOL (Novus Orbis Librarium). Rumores apontam para o fato de ele estar sendo dominado pela força do grande herói Terumi, um dos seis responsáveis pela salvação da Terra e da criação do Armagus, uma fusão de tecnologia com magia.


Seus ataques possuem velocidade razoável, tendo como base o uso de suas correntes (elas também são ativadas durante ataques Drive, permitindo saltos pela tela ou o carregamento do oponente por todos os cantos). Aqueles que quiserem ter sucesso com ele terão que dominar exatamente quais as sequências de ataques e os tempos precisos de entrada para os próximos comandos.


O ator responsável pela gravação de voz de Hazama será Yūichi Nakamura, conhecido pelo seu trabalho em séries como Kamen Rider. E para os fissurados no game, segue abaixo o perfil do personagem:


  • Altura: 1,83 m.
  • Peso: 61 kg.
  • Aniversário: 29 de abril.
  • Tipo sanguíneo: AB.
  • Local de nascimento: desconhecido.
  • Hobbies: coletar acessórios de prata.
  • Gosta: ovos cozidos.
  • Não gosta: de gatos.

Facilitando para os novatos

Mas se o foco da jogabilidade de Hazama é voltado ao uso das correntes de modo inteligente e compassado, Tsubaki parte para o lado oposto da curva, com praticidade de uso e ataques que atingem os adversários em diversas alturas (com efeito de muitos acertos consecutivos) para melhorar a penetração na defesa adversária.

Lutas sensacionais

Esta jovem possui bela aparência, mas conta com habilidades mortais. Ela se formou na Academia Militar logo cedo, para sair e atuar pela Organização “0th Division”. Seguindo o que já foi narrado anteriormente, ela parte para a cidade de Kagutsuchi para assassinar Jin e o sua antiga colega de trabalho, Noel.

Asami Imai — atriz e cantora japonesa — gravou a voz dela. Segue abaixo a lista completa de detalhes a respeito da distinta lutadora:


  • Altura: 1,60 m.
  • Peso: 47 kg.
  • Aniversário: 14 de março.
  • Tipo sanguíneo: A.
  • Local de nascimento: Naobi (terceira cidade hierárquica).
  • Hobbies: cantar.
  • Gosta: Histórias com drama.
  • Não gosta: da guerra.

Reestruturação completa

Se você não jogou o lançamento original ou não é vidrado em Blazblue, não se preocupe, pois as mudanças no sistema de combate foram extremamente técnicas. Em primeiro lugar, todos os personagens existentes ganharam movimentos novos, o que torna Continuum Shift extremamente interessante até para os veteranos.

Personagens como Nu (agora chamada de Lamba, ou /\-11) e Jin tiveram suas habilidades diminuídas — o que já rendeu muitas críticas à Arc System Works —, mas ganharão golpes que se bem utilizados compensarão a redução. Apenas fique atento, pois erros podem ser punidos com extrema facilidade.

Lutas ainda mais loucasAtenção ao restante do elenco também: sequências antes inquebráveis (e dotadas de danos absurdamente altos) de alguns personagens podem não estar mais em efeito. Um dos ataques de Noel não acerta mais a maioria dos adversários agachados, enquanto Jin atira projéteis duplos ao invés dos triplos.

O último detalhe a ser observado é que a interface foi alterada graficamente. Agora estão presentes marcadores individuais e novas cores para os medidores de energia.


Elevando o nível gráfico

Um ponto importante a ser considerado com relação à mudança dos golpes é também a alteração na qualidade dos efeitos, felizmente, sempre para melhor! Isso é realmente surpreendente, dada a qualidade da animação já vista na versão anterior.


Além dos novos cenários (alguns dos quais são mostrados no trailer oficial), todos os antigos foram reorganizados e tratados, de forma a mostrarem mais efeitos e interação com os combates.


Nova tela mostrada antes do duelo As adições de Hazama e Tsubaki também não parecem ter sido apressadas, pois o nível de detalhes está equivalente ao restante do grupo de lutadores. Curioso observarmos que o design de Tsubaki é bem comportado, em contraste com as roupas de Noel.

O lançamento nos consoles está confirmado apenas para o Japão, mas dados os campeonatos recentes em fóruns internacionais (para que os usuários criassem a capa da versão internacional) e o histórico das franquias anteriores, não é difícil antecipar que o jogo virá em breve para o ocidente.

Mas enquanto não tivermos a possibilidade de conferir de perto Continuum Shift, estaremos nos divertindo com BlazBlue: Calamity Trigger e aguardando ansiosamente por mais novidades. Fiquem ligados!


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Tropico 3-Xbox 360

As repúblicas das bananas migram do PC para o X360!
Se você acha que Tropico 3 já foi lançado e não há sentido em escrever uma prévia a respeito, está certo. Em parte. De fato, o game já está disponível há algum tempo para usuários de PCs, mas os donos de X360 só receberão o título em fevereiro do ano que vem. Portanto, resolvemos dar uma olhada nas mudanças e adaptações que foram feitas para a versão dos consoles deste hilário gerenciador de cidades.

Fiel à versão original, mas com muletas

Como já noticiamos em nosso teste da demo para computadores, lá em setembro, o jogador assume o papel do presidente de uma república das bananas — termo que se refere a países com democracia frágil (se é que têm uma) e que são controlados por alguns poucos que fazem o possível para se manter no poder. Não muito diferente de muitos dos países da América Latina atual, mas o cenário é aquele do meio do século XX.

Como o cerne das informações já foi revelado por nós naquela ocasião, vamos nos ater às diferenças existentes entre o que se vê nos PCs e nos consoles. A primeira, e de longe a mais gritante, é gráfica. Embora os desenvolvedores tenham feito de tudo para manter todos os detalhes e a liberdade de câmera exposta anteriormente, a plataforma simplesmente não consegue aguentar o tranco.

É óbvio que na demo você não consegue chegar a esse tamanho todo

O que isto quer dizer? Que as quedas de frames são frequentes e incômodas, existe um certo atraso entre o comando dado no controle e a resposta do game (principalmente na hora de movimentar a câmera), e quanto mais coisa aparece na tela, pior fica. Difícil dizer se é uma questão de má otimização da engine do jogo ou se o X360 simplesmente não possui os recursos existentes no PC, mas o fato é que não ficou tão bom.

Isto não quer dizer que o jogo esteja mais feio. Longe disso, inclusive. Os gráficos são os mesmos vistos nos computadores, os efeitos de clima e de movimentação dos habitantes da ilha ainda estão presentes — o problema fica mesmo por conta da performance do jogo como um todo, que deixa muito a desejar. Definitivamente algo a ser trabalhado nós próximos meses que precedem o lançamento.

Além disso...

Outro ponto incômodo é a configuração dos controles. Na demo que testamos, não podíamos alterá-la — e o layout dos botões realmente não é o melhor que já vimos em uma adaptação de games do gênero para consoles. Empurrar o análogico direito para frente para afastar a câmera? Qualquer pessoa imaginaria que isto a faria se aproximar...

Várias das escolhas não são intuitivas, principalmente as que fazem uso do direcional. Elas frequentemente se confundem, várias vezes você acaba alterando o que não quer e ainda por cima muitas das escolhas são irreversíveis. Isto é bem demonstrado pelo aparecimento aleatório de eventos na tela, enquanto você pode estar apertando o botão A — o que é o de confirmação. Assim, às vezes você acaba realizando acordos ruins sem querer.

Gráficos belos, sim, mas a performance...

Além dos controles, a forma de posicionar as construções também é muito pouco confortável. As construções se movem pelo mapa vagarosamente, o jogo sempre pausa quando você o faz, girá-las requer tempo... Tudo faz com que você gaste muito mais tempo do que o necessário para tarefas simples, que no PC eram realizadas em questão de segundos.

Considerando que o jogo pode durar um tempo razoável, estas perdas constante de tempo acabam frustrando o jogador — e podem inclusive ter impacto na jogabilidade em si. Um bom exemplo é quando tínhamos, durante uma fase da versão demonstrativa, em torno de quinze construções em andamento; e elas não iam para frente porque o jogo estava constantemente sendo pausado enquanto as posicionávamos no mapa.

Ainda assim o mesmo jogo

Quase um resort! Apesar destas dificuldades, que, sabíamos, seriam um tanto quanto inevitáveis em uma versão para consoles, o jogo permanece o mesmo. O humor continua, a trilha sonora tipicamente caribenha retorna imutável e Juanito continua enchendo a paciência de “El Presidente” incansavelmente. A experiência é, portanto, a mesma dos computadores.

Fica, portanto, apenas nosso aviso com relação à interface, aos controles, e à performance gráfica. O jogo original é excelente, logo, se os desenvolvedores conseguirem resolver estes problemas ou minimizá-los antes do lançamento para X360, o console da Microsoft receberá um excelente gerenciador de cidades. Ay, caramba!

Assassin's Creed: Bloodlines-Psp

A águia que voa aparece nos céus do PlayStation Portable.
Al-Taa-Ir (vulgo Altair) invade, sorrateiramente, o console portátil da Sony e já na sua primeira missão mostra toda a sua habilidade com mais uma boa edição da franquia Assassin’s Creed.

Para quem estava escondido em uma caverna pelos últimos dois anos, a série de jogos de ação da Ubisoft segue uma trama complexa ambientada em vários momentos históricos (o primeiro jogo acontece durante as Cruzadas e o segundo no período da Renascença), misturando elementos de ficção científica e sociedades secretas (como os Templários e a Ordem dos Assassinos).

Em Bloodlines — que acompanha o lançamento de
Assassin's Creed 2 (para PC, PS3 e Xbox 360) — você retorna ao cenário do primeiro jogo, e em muitos aspectos trata-se de uma continuação direta do título original.

Na sua primeira aventura Altaïr é enviado para assassinar elementos chave do plano católico, que expulsaram os mulçumanos da Terra Santa. Para tanto ele deve utilizar-se de suas habilidades para eliminar essas pessoas sem deixar rastros de sua irmandade nos locais do crime.

Desta vez o cenário muda um pouco, mas continua com a mesma ambientação. Basicamente, quando o primeiro jogo acaba, as aventuras de Altaïr no portátil começam. Ao descobrir uma estranha movimentação dos Templários — principais antagonistas da série — o assassino encarnado pelos jogadores viaja até a ilha de Chipre, na qual os templários refugiaram-se e planejam o seu retorno.

Agora, cabe a Altair segui-los até o seu esconderijo, descobrir os seus verdadeiros planos e terminar de uma vez por todas o que ele começou em Jerusalém.

Aprovado
Do que gostei:

Um dos melhores

Assassin’s Creed: Bloodlines é uma excelente continuação do jogo que abalou a indústria dos video games em 2007. O jogo assume as mesmas características, o mesmo estilo de jogo e (atento para as diferenças e limitações técnicas do console) qualidade gráfica de seu “progenitor”.


Obviamente não estamos falando dos mesmos visuais que brilham nos consoles de sétima geração ou nos computadores, mas quando o assunto são gráficos nos Playstation Portable, Bloodlines é sem sombra de dúvida um dos melhores títulos da plataforma (par com God of War: Chains of Olympus).

Além disso, a sensação de que se está jogando o primeiro Assassin’s Creed é recorrente, mesmo porque os não iniciados à trama certamente não compreenderão nada da história.


Free as a bird!Cuidado ai cara, você quase me acertou com isso!

Livre como uma águia! O sistema “free roaming” permite que você vague livremente pelo cenário, escolhendo quais missões irá realizar. Dessa forma o jogo captura a essência da franquia, na qual você deve circular pela cidade, evitando os vários vigias, assumindo diferentes tarefas e não comprometendo a identidade do seu clã.

É verdade que, por conta das limitações do console, o número de indivíduos perambulando não é comparável ao presente nas versões de Assassin’s Creed para PC, PS3 e Xbox 360. Mesmo assim o jogo é detalhado e desafiador.

Mais direto (isso é bom)

O jogo elimina as interações de Desmond Miles — que utiliza a máquina Animus, no futuro, para acessar suas memórias genéticas sob os pretextos dos Templários — e o jogador controlará Altaïr exclusivamente. Assim, a jogabilidade torna-se mais direta e intermitente (depois falamos da parte ruim).

O som do silêncio

O som é, em linhas gerais, bem trabalhado. As dublagens e narrações são o destaque, bem como alguns dos efeitos de sonoplastia. No entanto, a trilha sonora é extremamente repetitiva o que prejudica muito a apreciação do jogo.


Ação

Desta vez o foco é a ação, furtiva ou não o que importa é sobreviver. Desde o início você já conta com uma espada longa, uma adaga e a tradicional lâmina escondida, os combates baseiam-se na leitura dos oponentes, basta saber a hora de bloquear ou contra-atacar no momento certo.

Oi mãe. Olha eu aqui! Além disso, novas animações e novos movimentos, apresentam as “execuções” de forma magistral: nada como perfurar o pé de um adversário com sua espada para em seguida acertá-lo no rosto com o cabo, tonteando-o e deixando-o exposto para o arremate.

Outro destaque são as lutas contra os chefes. Como os ataques não podem ser bloqueados você deve estudar todos os movimentos dele, sabendo o momento exato de atacar e de se esquivar.

Superficial, porém extenso

A campanha (que segue a trama principal) não é muito longa e pode ser fechada em algumas horas. No entanto, a vastidão de missões secundárias e itens colecionavam certamente garantem outras muitas horas adicionais a jogabilidade.


Reprovados
Do que não gostei:

Mais direto (isso é ruim)

Ao eliminar as interações de Desmond Miles e por iniciar a trama sem qualquer “explicação” prévia, o jogo deixa lacunas muito grandes que deixaram os não iniciados à trama totalmente deslocados e sem saber exatamente o que está acontecendo.

Nada sorrateiro

Como o foco é a ação o jogo perde um pouco da essência de Assassin’s Creed, além disso, os combates podem se tornar um tanto enfadonhos — salvo pelos embates contra os chefes, que requerem maior habilidade.

RepetitivoO seu guarda, dá uma mãozinha ai!

Uma das principais reclamações quanto a dinâmica de jogo do título original era justamente a sua repetição, apoiada na execução de missões deveras similares. Como Bloodlines é uma boa recriação do original a mesma crítica também vale para esta versão.

Vira o disco

Você terá a impressão de que toda a trilha sonora de Assassin’s Creed: Bloodlines é composta por apenas três faixas, uma para os momentos de calmaria e outra para as cenas de ação, enquanto que a terceira toca de forma ininterrupta ao longo de todo o jogo, algo irritantemente repetitivo.


Conclusão

Assassin's Creed Bloodlines só é atraente para os que já tiveram a oportunidade de jogar a primeira edição da série, ou seja, aqueles que já estão devidamente familiarizados ao universo Assassin’s Creed.

Isso porque o jogo recria com muita habilidade a “sensação” de se estar jogando uma expansão da primeira aventura de Altair, mesmo com as limitações de hardware do Playstation Portable.

A fórmula resultante é muito interessante e no final acaba entregando um jogo de alta qualidade. No final, os problemas acabam sendo superados pelas qualidades, com destaque para os gráficos e essa quintessência Assassin’s Creed que tanto cativa os fãs.

Kingdom Hearts: 358/2 Days-Nintendo Ds

A história é comovente, mas problemas sérios pairam sobre o game.
A franquia Kingdom Hearts se originou no PlayStation 2, causando curiosidade pela mistura excêntrica dos universos da Disney e da Square Enix (com personagens de Final Fantasy e outros originais) e pela fórmula que envolve plataforma e ação em tempo real.

Pouco tempo depois do lançamento o sucesso já era visível, fato que resultou no lançamento de outros jogos e de uma continuação direta. Mas se você achou que os laços ficaram soltos entre um jogo e outro, saiba que as respostas residem no Nintendo DS.

Em Kingdom Hearts 358/2 Days, você assume o papel de Roxas, o “Nobody” de Sora, criado quando o herói do primeiro jogo perde temporariamente seu coração (se tornando um “Heartless”) para salvar o de Kairi. Para quem não conhece a trama, os “Nobodies” são a mente e o corpo de pessoas que tiveram seus corações perdidos para a escuridão. Mas graças à força interior, eles não são completamente corrompidos pelo mal, retendo suas consciências e formas.

Roxas - o Nobody A partir disso, Xemnas — o grande líder — o encontra e dá um novo sentido à sua existência, recrutando-o como o 13º integrante da Organização XIII, cujos objetivos (ao menos superficiais) se resumem à coleta dos corações das criaturas para a criação do Kingdom Hearts.

Com este, todos os “Nobodies” da organização finalmente poderão ser completados novamente com seus corações. Mas há algo que separa Roxas dos demais membros: ele não possui memórias e é capaz de manusear uma Keyblade, o que o incentiva a continuar na jornada em busca de respostas.


A grande novidade no DS é o sistema de progressão do jogo, que se dá pela realização de missões ao longo dos dias da vida do protagonista. Você sempre parte dos corredores da organização, escolhendo uma das opções (quando várias estão à sua disposição), sem ter direito de escolher livremente o seu destino ou o que procurar.









Aprovado
Do que gostei:

Acompanhando a trama

A cada missão vencida, você ficará vidrado na tela esperando por novos detalhes da história, que se desenrola aos poucos para o jogador. Para tal são utilizadas cenas de animação pré-computadas, animações em tempo real, flashbacks (mostrados na tela inferior) e diálogos que prendem a atenção e criam expectativas para os próximos passos.


O que acontecerá entre os dois?

A maioria delas (no início) termina com o pôr do sol e com os picolés de sal marinho, mas sempre há algum detalhe que o deixará na expectativa. Uma dica para quem não quer perder qualquer detalhe é checar o diário de Roxas, atualizado todos os dias em que missões são realizadas.


Gráficos ricos e coloridos


Todos os mundos possuem cenários tridimensionais com nível de detalhes alto. As cores ainda auxiliam a manter o nível de serrilhados bem baixo, uma vez que não há grande contraste, mas sim uma combinação realmente harmoniosa que toma conta da tela.


No início você só percorre pelas sombras O grande destaque fica por conta da modelagem dos personagens, talvez uma das mais complexas na plataforma, com polígonos dedicados aos cabelos e às formas faciais.

Apenas não espere por milagres: o DS possui um poder limitado de processamento gráfico, que aparece na baixa resolução de texturas das roupas e dos elementos de cenário ao fundo (completamente pixelizados). Mesmo assim, o resultado visual é muito bom.


Pense adiante e se prepare


As habilidades, magias, itens, transformadores de Keyblade e até mesmo os níveis elevados (level up) devem ser equipados no seu personagem, antes de cada missão, para terem efeito. Isso pode soar um tanto esquisito no começo, mas o sistema de Panels (como é chamado) funciona de forma excepcional.


Ele o obriga a otimizar o seu espaço (bem restrito de início) e a carregar exatamente o que é necessário para cada missão, sem exagero e sem muita folga, o que deixa a dificuldade na medida certa.


E se você não gosta de gerenciar os itens com os direcionais, basta sacar a Stylus do console e movimentá-los de um lado para o outro da tela. Simples, rápido e eficiente.


“Porrada” para todos os lados


Se há algo que satisfaz o jogador nesta versão de Kingdom Hearts, podemos dizer que é o combate, o qual conta ou com sequencias enormes de golpes ou batidas mais concentradas, de acordo com o transformador de Keyblade que você selecionar antes de realizar a missão (os tipos também são variados, melhorando magias, ataques aéreos ou terrestres).


A Organização XIII

Cada chefe possui um padrão de movimentos, que se não observado lhe custará uma fatia generosa da barra vital. Por outro lado, se você atingir um ponto crítico, estará à sua disposição o Limit Break (conhecido pela série Final Fantasy), permitindo que Roxas ataque com velocidade absurdamente alta.


Multiplayer de peso


Kingdom Hearts 358/2 Days não somente é o primeiro título da série a trazer modalidades cooperativas e competitivas online (com suporte para até quatro jogadores), mas também o que mais carrega personagens, com praticamente todos os membros da Organização XIII à sua disposição, além de outros secretos que você terá que descobrir por conta própria.


Os golpes, armas e habilidades são as mesmas exibidas durante as missões, portanto não pense que a seleção do personagem se trata de uma simples mudança de aparências.


O palco para o modo de vários jogadores continua sendo as missões que você encontrou durante a campanha de um jogador. Para destravá-las para o modo online, todavia, é preciso encontrar o brasão que está escondido em uma das telas.



Reprovados
Do que não gostei:

Eu já entendi!

Ao começar a sua maratona de Kingdom Hearts no DS, é melhor estar preparado, pois o início do jogo é realmente lento (o tempo praticamente se arrasta). Isso ocorre por culpa das missões que servem como tutorial para o jogador, introduzindo os membros da Organização XIII — e acredite: você sairá em uma missão básica com cada um deles.

Picolés de Sal Marinho O problema é que cada uma delas ensina apenas uma coisa. Exemplificando hipoteticamente, na primeira missão você salta. Na segunda, explora os locais e abre um baú, na terceira utiliza a Keyblade. Na quarta as magias. Na quinta entende o sistema de painéis... E assim por diante.

Umas duas (ou três) missões condensadas dariam conta de tudo isso, até mesmo para quem é novato na série.


Repetição extrema


Depois de toda esta maratona, chegam finalmente as missões verdadeiras. Os objetivos são diversos, envolvendo tarefas como investigar as redondezas coletando informações, eliminar uma ameaça em potencial, seguir alguém ou a coleta de corações das criaturas, uma vez que Roxas é o único (até a entrada de Xion) capaz de fazê-lo, por meio da Keyblade.


E por ser justamente a coleta de corações a sua tarefa primária dentro da Organização XIII, você passará horas em muitas missões apenas pulando, matando uma sombra, matando uma planta com magia de fogo, matando os inimigos saltitantes...

Para tornar tudo ainda pior, os cenários também se repetem constantemente, tendo novas passagens abertas vagarosamente depois de pequenas variações nas tarefas. Ao longo do jogo, a sua experiência — além da narrativa — se resumirá a revisitar os sete mundos e destruir inimigos ou objetos, o que é entediante ao extremo.


Mais do mesmo


Modo Multiplayer Os mundos são belíssimos e a trilha sonora é realmente inspiradora (ao ligar o console a vontade é de não sair da tela do menu, tamanha a qualidade da composição principal), mas quem jogou os outros jogos perceberá que não há absolutamente nada de novo em ambos os departamentos.

Tudo foi reaproveitado dos jogos anteriores. O jogo pode ser um portátil, mas não faria mal à série tentar inserir novos personagens (por parte da Disney) ou mundos ainda não explorados.


Brigas rápidas com a câmera


Os controles padrão exigem que você mova a câmera com a tela sensível ao toque, o que pode ser desconfortável para alguns se feito o tempo todo. Ainda bem que é liberada a segunda opção, que permite ao jogador utilizar os botões L e R para movimentá-la.


Entretanto, mesmo com este recurso, existirão situações nas quais a câmera entrará em uma perspectiva estranha e desconfortável, principalmente quando existem alvos deslocados no plano vertical ou plataformas que exigem saltos bem precisos.


Amizades perdidas no tempo

Eu quero ajuda!


Para muitas das missões você parte acompanhado, mas não espere por muita ajuda, pois assim como os inimigos, os seus parceiros de rotina apresentam comportamentos pré-determinados para ataques, o que os torna um tanto lerdos nos combates. O jeito é partir para cima e contar somente com alguns golpes a mais.

Em especial... Aos fãs


Se você não jogou nenhum dos jogos anteriores (principalmente Kingdom Hearts I e II), talvez esta seja uma boa hora tirar a poeira do seu PlayStation 2, afinal, por mais elaborada, misteriosa e bem narrada que seja a trama do jogo para o DS, você ficará boiando desde os primeiros minutos, sem entender a razão por trás da organização e os Flashbacks que atingem Roxas.

As coisas só piorarão quando as “viradas” ocorrerem, com uma chuva de informações pertinentes aos outros episódios caindo pela tela. Riku? Naminè? DiZ? Pois é... Os resumos contidos no manual não vão ajudar em nada.



Conclusão

Kingdom Hearts 358/2 Days traz muito do charme da franquia ao Nintento DS, além de uma excelente apresentação, explorando personagens da série (como Roxas, Axel e Xemnas) e a misteriosa Organização XIII com detalhes que ficaram soltos entre os dois principais jogos para PlayStation 2.

Entretanto, por baixo da história se esconde uma série de falhas e problemas, sendo os principais o passo lento e a repetição de tarefas nas mesmas localidades, que cansará até os jogadores mais interessados. Também não há nada de “novo” 358/2 Days, pois tudo foi reaproveitado dos jogos anteriores (nos referimos aos mundos).

Fim de tarde... O pior está por vir

Pense da seguinte forma: se você não jogou Kingdom Hearts antes, considere primeiro a compra dos jogos para PlayStation 2, mas se você é fã, está em busca de mais conexões entre um jogo e outro e quer uma versão portátil da franquia, não deixe de conferir Kingdom Hearts 358/2 Days.



Ace Attorney Investigations: Miles Edgeworth-Nintendo DS

Sua chance de investigar assassinatos na demo em flash de Ace Attorney Investigations!
Você acabou de conferir uma prévia quentinha sobre a transição de Phoenix Wright para o Nintendo Wii. Como ainda estamos em corte, aproveitaremos para falar de mais um jogo da série: Ace Attorney Investigations: Miles Edgeworth. Desta vez, o game será lançado em sua plataforma base, o Nintendo DS, e promete trazer muitas novidades.

Primeiramente, como se pôde perceber, quem comanda o título não é mais o lendário advogado Phoenix Wright, mas sim seu maior rival: o próprio Miles Edgeworth. Como se não bastasse, a Capcom também decidiu fazer algumas alterações na fórmula, já que estamos na pele de outro personagem. Tudo isto, é claro, sem desprender-se das características da série.

O mais interessante de tudo é que a demo pode ser conferida via flash. O Baixaki Jogos testou de perto esta versão demonstrativa, que você também poderá jogar. Mesmo com muitas diferenças, Ace Attorney Investigations consegue agradar os fãs com uma jogabilidade focada na exploração e as velhas e boas discussões.

Miles Edgeworth já é uma figura conhecida da série, por estrelar ao lado de Phoenix nos demais games da franquia. Mas, esta é a primeira vez que você tem a chance de controlá-lo. O promotor público pode ser o maior rival de Wright, mas também é o melhor amigo do famoso advogado. Além de Edgeworth, diversos outros personagens carimbados também retornam, como Dick Gumshoe e outros.

Uma nova experiência

O nível de exploração agora é muito maior A demo começa com uma cut-scene demonstrando um assassinato. Depois disso, o jogador é introduzido à cena do crime. O mais estranho de tudo isto é que o evento ocorreu dentro do escritório de Edgeworth, o que o deixa ainda mais curioso. O promotor decide então juntar as peças e resolver este caso ao lado de seu desastrado parceiro Dick Gumshoe.

Depois de alguns diálogos, o jogador começa, finalmente, a explorar o local. Para isso, é necessário clicar com o mouse na tela inferior do portátil virtual, simulando o que fazemos com a stylus quando estamos com um DS em mãos. O interessante desta etapa é que, ao contrário dos demais games, a perspectiva não é em primeira pessoa.

Em vez disso, Ace Attorney Investigations proporciona uma visão mais abrangente, na qual o jogador pode observar praticamente toda a cena do crime, facilitando seu trabalho. É possível controlar completamente Edgeworth através da tela inferior, e o jogador terá de encontrar evidências — espalhadas pelo ambiente — e adicioná-las ao seu organizador — algo realizado automaticamente.

Esta seção pode até parecer estranha, mas, na realidade, trata-se de uma versão alternativa do Court Record dos games anteriores. Às origens se tornam explícitas quando o jogador decide examinar o corpo da vítima. Ao realizar esta ação, o jogo é exibido em perspectiva de primeira pessoa, permitindo que você investigue com mais facilidade o alvo. Após alguns instantes, você provavelmente encontrará uma pista importantíssima para o caso.

Deduzindo e ligando os pontos

Assim como seu maior rival, Edgeworth também é um cara realmente inteligente — muitas vezes até mais que o próprio jogador. Sendo assim, o promotor conta com a habilidade de conectar pensamentos para formar novas conclusões. Isto aparece na tela inferior do portátil virtual, e tudo que o jogador tem de fazer é clicar em ambos os ícones. Estes novos fatos podem alterar completamente o rumo da investigação.

Agora a moda é falar "Eureka!" Outro fator que merece destaque é a habilidade denominada Deduce (deduzir, numa tradução livre para o português). Ao observar algumas contradições na cena do crime, Edgeworth pode usufruir desta habilidade para encontrar a evidência apropriada. Depois de obter sucesso, você ouvirá um grito de “Eureka!”.

Na parte final da demonstração, há uma cena relativamente diferente, mas que relembra bastante os jogos anteriores. Você deve escutar a testemunha, pressioná-la para obter detalhes e apresentar evidências que justifiquem suas histórias. Certamente, nem tudo será tão fácil como parece, mas a demo acaba logo quando as coisas esquentam.

Ace Attorney Investigations: Miles Edgeworth conta com uma fórmula nova em relação a franquia, mas nem por isso deixa de lado a essência desta excelente série. Confira você mesmo a demo e tira as conclusões deste game, que deve chegar às lojas no dia 16 de fevereiro de 2010.

Pokémon Platinum-Nintendo DS

Poucas mudanças e as mesmas características de sempre em mais um jogo repetitivo da série Pokémon.
Os monstrinhos que cabem em seu bolso têm feito sucesso em videogames portáteis desde que o primeiro Game Boy foi lançado, quando Pokémon Red e Blue foram lançados no portátil de tela monocromática da Nintendo.

É hora da batalha!
Em 1996, Pokémon Red e Pokémon Blue chegaram ao Japão, e o sucesso foi enorme. Logo, os desenvolvedores começaram a perceber que outros públicos além do japonês se interessavam pelo título, e então lançaram os dois jogos nos EUA, em setembro de 1998 e na Europa em outubro de 1999, mais de três anos após o lançamento original, ocorrido em fevereiro de 1996.

Tais títulos, que são conhecidos como pertencentes à primeira geração de jogos da série, foram refeitos em Pokémon Fire Red e Pokémon Leaf Green, durante a terceira geração, no Game Boy Advance.

Depois de lançados Red e Blue, chegaram ao Game Boy Color os títulos Pokémon Gold e Pokémon Silver, que se fizeram não só os jogos mais vendidos do ano 2000 como também os títulos mais vendidos do Game Boy Color.

A terceira geração viu, além do já citados Fire Red e Leaf Green, aportar os jogos Pokémon Ruby e Pokémon Sapphire, no Game Boy Advance. Depois dele surgiram, já no Nintendo DS, dois títulos que trouxeram uma grande quantidade de mudanças para a série: Pokémon Diamond e Pokémon Pearl, lançados em 2006 no Japão e em 2007 no resto do mundo, formam a quarta geração da série.

Jogos especiais

Para cada geração da série Pokémon, no entanto, foram lançados dois títulos “comuns”, já citados acima, e um título especial, alguns anos mais tarde. No caso de Red e Blue, o lançamento foi Pokémon Yellow, que trazia como monstrinho principal o internacionalmente famoso Pikachu, que seguia o protagonista por todo o mapa, fora de uma pokébola.

os novos efeitos estão incríveis Já na segunda geração, de Pokémon Gold e Silver foram seguidos de Pokémon Cristal, Neste ponto, mais de 100 pokémons novos haviam sido adicionados à franquia, que originalmente contava com apenas 150 monstrinhos de bolso.

Na terceira geração da série, os jogos Red e Blue foram recriados sob os nomes Fire Red e Leaf Green, Além disso, os títulos Sapphire e Ruby ganharam lugar como títulos com enredos novos, e foram seguidos pelo Pokémon Emerald, que trouxe alguns aperfeiçoamento a esta geração.

Agora, depois do lançamento de Pokémon Diamond e Pokémon Pearl, que se deram entre 2006 e 2007, como já foi dito, os desenvolvedores da Nintendo lançaram Pokémon Platinum, versão aperfeiçoada dos jogos anteriores, que traz como Pokémon novo o monstro que figura na capa do jogo: Girathina.

Nada de novo... Tudo de novo!

Bem, a série Pokémon tem uma característica muito bem delineada desde os primeiros jogos: é que nenhum jogo da franquia tem seu foco na história da aventura dos personagens principais.

Na verdade, o foco do jogo são as batalhas entre pokémons, que é o ponto forte de todos os títulos. Evoluir seus pokémons, garantindo a eles novos golpes e poderes especiais, além de presenciar sua evolução é algo que prende de maneira impressionante a atenção de gamers de todos os estilos, em todas as regiões do globo terrestre.

Ousamos contar superficialmente o enredo de um jogo da série que venha a ser lançado daqui a 10 anos: um jovem garoto do mundo de Pokémon vive em sua cidadezinha e deseja ardentemente possuir um Pokémon para sair em incríveis aventuras como treinador dos monstrinhos.

Infelizmente, não são todos que podem ter um Pokémon para treinar, mas menos de 3 minutos após iniciada a aventura, o personagem do jogador vai cruzar com um grande treinador de pokémons que lhe confiará um de seus monstrinhos, o que é suficiente para iniciar a aventura.

Dali para a frente, você vai aos poucos desenvolvendo as habilidades de seu monstrinho, captura outros espécimes diferentes e se torna um grande treinador de pokémons.

Como podemos prever o que acontecerá em 10 anos? É fácil: a série já possui quase 15 anos e o enredo nunca mudou muita coisa. Alguns detalhes como nome dos personagens, dos times e das cidades, assim como o formato de edifícios, enfim, o aspecto geral do jogo, é sempre retocado, mas o núcleo central nunca mudou.

Se isso é um problema ou não, não cabe ao Baixaki Jogos definir: os fãs da série não vêem nada de mal em continuar jogando a mesma aventura de sempre, contando apenas com novos personagens.

Por outro lado, jogadores mais exigentes desejarão mudanças e se sentirão incomodados ao descobrir que a diferença entre jogar Pokémon Red, Blue ou Yellow e jogar Pokémon Diamond, Pearl ou o novíssimo Platinum está no número de pokémons disponíveis e na experiência diferenciada oferecida pelo Nintendo DS em relação ao Game Boy (sim, o preto e branco!).

Quem é este pokémon?!

Bem, apesar de parecer sempre o mesmo jogo há quase 15 anos, sempre ocorrem mudanças aqui e acolá na franquia Pokémon. E não estamos falando unicamente de aspectos visuais: estes evoluíram — e muito — desde os primeiros jogos.

A principal mudança que interessa aos fãs são os novos pokémons presentes no título. No caso de Platinum, são seis as criaturinhas novas, mas enquanto cinco delas são apenas modificações do Pokémon Rotom, a sexta é uma nova forma para o Pokémon que figura na capa do título Platinum: a Girathina, que ganha agora a forma chamada Origin Form.

Além disso, o jogo ganha também modificações mais sutis, que são notadas somente conforme o jogador avança no jogo. Uma delas é um relógio disponibilizado exclusivamente para Pokémon Platinum que seu personagem pode adquirir durante a aventura, realizando uma determinada missão. Este relógio possui uma gama de informações novas enorme, e todas elas são muito pertinentes ao jogo.

Outras pequenas modificações foram adicionadas, como uma ferramenta que permite gravar as batalhas entre pokémons, oferecendo a possibilidade de armazená-las num servidor da Nintendo que permite a outros jogadores assistirem seus embates.

Vale lembrar que os jogadores que ainda possuem seu Game Boy Advance poderão importar para Pokémon Platinum todos os monstrinhos adquiridos em Pokémon Fire Red, Leaf Green, Ruby, Sapphire e Emerald.

Novas possibilidades online

Pokémon Platinum traz ainda uma série de “novidades” online para a franquia. Na verdade, o que o jogo faz é reviver o modo Battle Frontier, que estava disponível em Pokémon Emerald.

Com o modo distortion, você vai andar pelas paredes, literalmente O que é novo pra valer entre os modos online de Platinum é o modo Distortion, onde os jogadores podem se movimentar livremente por um mundo tridimensional, caminhando nas paredes e no teto. Se isso adiciona algo realmente importante à experiência de Pokémon, deixamos a seu critério julgar, mas convenhamos: não parece fazer muito sentido.

Além disso, o Wi-Fi Global Trade Station está de volta com um nome reduzido: Global Terminal. A função, no entanto, continua a mesma: ofertar pokémons para trocas e vendas, além de poder acessar as ofertas de outros jogadores ao redor do globo.

Visuais e jogabilidade estagnados

Como já foi dito no início da analise, o visual gráfico e a jogabilidade de Pokémon Platinum não sofre grandes modificações com relação aos dois últimos títulos da franquia, Diamond e Pearl.

Quem está iniciando sua aventura Pokémon no Nintendo DS só com Platinum verá grandes modificações, como gráficos com tridimensionalidade aperfeiçoada e uma utilização bastante inteligente da tela sensível ao toque do console durante as batalhas, como já era de se esperar.

No entanto, tudo isso já estava presente em Diamond e Pearl, e apesar dos designers terem trabalhado aperfeiçoando certos detalhes do cenário e de alguns modelos do jogo, digamos que seu serviço passa desapercebido em Platinum.

Seria necessário jogar Diamond ou Pearl ao mesmo tempo que se joga Platinum para conseguir perceber modificações notáveis. Mas não esperávamos muito mais que isso, visto que as edições especiais das outras gerações da franquia sofreram o mesmo mal.

No fim das contas, é mais Pokémon para você!

Pokémon faz sucesso com esta mesma fórmula há mais de 10 anos, portanto é de se imaginar que os grandes fãs da série são simplesmente apaixonados por Pokémon não se importam com a repetitividade da série.

Portanto, se você é um grande fã da série e daria de tudo para poder jogar Pokémon mais uma vez no Nintendo DS. Se, principalmente, você já conquistou todos os pokémons dos títulos Diamond e Pearl, Platinum pode trazer um bom resultado.

A verdade é que Pokémon Platinum serve perfeitamente a este fim, já que o título não adiciona um número de modificações considerável à série, recebendo apenas — de verdadeiramente marcante — 6 novos pokémons.

No final das contas, Pokémon Platinum irá agradar todos os fãs de Pokémon. Se você nunca jogou a série, provavelmente se dê bem com o título também, mas se, por um terceiro ponto de vista você já estava começando a ficar saturado da franquia em Diamond e Pearl, Platinum vai ser a gota d’água.

Concluindo: Pokémon Platinum é, sem a menor sombra de dúvidas, um jogo que merece seu lugar ao sol. Mas se você está em dúvida quanto a adquirir este jogo ou outro lançamento do Nintendo DS, como GTA Chinatown Wars, o Blog De Dicas indica: dê chance primeiro ao jogo da Rockstar e, em uma outra oportunidade, talvez Pokémon Platinum seja uma boa opção.